Fundada em 2023.
Aqui construímos templos às virtudes e cavamos masmorras aos vícios.
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Bate Papo ABERTO da Dojo Maçom para Faixas-Pretas Não Maçons com interesse em ingressar na Ordem.
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SOMOS UM VEÍCULO SOCIAL/DIGITAL
Um primeiro passo para quem tem interesse em ser entrevistado e verificado antes de ingressar na Ordem.
O DOJÔ MAÇOM é uma Loja Maçônica composta por Faixas-Pretas das mais variadas modalidades de Artes Marciais e que se reúnem na Capital Pernambucana (ver mapa) pelo menos uma vez ao mês.
Nossas Reuniões Ritualísticas são FECHADAS e realizadas em dias e horários que podem variar, dependendo da ordem dos trabalhos e da complexidade da cerimônia envolvida, entretanto, costumamos nos encontrar sempre um pouco antes do horário previsto para partilhar de um delicioso ágape e bate papo ABERTO entre irmãos e eventuais visitantes com interesse em associar-se.
O que é um Lodge? As Lojas Maçônicas são a organização básica da Maçonaria. Eles são governados coletivamente de forma Estadual e ou Nacionais. Uma Lodge é a sala onde realizamos nossas reuniões, oficinas, trabalhos... uma loja, é sempre alojada dentro de um Templo Maçônico – ecoando simbolicamente o Templo do Rei Salomão.
A 'Loja' é onde os maçons praticam sua Maçonaria, aprendendo valores morais e éticos por meio de alegoria e peças simbólicas, chamadas de rituais – definidas como um conjunto de ações realizadas principalmente por seu valor simbólico. (Mais informações podem ser encontradas em nossas páginas O que é maçom e O que é maçonaria.)
Nossos membros são provenientes das mais diversas modalidades de artes marciais: Taekwondo, Hapkido, Judo, Karate, Jiu Jitsu, Kung Fu... Somos fiéis a filosofia das artes, ao compromisso da boa conduta e a continuar praticando o que aprendemos e ensinamos como verdadeiros eternos aprendizes.
Maçonaria refere-se a organizações fraternais que têm as suas origens nas guildas medievais de canteiros que, a partir do final do século XIII, regulamentavam a qualificação da profissão e a sua interação com autoridades e clientes.
Quem pode fazer parte da maçonaria?
A admissão à Maçonaria é restrita a pessoas adultas sem limitações quanto à raça, credo e nacionalidade, desde que gozem de reputação ilibada e que sejam homens íntegros.
O que é preciso para entrar na maçonaria?
A admissão à Maçonaria é restrita a pessoas adultas sem limitações quanto à raça, credo e nacionalidade, desde que gozem de reputação ilibada e que sejam homens íntegros. Nenhum homem, por melhor que seja, poderá ser recebido na Maçonaria, sem o consentimento de todos os maçons.
O que é praticado na maçonaria?
Na maçonaria já se foram praticados mais de 110 ritos, hoje na maçonaria do Grande Oriente do Brasil temos 7(sete) principais Ritos Maçônicos: Rito Escocês Antigo e Aceito, Rito Moderno, Rito York, Rito Brasileiro, Rito Adonhiramita, Rito Schroeder e Rito Escocês Retificado.
Maçônaria é uma sociedade universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual.
O que significa ser maçom e como é possível entrar para a Maçonaria?
É ser amante da Virtude, da Sabedoria, da Justiça e da Humanidade. É ser amigo dos pobres e dos desgraçados, dos que sofrem, dos que choram, dos que tem fome e sede de justiça; é propor como única forma de conduta o bem de todos e o seus progresso e engrandecimento. É querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano.
É derramar por todas as partes os esplendores divinos da instrução; a educar a inteligência para o bem, conceber os mais belos ideais do Direito, da moralidade e do amor; e praticá-los.
É levar à prática o ensinamento que Cristo nos legou guando estava em uma cruz e com os braços abertos para o mundo:
“Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos Irmãos”.
É olvidar as ofensas que se nos fazem, ser bom até mesmo para nossos adversários e inimigos, não odiar.
É amar a Luz e combater as trevas; ser amigo da ciência e lutar contra a ignorância, render culto à razão e à sabedoria.
É praticar a tolerância, exercer a Caridade, sem distinção de raças, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo.
É realizar, enfim, o sonho áureo da Fraternidade Universal entre os Homens.
Maçônaria é uma sociedade discreta, onde suas ações são reservadas e interessa apenas àqueles que dela participam. É uma sociedade universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual.
A Maçônaria admite que todo homem é livre e possui bons costumes, não fazem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e de buscar sempre a perfeição. Os maçôns estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou lojas, todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si.
Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 milhões nos Estados Unidos, 1,2 milhões no Reino Unido e 1,0 no resto do mundo. No Brasil existem aproximadamente 150 mil maçôns e 4.700 lojas.
O termo Maçônaria é de origem francesa, e significa construção. O termo maçôm portanto é a versão em português do francês; Maçônaria por extensão significa “associação de pedreiros”.
Para ser membro da Maçonaria não basta a autoproclamação, é preciso um convite formal e é obrigatório que o indivíduo seja iniciado por outros maçons.
Conheça a história da Maçonaria, uma das instituições mais antigas em atividade no mundo
Artigos e etc...
Maçonaria e Artes Marciais
por Midnight Freemason Colaborador Convidado
Irmão David Pugh
A Maçonaria e as Artes Marciais tradicionais são duas das minhas paixões e assuntos favoritos para praticar e estudar. Na superfície, eles podem parecer completamente diferentes. A Maçonaria é um belo sistema de moralidade velado em alegoria e ilustrado por símbolos, enquanto as artes marciais são um sistema de técnicas mortais de autodefesa. No entanto, é a posição deste autor que eles são muito semelhantes em estrutura, filosofia e objetivos para seus alunos. O objetivo deste humilde artigo é apresentar seus benefícios e semelhanças com meus colegas maçons, com a esperança de inspirar novo e contínuo interesse, estudo e participação em ambas as disciplinas. Por favor, note que para o escopo deste trabalho quando o termo Artes Marciais é usado, ele está se referindo a estilos de arte marcial tradicionais como Taekwondo, Karate Shotokan, ou Wing Chun Kung Fu.
Examinemos primeiro a estrutura de ambas as entidades. Historicamente, tanto a Maçonaria quanto as artes marciais exigiam um processo de triagem antes de permitir que as pessoas se juntassem às suas fileiras e obtivessem seus "segredos". O general Hong Hi Choi, fundador do Taekwondo, afirma: "Um exame minucioso é feito sobre a composição mental, bem como os antecedentes de qualquer candidato antes de sua admissão no ginásio". Embora a Maçonaria ainda tenha essa prática, a maioria das escolas de artes marciais modernas, especialmente nos Estados Unidos, permitirá que qualquer pessoa com recursos financeiros se junte ao seu "Dojo" e comece a treinar. Historicamente, no entanto, este não era o caso, pois as artes marciais eram transmitidas dentro de uma linha familiar ou clã específico e se alguém fora desse grupo quisesse aprender tinha que ser "garantido".
Ambos os sistemas também eram praticados em segredo. "O treinamento em karatê sempre foi realizado com o máximo sigilo em Okinawa, sem ninguém ensinando ou treinando abertamente nas artes como se faz hoje." A razão para este segredo era uma questão de vida ou morte tanto para o maçom quanto para o artista marcial. Durante o tempo da maçonaria operativa, o conhecimento que os maçons possuíam era seu ofício e, posteriormente, como alimentavam suas famílias. Se os cowans e espiões tivessem permissão para obter suas informações secretas, eles poderiam tirar trabalho daqueles que estavam devidamente e verdadeiramente preparados. De uma maneira muito real, isso era uma questão de vida ou morte para o maçom e sua família. Da mesma forma, se as técnicas ou "segredos" do artista marcial fossem revelados a uma pessoa, tribo ou aldeia hostil, eles poderiam usar essas informações para derrotá-los em combate e, mais uma vez, encontrar o Anjo da Morte se torna uma possibilidade real.
Ambas as disciplinas têm um Mestre e um Grão-Mestre que coloca os adeptos para trabalhar e lhes dá uma instrução boa e saudável para seus trabalhos. Ambos são uma ciência progressiva com notas ou graus e, para que um aluno avance, eles devem mostrar proficiência adequada no material do nível de processo. Além disso, parte desse material envolve a memorização de movimentos físicos em uma determinada ordem que a Maçonaria chama de devidos guardas e sinais, e as Artes Marciais chamam formas, kata ou poomse.
Finalmente, ambos apresentam suas informações em um formato exotérico e esotérico. Por exemplo, o público pode ver um artista marcial demonstrando uma forma ou kata que pode ter movimentos que parecem dança (exotérico), mas são técnicas de luta realmente mortais (esotérico). O verdadeiro significado só é ensinado aos iniciados, que é o conhecimento esotérico. Como instrutor de artes marciais, ainda ensino por esta fórmula tradicional.
A Maçonaria tem como objetivo tornar os homens de bem melhores, e seu projeto é tornar seus eleitores mais sábios, melhores e, consequentemente, mais felizes! Nosso ritual nos ensina que a Maçonaria se preocupa em desenvolver as qualidades internas do Homem. As artes marciais também têm o mesmo objetivo como declarado na seguinte citação do Mestre Gichin Funakoshi, o fundador do Karate Shotokan e muitas vezes referido como o pai do Karate moderno.
"Quem segue o Karate-dô vai desenvolver coragem e fortaleza. Essas qualidades não têm a ver com ações fortes ou com o desenvolvimento de técnicas fortes como tais. A ênfase é colocada no desenvolvimento da mente e não nas técnicas. Em tempos de grave crise pública, é preciso ter a coragem, se necessário por uma questão de justiça, de enfrentar um milhão e um opositores."
Além disso, o Taekwondo tem os cinco princípios de Cortesia, Integridade, Perseverança, Autocontrole e Espírito Indomável, que cada aluno é encarregado de inculcar. Estas são muito semelhantes às quatro virtudes cardeais da Maçonaria que são a Temperança, a Fortaleza, a Prudência e a Justiça. Eles não se correlacionam diretamente, mas há sobreposição significativa. Por exemplo, a Integridade se relaciona com a Justiça, assim como a Perseverança e o Espírito Indomável correspondem à Fortaleza, e o Autocontrole à Temperança. Além do desenvolvimento interno, melhorar a comunidade também é algo que ambos os sistemas incentivam.
Como maçons, aprendemos o seguinte no Volume da Lei Sagrada: "E agora permanece a fé, a esperança e a caridade, estas três: mas a maior delas é a caridade". O Grão-Mestre Hong Hi Choi em seu texto de Mestre de Taekwondo afirmou o seguinte a respeito do serviço comunitário: "... entregando o seu trabalho ao trabalho público e às aldeias pobres durante as suas horas de lazer, para que possam ensinar a si próprios o espírito do serviço público e a entreajuda". Tanto os maçons quanto os artistas marciais, enquanto trabalham para subjugar suas paixões e melhorar em ambos os respectivos sistemas, também devem ajudar a transformar e construir suas comunidades. Para aqueles de nós que trabalham em ambas as pedreiras, temos uma dupla responsabilidade de estender nosso cabo de reboque em serviço para os outros. O melhor exemplo disso e da harmonia entre a Maçonaria e as Artes Marciais é a Shotokan Karate Lodge 9752 UGLE.
Em conclusão, tanto a Maçonaria quanto as Artes Marciais são ciências progressistas com estrutura e objetivos semelhantes para desenvolver o caráter moral de seus eleitores. À medida que o aluno cultiva os atributos internos de amor fraterno, alívio, cortesia, integridade, perseverança, justiça etc., espera-se que estes sejam estendidos ao seu semelhante e à comunidade em geral. Espero que, depois de ler esta breve comparação, meus irmãos que não são artistas marciais possam considerar dar o primeiro passo e começar a treinar em um estilo de sua escolha. Para meus Irmãos, que viajam em ambos os caminhos, que esta discussão aumente seu interesse, foco e paixão para estudar e treinar mais - para se tornar o melhor Maçom e Artista Marcial que você pode ser!
Referências:
Choi,Hong HI(1965) Taekwondo A Arte da Autodefesa,Los Angeles Califórnia: Publicação Masters
Gichin Funakoshi(1973) Karate-Do Kyohan O Texto Mestre, Nova Iorque Nova Iorque: Kodansha America
Tedeschi,Marc(2003) Taekwondo A Introdução Essencial, Trumbull, CT: Weatherhill Inc
Bíblia Sagrada 1 Coríntios 13:13 KJV
Veneravel Mestre, Irmãos...
Obrigado por esta oportunidade; É com grande prazer que compartilhamos minhas observações sobre as Sinergias da Maçonaria e das Artes Marciais.
História
Fui apresentado à minha jornada maçônica por um amigo e irmão muito querido, o irmão Philip Williams
Em fevereiro de 2011, tornei-me Aprendiz de Maçom Ingressado Maçom passado para o Fellow em outubro de 2011 e elevado a Mestre Maçom em janeiro de 2012 (Sim, já faz um ano)
Minha curta jornada pelos três graus da Maçonaria foi uma experiência de desconhecimento, intriga, aprendizado e, claro, fazer amizades sinceras.
Estar envolvido na mais antiga e possivelmente maior ordem fraterna do mundo me enche de alegria e ouso dizer Felicidade e um meio de poder aprimorar meu conhecimento do ofício, aprendendo a maneira como ele funciona com irmãos que estão no ofício há muitos anos e estão ansiosos para transmitir e compartilhar seus conhecimentos para os Irmãos juniores
Sabendo também que milhões de outras pessoas, incluindo reis, presidentes, atores, cantores, compositores, estrelas do esporte e, claro, o homem comum trilharam esse mesmo caminho
Enquanto sentava na loja e observava e entendia como a loja funciona, como nos comunicamos, seja por sinais, grips ou fichas, comecei a ver e sentir que havia uma sinergia entre a Maçonaria e o que foi meu primeiro amor – as artes marciais.
Eu me interessei por artes marciais durante minha adolescência, quando eu costumava fazer parte da equipe de boxe da escola, e depois de deixar a escola decidi procurar entrar em um clube de artes marciais, ou ouso dizer uma bolsa de estudos em 1979
Comecei a estudar Lau Gar Kung Fu, uma forma de Arte Marcial Chinesa com o Mestre Jeremy Yau e o Instrutor Albert Edwards, no que você deve se lembrar era o antigo edifício BAI em John Bright St Birmingham.
Eu poderia falar muito mais sobre o Mestre Jeremy Yau, mas talvez um dia eu pudesse elaborar um pouco mais
Depois de alguns anos ou mais de treinamento eu cheguei ao auge de praticar para a minha faixa roxa, durante a minha carreira eu também tentei outras formas de artes marciais e mais tarde eu passei a treinar em Karate Shotokan,
Karate sendo derivado das palavras: Kara que significa "Vazio", e Te que significa "Mão". Mão Aberta, Mão Vazia
Por último, mas não menos importante, entrei em um clube Shin Gi Ti Aiki Jujitsu.
Sendo esta uma arte marcial que consiste em Aikido e Judô
O clube era chamado de "Tsunami Aki Jujitsu Club" que era administrado por um amigo próximo chamado Sensei Tony Bull; o clube também foi afiliado ao mundialmente renomado Keith Morgan Shin Gi Ti Aiki Jujitsu Club.
Keith Morgan sendo um5º Dan e treina regularmente no Japão
Sensei Tony Bull era o gerente de CQ onde eu trabalho e ser um colega de trabalho e amigo encorajou alguns candidatos do trabalho a participar
Alguns irmãos podem se lembrar do meu casamento e do meu discurso de padrinho, onde eu escorreguei em algumas linhas sobre meu padrinho ser meu parceiro de sparring e treinamento
Irmãos, aqui começa a primeira sinergia/semelhança – Todos eles têm um Mestre
Deixe-me explicar um pouco mais.........
Encontramo-nos em salas de Lodge, onde apenas maçons são permitidos.
A Sala da Loja e sua entrada são guardadas por um irmão chamado Tiler que empunha uma espada
É ao Tiler que um maçom visitante de outra loja deve provar a si mesmo, transmitindo os sinais, agarras e palavras de um mestre maçom.
Nos primórdios da Maçonaria, o tiler estava no local para guardar as reuniões da loja contra cowans (não maçons) e espiões,
Uma palavra que vem dos primórdios maçônicos: as pessoas costumavam sentar-se nos beirais das lojas para espionar as reuniões maçônicas e eram descobertas quando caíam pelos beirais ou caíam deles, daí a criação da palavra.
Quando abrimos a Loja, estamos em solo sagrado, devemos aderir a um ritual rigoroso com atenção até mesmo aos detalhes mais ínfimos
Como a posição dos pés com a quantidade certa de passos a serem dados e saber exatamente quais palavras dizer e quais sinais dar e quando.
O Lodge é comparável ao dojo de artes marciais. O piso do dojo é sagrado, tanto que na maioria dos dojos tradicionais os alunos são obrigados a retirar os sapatos antes de entrar.
Ao entrar no dojo o aluno se curva ao instrutor ou sensei e ao mestre e em algum arco do Dojo antes de pisar no tatame, assim como o maçom ao entrar na Loja ou pisar na praça daria o sinal ao Mestre.
O aluno, então, passa a ficar em uma determinada posição, geralmente em uma linha ordenada de superior para menor patente. Isso é feito em ordem de classificação
Karate sendo: Branco, Amarelo, laranja, verde, azul, roxo, vermelho, marrom, preto
Da mesma forma, os Irmãos tomam seu assento na Loja de acordo com o cargo e a Hierarquia
Um dojo de artes marciais geralmente contém um juramento de dojo e alguma forma de certificação quanto às credenciais e afiliações do dojo.
Loja Maçônica não pode ser aberta a menos que haja um mandado da Grande Loja em exibição.
As lojas maçônicas têm o que se chama de placas de rastreamento em exposição, abertas em qualquer grau que os negócios da Loja estejam sendo conduzidos.
Essas tábuas de rastreamento são ilustrações com símbolos de cada grau que ajudam a nos transmitir lições valiosas sobre os graus.
A Loja e o dojo também são semelhantes em que um faixa branca não poderá participar de uma sessão de faixa preta, assim como um Aprendiz Inscrito não poderá participar de uma Loja aberta no Grau de Companheiro de ofício, e um Companheiro de ofício não poderá participar de uma Loja aberta no Grau de Mestre Maçom.
Você só tem permissão para praticar no grau que você atingiu e não acima, assim como nas artes marciais.
O Avental & Cinturão de Artes Marciais ou Sash
Como nas artes marciais e na Maçonaria Livre há um rigoroso código de vestimenta aplicado
As artes marciais têm um terno normalmente feito de algodão chamado gi com um cinto colorido ou faixa em torno da cintura, dependendo do grau
De relance, um maçom também pode determinar o grau de um irmão olhando para a outra peça de roupa que usamos em Lodge - o avental.
Não há peça de roupa mais importante e, de fato, não há posse mais importante do maçom do que o avental.
Ao receber um avental branco puro e liso durante nossa iniciação de Aprendiz, somos informados de que é o distintivo de um maçom,
"Mais antigo que o Tosão de Ouro ou a Águia Romana, mais honroso que a Estrela e a Jarreteira."
O avental é feito de pele de cordeiro e representa – Inocência.
Dizem-nos, acima de tudo, para manter sempre o nosso avental limpo e seguro e usá-lo com o maior orgulho.
Da mesma forma, os alunos das artes marciais usam uniformes um gi no dojo e cintos em torno de sua cintura, cuja cor é determinada pelo posto ou nível de aprendizado que alcançaram.
Esses níveis de aprendizagem, que chegam ao clímax com a aquisição de uma faixa preta
Os Rituais e a Classificação das Artes Marciais
Para avançar nas artes marciais, você deve passar por classificações rigorosas para alcançar a classificação.
Essas classificações mudam de estilo para estilo, mas o básico delas é bastante semelhante e geralmente envolve:
Sparring
execução da técnica,
explicação da técnica
O desempenho de kata ou formas.
Deixe de realizar esses testes e corra o risco de ser reprovado na classificação.
Partes dessas graduações também são realizadas solo, o que significa que você quase não recebe assistência e precisa ter as técnicas e formas comprometidas com a memória.
{ Demonstração de Quebra de Estrangulamento Frontal}
Não basta simplesmente demonstrar as técnicas no ar, mas ser atacado por um oponente; Há também um posicionamento muito específico das partes do corpo que deve ser realizado com precisão.
Essas graduações utilizam técnicas e formas (chutes, socos, arremessos) que podem ser rastreadas há centenas de anos e, em alguns casos, até os tempos antigos, como com as raízes Shaolin do Kung Fu ou o Karate dos agricultores de Okinawa.
Da mesma forma, os maçons passam por rituais (nossas graduações) para alcançar os vários graus.
Esses rituais permaneceram praticamente inalterados por centenas de anos e aspectos deles podem ser rastreados até as antigas escolas de mistérios egípcias que dizem ter se desenvolvido após o naufrágio da Atlântida.
Os maçons são obrigados a cometer rituais com a memória para a conclusão desses graus
Um pedreiro também deve executar os sinais, fichas e pegas que incluem o posicionamento dos pés, dos braços, das mãos e dos dedos
Isso não é diferente do kata ou formas, um artista marcial se compromete com a memória com excelência de execução.
De fato, um dos aspectos mais alucinantes do ofício é ver nossos rituais sendo recitados palavras perfeitas, pedaços maciços de textos como os juramentos e palestras de tábua de rastreamento em cada grau, que são extensos e podem durar vários minutos de fala ininterrupta,
tudo isso é feito completamente de memória, momento em que Irmãos eu gostaria de dizer "A Loja da Felicidade faz bem" com seus Irmãos sendo considerados como estando lá em cima com os melhores
Somos chamados maçons especulativos em oposição aos maçons operários; praticamos a Maçonaria especulativamente por sua construção de caráter e lições morais, e não operacionalmente como pedreiros trabalhadores.
Em nosso aprendizado especulativo, adotamos as ferramentas dos maçons operativos das guildas de pedreiros medievais e as usamos simbolicamente para transmitir lições valiosas.
De fato, a maioria da Maçonaria usa simbolismo e alegoria.
"Um sistema peculiar de moralidade, velado em alegoria e ilustrado por símbolos"
Cada grau da Maçonaria usa diferentes ferramentas de trabalho para ensinar simbolicamente as lições desse grau.
Cada um deles foi uma ferramenta de trabalho dos maçons operacionais que projetaram as catedrais góticas da Idade Média e outras maravilhas arquitetônicas incríveis, como o Templo do Rei Salomão.
Assim como a Maçonaria usa as antigas ferramentas de trabalho dos pedreiros para ensinar lições morais importantes, também as artes marciais empregam ferramentas antigas para ensinar lições físicas e incentivam o crescimento e o respeito.
Armas de artes marciais como a tonfa e nunchaku foram empregadas pela primeira vez como ferramentas de trabalho por agricultores de Okinawa para suas plantações.
A tonfa, por exemplo, era usada como cabo para moer arroz.
Ele foi inserido em um buraco em uma grande rocha chamada debulha e usado para transformar a rocha que moe o arroz em farinha.
É claro que a tonfa e o nunchaku não são mais empregados como ferramentas agrícolas, mas sim usados em artes marciais para ensinar defesa pessoal.
Formas (Chutes, Socos e Arremessos) ou kata podem utilizar armas como tonfa, sai, espadas e nunchaku e assim especulativamente desenvolver os atributos mencionados acima;
De maneira semelhante, a Maçonaria usa especulativamente ferramentas de construção dos maçons operativos para incutir ensinamentos morais
A questão central: ............
Por que você quis se tornar um maçom?
Por que eu queria me tornar um artista marcial?
A esta pergunta, na maioria das vezes, é uma das seguintes:
Auto Aperfeiçoamento
Crescimento espiritual
Amizade e Fraternidade
Quero aprender defesa pessoal
Quero ficar em forma
Quero melhorar minha confiança
Fazer de um homem bom um homem melhor
O estudo das artes marciais usa o conjunto de habilidades físicas de chutes, socos, engasgos, travas, seguras, etc. para iluminar o aluno por meio do desenvolvimento da confiança, disciplina e respeito pela antiguidade e um senso de fraternidade com os colegas de classe e autoaperfeiçoamento.
Assim como as artes marciais não são apenas sobre chutes e socos (embora desempenhem um papel importante), também a Maçonaria não é sobre apertos de mão secretos, sinais e fichas
Tanto as artes marciais quanto a Maçonaria, a sala The Lodge e o Dojo maior semelhança é, na minha opinião, é que ambos têm o potencial e a oportunidade de construir:
Caráter, construir Amizades, construir Irmandades e, claro, fazer de todos nós seres humanos melhores.
Irmãos, imaginem para meu absoluto espanto descobrir que outra pessoa se sentou onde eu me sento e teve o mesmo pensamento e fez a mesma conexão
Como parte da minha pesquisa, gostaria de mencionar Michael Sciavello, que também é maçom e escreveu um artigo também escrito sobre este assunto
Michael Sciavello é uma voz regular e correspondente para as artes marciais; ele também comentou sobre os Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim e os Jogos da Commonwealth de 2006 em Melbourne
E então os Irmãos imaginam, para meu puro deleite, descobrir que existem lojas onde os Irmãos são artistas marciais ativos ou aposentados, a saber:
Shotokan Karate Lodge 9752 com sede em Londres Ghee Kung Loja Suprema de Maçons Chineses
Irmão Colin Bennett
Aceitamos doações para confecção de uniformes (brancos e pretos) e aquisição de tatames (pretos e cinza ou preto e branco 30mm ou 40mm)
Envir para: CEP 50.721-100 nº 558 - Recife / PE.
Doações PIX - CNPJ 49.251.385/0001-59.
ou doacao@dojomacom.org
RSM Soluções - Ir∴ Roberval V. Moura (Responsável).
Conheça também
círculo, linguagem sagrada, ponto, triângulo
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Índice
A linguagem sagrada
O ponto
O círculo
O círculo e o ponto
O círculo, o ponto e o triângulo
O mito e o símbolo são os depósitos mais antigos da ciência humana. Eles são a forma mais comum de manifestação da sabedoria do nosso inconsciente. Como não temos uma linguagem adequada para expressar essa sabedoria, a nossa mente a traduz na forma de sonhos e visões, que são a forma pela qual o nosso inconsciente se comunica connosco. E como não temos um método apropriado para expressar o conteúdo dessa comunicação, a nossa mente a transforma em fábulas, metáforas, alegorias e símbolos, que são formulações linguísticas representativas dessas verdades metafísicas que a mente não consegue traduzir em linguagem lógica.
A história religiosa e o folclore de todos os povos nasceram assim, de conteúdos inconscientes decodificados em elementos simbólicos que são expressos pela linguagem verbal dos símbolos, mitos, fábulas e alegorias e pela linguagem não verbal dos ritos e da imitação anímica. As descobertas arqueológicas mais recentes estão a mostrar que praticamente toda a teologia nasceu de uma origem comum, fundada em crenças abstractas, desenvolvidas pelos Antigos Mistérios, que de uma forma geral eram praticados por todos os povos antigos, pois todos eles compartilhavam dos mesmos arquétipos.
O mesmo fenómeno ocorreu com a linguagem escrita. Salvo raríssimas excepções, todas eram icónicas e reivindicavam origem sagrada, oriunda dos próprios deuses. É o caso da escrita hieroglífica, por exemplo, cuja tradição afirmava que tinha sido ensinada aos egípcios pelo Deus Toth, durante o reinado de Osíris. Os antigos egípcios, como se sabe, empregavam três tipos de escrita, que eram usados conforme o assunto. A hieroglífica para assuntos sagrados, a demótica para o uso comercial e a herática, que era uma espécie de escrita popular, coloquial, usada pelo povo em geral. A escrita hieroglífica era aquela que lhes fora ensinada directamente pelos deuses.
Também os povos mesopotâmicos acreditavam que o seu alfabeto cuneiforme fora trazido à terra pelo Deus Enlil, da mesma forma que o sânscrito teria, segundo os hindus, uma origem divina. Nem os hebreus escaparam desta tradição, pois segundo os adeptos da Cabala, o alfabeto hebraico também foi gerado no céu.
De acordo com os ensinamentos da Teosofia, o primeiro idioma da espécie humana era monossilábico, falado pelas primitivas raças que povoaram a terra. Tratava-se de um sistema aglutinante, polissilábico, que foi primeiro utilizado pelos povos atlantes. Este idioma seria a raiz do sânscrito, o qual, por sua vez, teria sido o pai de todas as línguas modernas.
Assim também são os símbolos naturais e artificiais usados pela Maçonaria para representar as mais diversas noções desenvolvidas na sua prática. Esta tradição fundamenta-se em conhecimentos arcanos, transmitidos de geração em geração, através da tradição oral. É a sua linguagem, segundo a qual os Irmãos se comunicam entre si e conservam os elementos da cultura do grupo, e segundo os quais também se reconhecem em todo o mundo.
Esta é uma prática que acompanha a tradição iniciática desde o seu início. H. P. Blavatsky informa que
“desde tempos imemoriais os mistérios da Natureza foram registados pelos discípulos dos Homens Celestes, em figuras geométricas e símbolos, cujas chaves passaram através das gerações de homens sábios e dessa forma vieram do Oriente para o Ocidente. O Triângulo, o Quadrado, o Círculo, são descrições mais eloquentes e científicas da evolução espiritual e psíquica do universo do que todos os volumes de Cosmogênese” [1].
Os Mistérios de Isis e Osíris, os Mistérios de Mitra, de Brahma, de Indra, Dionísio, Elêusis, etc. , são exemplos dessas tradições praticadas por todos os povos antigos. De uma forma geral, todos esses Mistérios buscavam “religar” o profano ao sagrado, através da imitação do processo que causava a vida e a morte. Diz-se que nas iniciações a esses Mistérios os segredos da origem do universo eram relatados pelos hierofantes numa linguagem cifrada e os iniciados deviam registá-la através de símbolos ditados pela sua sensibilidade. Assim, o mundo podia ser representado através de um círculo com um ponto no meio, da mesma forma que outros conceitos esotéricos recebiam diferentes conformações geométricas e pictóricas, as quais, se julgadas correctas pelos mestres, eram definitivamente adoptados.
Desta forma nasceram os mais diversos símbolos para representar os mais diferentes conhecimentos arcanos. Destarte, iremos encontrar números e figuras geométricas como expressão de conhecimentos sagrados em todas as escrituras antigas. E iremos perceber que todas as cosmogonias (histórias de criação do mundo), são representadas mais ou menos da mesma forma: por um círculo, um ponto, um quadrado, um triângulo; e praticamente em todas estas demonstrações simbólicas encontraremos o número sete a representar o tempo da criação universal, ou as sete “rondas” às quais a humanidade terá que passar para cumprir o seu destino escatológico. Na Bíblia são os sete dias da criação, citados em Génesis, 2:1,3. Segundo a Doutrina Secreta a humanidade deverá viver sete ciclos ou “rondas”, até completar o seu destino na terra. A nossa era corresponde à quarta “ronda” [2].
O ponto é o elemento a partir do qual toda geometria se inicia. Ele é o princípio de tudo. Um ponto determina uma posição no espaço, razão pela qual ele é o símbolo que dá uma ideia de começo. Em termos geométricos, pontos não possuem volume, nem área, comprimento ou qualquer dimensão semelhante mensurável ou observável, razão pela qual ele é o próprio símbolo do infinito. Assim, a dimensão de um ponto é igual a zero, ou seja, uma esfera de diâmetro zero.
Na geometria Euclidiana, um ponto é definido como “o número que não tem partes”. Isto significa que o que o caracteriza é a sua posição no espaço e não o seu valor absoluto. Com o desenvolvimento da geometria analítica, o ponto passou a ser o elemento numérico a partir do qual as demais posições podem ser analisadas através de coordenadas. Na filosofia de Aristóteles o ponto é o número ilimitado, que é composto de infinitas partes. Ele é o limite da linha, indimensionável e imensurável.
Todas estas características matemáticas e geométricas do ponto fizeram dele um símbolo de extraordinário significado transcendental. Por ser representativo do primeiro momento da vida cósmica, na simbologia do saber arcano ele é o próprio Poder que se manifesta, ou seja, o instante em que a Divindade surge no mundo das realidades. Na ciência física é a representação do Átomo fundamental, que contém em si todas as formas futuras do universo.
Na Cabala ele é Kether, a primeira séfira, também chamado de Ain, o Princípio Único, a coroa da criação, chamado de Inteligência Admirável, Potência Incriada, origem de tudo que existe. É a chamada Existência Negativa que se manifesta em positividade, tornando-se Existência Positiva. Ele é a mónada da filosofia de Leibnitz, princípio primeiro, único e fundamental, a partir do qual o universo foi gerado. Na física atómica, este símbolo é chamado de Singularidade, ou seja, um lugar no vazio cósmico (partícula ou átomo) onde a densidade da matéria é tão grande que a relatividade geral deixa de existir. Ou seja, o corpo celeste que explodiu, produzindo o chamado Big-Bang, que segundo a moderna ciência astronómica, foi a origem do universo [3].
Nas antigas tradições o circulo representava o universo primordial, o ”ovo cósmico”, configuração inicial do cosmo, onde tudo estava encerrado. Esta manifestação do espírito dos povos antigos mostra que nesses primórdios da vida da humanidade já se intuía a forma esférica dos corpos celestes e dos grãos fundamentais da matéria, os átomos, e também do próprio universo, que segundo a moderna astronomia também apresenta essa forma geométrica.
Em si mesmo ele condensa todas as formas e expressões do universo em potência, assim como o ovo condensa a forma do ser que ele encerra. Na mitologia celta o universo nascente era representado na forma de uma serpente que envolvia todo o vazio cósmico e tinha a cauda unida à cabeça. Na iconografia arcana, que é reproduzida também na simbologia alquímica, o circulo é representado através de uma serpente que engole o próprio rabo, a chamada Serpente Ouroboros, significando que o universo é uma potência que subsiste de si mesmo, isto é, ele gera a própria energia, alimentando-se de si próprio. Este processo, na moderna física atómica, é conhecido pelo sugestivo nome de Boot Strap, literalmente “alça de bota”, significando que o universo se sustenta da própria energia, “erguendo-se pelas alças das próprias botas”.
O círculo com o ponto inscrito no centro representa o nascer do universo, momento em que a luz é tirada das trevas, ou seja, quando o Grande Arquitecto se manifesta em Luz (potência masculina, positiva, electricidade, yang).
Matematicamente ele corresponde ao número dois, segunda manifestação da Divindade no mundo material. Segundo a intuição vedanta, esse é o momento sublime em que Bhraman, a alma do cosmo, se manifesta como existência real. Visão correspondente é a da tradição gnóstica que vê nela o momento em que o “ovo cósmico” é fecundado pelo Espirito Divino.
Na física é o instante em que o Big-Bang libera a energia luminosa que dará origem às realidades cósmicas. Corresponde à primeira lei que rege a formação cósmica, ou seja, a lei da relatividade, que permite a expansão do universo a partir do momento inicial da grande explosão.
Daí em diante a luz liberada a partir desse ponto inicial ir-se-á espalhar pelo vazio cósmico, e a sua condensação, forçada pela segunda lei, a da gravidade, permitirá o aparecer da matéria universal e o seu agrupar em sistemas funcionais. Esta visão, que é defendida pela moderna ciência astronómica, já tinha sido intuída pelos sábios da antiguidade, pois ela aparece concomitantemente em todos os livros de sabedoria antiga. No hino Nãsadiya, ou o “hino da criação”, do Rig-Veda, por exemplo, diz-se que “ no princípio Brhaman repousava sobre si mesmo, prenhe dos seus mundos futuros”.
A Bíblia informa que Deus fez o mundo tirando a luz das trevas. Esta visão corresponde à explosão do Big Bang, sendo hoje compartilhada inclusive pelos sectores mais liberais da Igreja Católica, que têm deixado de invocar as teses criacionistas para justificar a existência do universo. Ela foi expressa pelo Papa Bento XVI numa das suas homílias, na qual ele diz que
“a mente de Deus esteve por trás de teorias cientificas complexas como a do Big Bang, e os cristãos devem rejeitar a ideia de que o Universo tenha surgido por acaso”.
Foram os filósofos hilozoístas que lançaram a ideia de que o universo é construído através de um processo onde a vida que nele existe se manifesta em diferentes etapas, cada espécie com a sua forma particular, que por sua vez se subdivide em infinitas outras, que podem ser compostas ou simples, sendo cada uma delas a expressão de uma alma que as anima ou nelas habita. Cada uma, segundo a forma e a evolução que nela se processa desenvolve um determinado grau de consciência. Daí a hierarquia existente entre as diversas formas de vida existentes no universo material [4]. O Princípio Universal, primeiro e único, segundo o qual a vida se manifesta no Universo é Deus. É a Vontade de Ser, o Logos, o Verbo Fundamental que se faz por si mesmo e se transforma em matéria universal. Daí ser a filosofia hilozoísta uma espécie de panteísmo universal, tendo em vista que ela admite a existência de um Ser Único, Deus, como sendo uma força, uma energia que se manifesta, não como uma entidade, segundo os cânones das religiões reveladas, mas como uma lei natural que dá vida e organização ao universo real. Esta energia multiplica-se numa infinidade de formas, que se relacionam entre si, entrelaçam-se e criam outras formas, que no conjunto, constituem o universo na sua multiplicidade infinita.
No centro desse infinito mar de formas encontra-se a Consciência Cósmica que a tradição vedanta chama de Sanat Kumara, e a Cabala de Senhor do Mundo, o Ancião dos Dias. Ele é o centro de toda existência, que se manifesta através de um ponto no vazio do infinito, o qual, por força da energia irradiada a partir desse ponto, assume uma forma esférica, circular. E dentro dessa esfera, por força da própria energia irradiada, forma-se um triângulo de energias que se espalha pelo nada cósmico gerando os mundos e organizando-os segundo as funções que cada um exerce na totalidade da vida universal.
Estas concepções foram desenvolvidas pela filosofia oriental, principalmente na cosmogonia dos Vedas. Depois foram adoptadas pelas escolas teosóficas, que as transformaram num vasto sistema cosmogónico que explica, orienta e prevê o desenvolvimento da vida no universo, mostrando como ele nasceu, desenvolveu e se desenvolverá, bem como o comportamento da vida dentro dele, nas suas manifestações passadas, presente e futuras [5].
Também na grande tradição da Cabala essas mesmas ideias estão presentes, desenvolvidas através de ricas metáforas e um expressivo simbolismo que transforma em “entidades” chamadas de anjos e demónios as energias fundamentais que formatam e regem a vida do universo [6].
Porém, o que nos interessa no presente estudo são as relações simbólicas que elas assumem na tradição maçónica, as quais são todas inspiradas no hilozoísmo, ou mais propriamente, na filosofia de Pitágoras, cuja maior expressão nos é passada através da geometria.
Neste sentido, podemos interpretar as figuras geométricas representadas pelo ponto, o círculo e o triângulo, em relação com as proposições filosóficas que elas inspiram, as quais podem ser dispostas conforme segue.
O círculo com o ponto inscrito dentro de um triângulo representa o universo em equilíbrio. É a representação geométrica do processo segundo o qual o universo nasce, desenvolve-se e se equilibra através das próprias forças que nele actuam de forma natural.
Na tradição da Cabala esse desenho corresponde aos três primeiros componentes da Árvore Sefírótica, Kether (a coroa), Chokmah (a sabedoria) e Binah (a compreensão), que se unem para formar tudo que existe no universo, também conhecidos pelos nomes de Am (Kether), Am Soph (Chokmah) e Ain Soph Aur (Binah). Estas três representações da acção divina no mundo das realidades fenoménicas correspondem à acção da Divindade manifestando-se como matéria e dividindo-se em dois princípios, o masculino (Chokmah, o universo representado pelo círculo) e o feminino (Binah, representado pelo triângulo).
Na doutrina cristã essa representação pictórica corresponde à chamada Santíssima Trindade, ou seja, o Pai (Kether, a coroa, representado pelo ponto), o Filho (Chokmah, a Sabedoria representado pelo círculo), e o Espirito Santo (Binah, a compreensão, representada pelo triângulo) [7]. Esta simbologia tem correspondência em praticamente todas as religiões dos povos antigos. Na tradição vedanta, essa representação é feita por Brhama, Vixnu e Chiva, a divina trindade hindu que dá origem e sustentação ao mundo. Para os antigos egípcios representava a união da sagrada família, formada por Osíris, Isis e Hórus. Para os taoistas, representa o Tao, Princípio Único que dá origem à toda realidade e as suas duas derivações, o masculino e o feminino, que se unem para proporcionar o perfeito equilíbrio, representado pelo triângulo.
Na moderna física atómica esses símbolos correspondem às três leis básicas de constituição universal: relatividade, gravidade e magnetismo.
Segundo a teoria de James Clark Maxwel, as leis da relatividade, da gravidade e do magnetismo, actuando sobre a matéria universal, formam campos energéticos que transmitem acções de um lugar para outro. Estes campos comportam-se como “entidades” dinâmicas que podem oscilar e mover-se no espaço. São as ondas e as partículas, que constituem as formas atómicas da matéria [8]. Na Cabala essas “entidades” correspondem aos “anjos” que supervisionam a formação do universo. Esta analogia é nossa, mas é uma intuição que nos parece muito clara quando comparamos as descrições que os cabalistas fazem dos chamados “anjos construtores do universo”, com as propriedades dos átomos que constituem a matéria universal.
Para a Maçonaria, triângulos, pontos e círculos são símbolos extremamente representativos, que tem larga utilização na metalinguagem utilizada para a veiculação dos seus ensinamentos.
O mundo maçónico é um mundo geométrico por excelência. O círculo é o mundo no seu início, o ponto é o seu conteúdo potencial, o triângulo é o universo organizado, a ordem posta no caos inicial. Por isso, na comunicação maçónica encontraremos uma larga utilização desses símbolos geométricos. Além da conotação puramente espiritualista que se quer dar às mensagens maçónicas, o simbolismo contido na comunicação feita em forma de pontos dispostos em forma de triângulos, veicula também um profundo conteúdo filosófico extraído dos princípios que norteiam a prática da Arte Real. Nestas mensagens pressupõe-se que na ideia ali exposta estão presentes os elementos de estabilidade defendidos pelos maçons: liberdade, igualdade e fraternidade, que, no entender da Maçonaria, constituem os três elementos básicos de uma sociedade justa e fraterna.
João Anatalino Rodrigues
[1] Síntese da Doutrina Secreta, op citado, pg. 125
[2] Idem, op citado, pg. 151. Estas noções são, evidentemente, inspiradas nos ciclos lunares.
[3] Conceito expresso por Stephen Hawking em O Universo Numa Casca de Noz- ANX – São Paulo, 2002
[4] Hilozoismo (hylé(matéria) + zoé(vida) é a doutrina filosófica segundo a qual toda a matéria do universo é viva, sendo o próprio cosmo um organismo material integrado, possuindo características como animação, sensibilidade ou consciência. Os seus principais representantes foram os gregos Tales de Mileto e Pitágoras.
[5] Veja-se, neste sentido, as obras de Helena P. Blavastsky.
[6] Veja-se a nossa obra Mestres do Universo, citada.
[7] Note-se que na tradição cristã, o princípio feminino (Binah), é substituído pelo Espirito Santo, denotando a nítida conotação patriarcal que a doutrina cristã (católica) deu à sua teologia.
[8] Fritjof Kapra, O Tao da Física, op citado