Com passos ligeiros e curtos, o casal Hermann e Pauline Einstein subia a rua Hafengasse, em direção à Steingasse, onde situava-se o hospital X. Com uma mão, Pauline carregava uma pequena mala de couro. Mantas, roupas e alguns utensílios para o bebê. Com a outra, apoiava-se em Hermann, garantia o equilíbrio que a superfície congelada lhe tirava.
- Mais devagar Hermann, estou escorregando.
-Estamos quase chegando, Pauline, logo adiante entramos na Steingasse. Apoie-se em mim.
- Calma. Devagar.
A neve caia branda e lentamente. Os pequenos e esparsos flocos brancos iam para lá e para cá. Ordenados para baixo, desordenados para os lados. Pingavam nas roupas de lã e logo sumiam, engolidos pelo tecido seco. O casal agora descia pela Steingasse. Para cima e para baixo venciam as ladeiras de Ulm. Ordenados para frente, desordenados para baixo.
Poucas pessoas aguardavam atendimento no saguão de espera. Em questão de minutos Pauline fora conduzida para a enfermaria. Hermann atrás. Agora devem aguardar o bebê, ele virá logo.
Tão logo o Dr. Koffner entrou na enfermaria, estendeu a mão à Hermann, cumprimentou-o firmemente.
– Boa tarde Sr. Eisntein, sra. Einsten.
– Boa tarde Dr. Koffner – Pauline acena ao médico, enquanto observa suas mangas e mãos sujas de sangue, já escuro – Estamos aguardando a Sra Leipzig. Não queremos lhe tomar tempo. Sabemos que há enfermos mais graves que demandam seus cuidados.
– Claro, sra. Eintein. A Sra Leipzig é uma excelente enfermeira e parteira, estará em mãos confiáveis. Se me permitem, tenho ainda outros casos a tratar.
Não demorou muito e a senhora Leipzig chegou à enfermaria. Medicou um jovem que se recuperava de caxumba e refez os curativos de uma criança que havia caído de uma árvore, rendendo-lhe alguns machucados. Agora teria toda sua atenção à sra. Einstein e ao parto.
O pequeno Albert causou um choque em sua mãe ao nascer. Sua cabeça era extremamente comprida e pontiaguda. Pauline achou que havia dado luz a um bebê com deformidades. A sra Leipzig logo a tranquilizou, assegurando que o jovem Albert era absolutamente normal e sua cabeça voltaria ao formato normal em semanas. A Hermann, chamou atenção o tamanho da criança:
– Muito gordo, muito gordo! – exclamou o pai logo ao ver a criança, atirando as mãos à cabeça...
Naquela manhã o jovem Albert acordou cedo, como de costume. Estava apreensivo com uma apresentação que teria de fazer ao seu professor de Grego.
– Por que devo saber grego? Não conheço ninguém que fale grego! – resmungou consigo enquanto calçava os sapatos e atava os cadarços.
Albert estudava em uma escola pública, de orientação católica. Era o único judeu em sua sala. Mais um motivo para manter-se quieto, fechado, conversar o mínimo, sonhar o máximo.
– Qual é a primeira aula do dia? Matemática... maravilha, vou poder finalizar a última frase do trabalho. Na aula de Ciências, passo o texto a limpo e, depois, é só terminar a capa na aula de História. Satisfeito com o plano, saiu de casa, planejando os tempos e as tarefas.
Albert não era um mal aluno. Tirava boas notas e era, geralmente, apreciado pelos professores, com exceção do prof. de grego, sr. Thebas, de quem Albert sentia pavor. Não suportava ter que decorar as letras, as palavras, as estruturas de um idioma que imaginava não lhe fazer muita serventia – Latim, ainda, até tem uma certa estrutura lógica, mas grego... impossível. Nas aulas do sr. Thebas tinha uma enorme dificuldade de manter a concentração. O mais difícil, na verdade, era pensar em coisas tão mais interessantes sem vacilar na expressão, sem ser pego no flagra. Como justificar o sorriso no rosto enquanto o sr. Thebas diferenciava pronúncias cipriotas das trácicas? E não foram poucas as vezes que isso ocorrera.
No intervalo, Albert premeditava. A aula de grego não será fácil. Com o trabalho pronto, aproveitava o distanciamento social para ensaiar as pronuncias da apresentação. Falaria sobre a bússola, e não poderia ser diferente. Trazia consigo a bússola que ganhou do pai aos 5 anos. Achava mágico o poder daquela agulha que sempre apontava para a mesma direção. Era um amuleto muito valioso e, certamente, o deixaria tranquilo diante do sr. Thebas. Falar de um amigo é muito mais fácil que falar de um estranho...
Σήμερα πρόκειται να μιλήσω για την πυξίδα. Η πυξίδα είναι μια συσκευή που χρησιμοποιείται για προσανατολισμό. Έχει μια βελόνα που δείχνει πάντα προς τα βόρεια. Αν λοιπόν θέλετε να προσανατολιστείτε προς τα ανατολικά, μετακινηθείτε 90 ° προς τα δεξιά όπου δείχνει η βελόνα. Εάν θέλετε να μετακινηθείτε δυτικά, απλώς μετακινήστε 90 ° προς τα αριστερά όπου δείχνει η βελόνα. Και αν θέλετε να μετακινηθείτε νότια, απλά μετακινηθείτε προς την αντίθετη κατεύθυνση από εκεί που δείχνει η βελόνα. Ευχαριστώ πολύ *
Finalizou a apresentação suando, tremendo, gaguejando. Ainda assim, terminou vencedor. Terminou...
– Parabéns sr. Einstein. Essa foi a pior apresentação que já assisti em minha vida. Não esperava outra coisa de você. Cadê seu sorriso? Perdeu no caminho da escola? A única coisa que nos deixou claro é que, sem sombra de dúvida, “você não será nada na vida. Você é um caso perdido”.
Se você quer que o Albert fique na sala e responda o professor, clique no botão abaixo !
Se você quer que o Albert jogue a bussola no professor e saia correndo, clique no botão abaixo !