Na Tutoria Solidária, a aprendizagem colaborativa enfatiza a participação ativa, o diálogo e a construção conjunta do conhecimento por meio do projeto Tutoria Solidária – em um ambiente em que a conexão entre os envolvidos são fatores importantes para o sucesso do processo de aprendizagem. Por isso, os alunos trabalham em pares. Ela conta que esses pares são definidos com base na idade e conforme interesses pessoais que se encaixem. Por exemplo, um aluno da Avenues que pode ensinar Matemática faz dupla com um aluno do Jardim Panorama que tem interesse nessa disciplina, e assim por diante.

É uma oportunidade para os alunos – tutores e tutorandos – adquirirem habilidades interpessoais e vivenciarem uma realidade diferente da que eles já conhecem. “Há aprendizado das duas partes. A maioria quer ser tutor porque realmente se interessa nessa troca. Eles aprendem a lidar com o improviso, a trabalhar com o desconhecido, a entender e respeitar a perspectiva do outro", explica a professora de educação física, Paula Turatto.

Com o retorno presencial das atividades e o engajamento de professores e alunos, o número de tutorandos do Jardim Panorama chegou a 13. Uma das histórias notáveis do projeto é a de Marina Sant'Anna, 19 anos, aluna que continuou a auxiliar sua tutoranda, Manuela, mesmo após a formatura e ingresso na faculdade nos Estados Unidos. "Elas criaram uma amizade genuína. Isso mostra como deu certo. É uma troca que vai  além do ambiente acadêmico, há carinho e respeito mútuos”, conclui Paula. 

Em 2022, o Tutoria Solidária recebeu alunos do Colégio XIX de Março que desenvolvem um programa semelhante, ensinando ciências para alunos de escolas públicas em Itajubá, MG. Durante a visita, os alunos compartilharam uma refeição, visitaram a escola e passaram um tempo se conectando e trocando experiências sobre suas aulas particulares.

Para o futuro, a ideia é ampliar o número de alunos tutores, e impulsionar o projeto que comprova o papel da educação como um instrumento de conexão entre pessoas.