Este trabalho foi realizado pelas estudantes: Julia Batista dos Santos, Julia Martinez Perez da Costa, Lisandra Savila Donato dos Santos para a disciplina de Multiletramentos: Políticas Linguísticas.
O trabalho foi efetuado com a finalidade de mobilizar os conhecimentos debatidos no segundo semestre de 2020 partindo da bibliografia obrigatória: "A produção social da identidade e da diferença", em Identidade e diferença, SILVA (2000); "Política e planificação linguística: conceitos, terminologias e intervenções no Brasil", SAVEDRA E LAGARES (2012); "Plurilinguismo no Brasil", OLIVEIRA (2008); "ILA - ILF - ILE - ILG: Quem dá conta?", Jordão (2014). O objetivo é fazer uma análise baseada em critérios elaborados em conjunto que podem ser visualizados abaixo.
Como é a configuração da diferença e da identidade no documento?
Como é produzida? O que produz? Quem produz? E quais são as condições de produção dessa identidade?
Há tensões e conflitos marcados?
Como a formação discursiva (a bolha identitária) influencia na expansão ou na limitação de relações interculturais (global vs. local / glocal)? Quem define o "limite da bolha"?
Quais instâncias discursivas determinam o movimento dos sentidos? (locci discursivos). Qual é a representação de professor, aluno e educação?
Qual é a representação de plurilinguismo no documento?
Como a língua e a ideologia se relacionam nos documentos analisados?
Como a língua se relaciona à classe social e a sua influência no ensino de línguas?
Quais os critérios que justificam o que é língua?
Qual é a representação de língua? O que é dito e o que é silenciado? L1 > L2.
Quais são as justificativas históricas apresentadas para a imposição de uma língua frente a outra? Qual é a favorecida? Qual é a silenciada?
Qual a função do ensino e aprendizagem desta língua em contextos culturais?
De qual modo o aspecto/caráter/atributo político da língua se manifesta no documento?
Como acontece a construção de sentidos da língua para o falante não-nativo?
O usuário da língua, especificamente o falante não-nativo, é um mero operador da língua?
Pode-se visualizar a análise dos estudantes por meio dessa apresentação. Você deve colocar o documento para apresentar, pois não apresenta automaticamente; note que há áudios nos slides.
Em suma, o SMESP - Direitos de Aprendizagem dos Ciclos Interdisciplinar Autoral de Língua Inglesa, publicado em 2016 pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, compreende o ensino e a aprendizagem como aspecto fundamental para o exercício da alteridade e da expansão da identidade dos sujeitos, pois a língua atravessa as culturas. Dentro deste documento, a língua inglesa está sendo vista numa perspectiva de língua franca, abarcando também a perspectiva baseada no seu valor construtivo, interativo e performativo da língua e multidirecionada. Com isso, o ensino de línguas trata-se de um direito social e um dever da sociedade, além de contemplarem significativa e diferentemente os sujeitos para que faça sentido dentro do ambiente sócio-histórico qual está sendo proposto em busca de incentivar a criticidade e a autonomia para um cidadão ativo socialmente.