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Nas minhas pesquisas sobre as romãs, foi muito rápida a constatação de que ela possui história rica e significados diversos, em diferentes ramos, desde a história do mundo, das religiões, da medicina e saúde, entre outros.
Aprendi muito sobre este fruto, como por exemplo:
Ele é oriundo da romãzeira;
É considerado muito comum no mediterrâneo oriental e no médio oriente;
É usada para diferentes finalidades: desde aperitivo, passando por sobremesa e até bebida alcoólica.
Descobri que, na verdade, a romã não é uma fruta, e sim uma infrutescência: o resultado da sua própria estrutura interna, onde ao longo de toda esta estrutura se desenvolvem os frutos (ou gomos).
Àqueles que fazem uma avaliação tomando como base apenas seu aspecto externo, mais rígido e bruto, de cor castanha, são surpreendidos quando visualizam a romã aberta, com seu aspecto interno delicado, de uma cor vermelha que, de tão viva, lembra sangue.
A história da romã, segundo pesquisadores russos, começa na Grécia, na Síria e no Chipre, bem como no oriente próximo, sendo sua importância milenar, aparecendo em textos bíblicos, sempre associada à paixão e à fecundidade.
Os gregos consagraram a romãzeira à deusa Afrodite, dados seus supostos poderes afrodisíacos. Já para os judeus, a romã tem um simbolismo religioso e tem muito significado no ritual de passagem de ano novo, onde acredita-se que seu consumo fará com que o ano que chega será melhor que o ano que se encerra.
Já para a saúde, estudos mostram que os benefícios da romã estão relacionados à redução da pressão arterial, portanto atua na prevenção de problemas cardiovasculares. Um estudo feito na Universidade Queen Margaret, na Escócia, indicou que o consumo provoca um aumento entre 16 e 30% na testosterona. Se há aumento do nível de testosterona, podemos supor que também há o aumento da virilidade e, consequentemente, o aumento da necessidade de cópula. Não posso afirmar que os antigos possuíam este conhecimento, mas é provável que o consumo desta fruta tenha contribuído para o aumento da prole e, consequentemente, para o aumento da quantidade de guerreiros existentes nos povos antigos.
Estas definições e curiosidades sobre a romã no mundo profano, me serviram de importante base para melhor compreender e incorporar seu significado e como ela compõe o complexo mundo da maçonaria.
Segundo o livro “Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz”, a romãzeira atinge de 2 a 8 metros de altura e vive entre 60 e 100 anos e há registros de fragmentos da fruta em túmulos egípcios que datam de 2.500 a.c.
Isso me provocou a reflexão de que, assim como os homens, as romãs permeiam a história do mundo, desde o mundo antigo até o atual. A vida da romãzeira, variando entre 60 e 100 anos, se assemelha ao tempo de vida do homem. Assim como a romãzeira dá seus frutos que alimentam os homens, os homens dão seus frutos, que são sua prole e seu conhecimento, que alimentam e dão sobrevida ao mundo.
Outra reflexão que fui estimulado a desenvolver: dadas as propriedades afrodisíacas da romã e considerando que sua origem foi no oriente, não seria ela a fruta proibida? É sabido que a bíblia passou por traduções e interpretações diversas e que a interpretação da maçã ser o fruto proibido pode ter sido resultado de uma tradução incorreta, por exemplo de uma palavra genérica, que indica “pomo”.
Especificamente na maçonaria, as simbologias da romã na Ordem são:
Romãs são frutos que representam amizade. Seus grãos, muito unidos, reafirmam a solidariedade e a fraternidade da família maçônica e significam também o desejo de prosperidade dos membros;
Assim como os grãos das romãs ficam imersos em uma polpa transparente, os maçons devem estar unidos entre si por um ideal comum;
A casca tóxica da romã contrasta com as propriedades salutares de seu fruto, assim como os maçons, que vindos de um mundo Mau na essência, podem evoluir para um estado de excelência;
O Sol, tanto pela sua cor quanto por sua fecundidade /fertilidade proporcionada, através da união dos diferentes planetas que ilumina e aquece, pela riqueza dos seus raios e também pela humildade que demonstra, em apenas servir;
A caridade apregoada pela ordem, simbolizada pela enorme quantidade de grãos suculentos ocultos sob sua casca.
Além destas simbologias, uma que me chamou mais a atenção e me serviu de principal referência é que a romã é resistente e suporta muitos impactos, a partir de sua forma e aspecto externo, rígido, mas também por sua organização interna, com os frutos organizados, um apoiando o outro em uma estrutura perfeita à sua forma.
Externamente discreta e internamente impressionante, bonita e evoluída. Assim devem ser os maçons, resistentes às intempéries da vida profana, discretos e, em seu interior, possuir qualidades diferenciadas dos demais.
Concluo que a posição das romãs no topo das colunas B e J foi estrategicamente definida para que os maçons possam, seja na entrada ou já dentro do templo, lembrar de seus princípios e objetivos. Assim como os gomos/sementes são diferentes, mas estão unidos em uma estrutura única, em sintonia, que os maçons façam o mesmo, sendo diferentes, mas complementares, respeitem seu espaço e o espaço do outro, e trabalhem em conjunto para formação de uma ordem justa e perfeita.
Acredito que nós, maçons, temos crenças e valores em comum. Em contrapartida, tenho plena certeza de que somos todos diferentes. Juntos, formamos um organismo completo, complexo e que obtêm resultados muitos melhores do que se trabalhássemos isolados.
Finalizo meu trabalho compreendendo que preciso cultivar em minha vida aspectos importantes da romã. Que as intempéries do mundo exterior não sirvam de parâmetro para definir meu interior. Que eu seja capaz de absorver os impactos que o mundo me apresenta, mas que eu continue evoluindo em meu interior. Por último, que eu evolua no sentido de ser um agente aglutinador de pessoas, principalmente daquelas que são mais próximas de mim, na família, no trabalho e na sociedade como um todo, assim como cada um dos gomos da romã.
Autor: David de Freitas Neto