As sementes da transformação são cultivadas por quem ousa sonhar e agir. Seedbank é uma incubadora global destinada a alunos do 6º ao 12º ano, capacitando-os a iniciar ou a expandir suas jornadas de transformação do mundo. Mais do que uma plataforma, é uma iniciativa para estimular a inovação e a coragem.

O cerne do Seedbank é o processo de seleção, um trampolim para futuras conquistas. “A proposta é que projetos em que os alunos já estão envolvidos passem por um processo de seleção e aceleração para serem executados”, explica a professora Allison Uros.

Assim, os alunos mergulham em uma jornada de preparação meticulosa, moldando ideias e aprimorando habilidades de apresentação. De reuniões de financiamento a competições e programas de aceleração, o processo os prepara para enfrentar qualquer teste que a trajetória de impacto possa apresentar.

Uma vez admitidos, os alunos abrem as portas para um mundo de possibilidades. Equipados com fundos e encorajados por mentores experientes, eles embarcam em uma jornada de inovação. A chance de criar e testar soluções para problemas globais ganha vida. Essa oportunidade não apenas os empodera como também os conecta a uma rede de mentes brilhantes, prontas para colaborar e impulsionar o progresso coletivo.

No projeto vencedor global de 2023, selecionado entre as demais unidades Avenues nos Estados Unidos e China, os alunos do campus São Paulo ensinam sobre tecnologia para pessoas e idosas, com professores e líderes ajudando nessa mediação. “Eles apresentam uma genuína curiosidade em entender como vivem e como envelhecem as outras pessoas que estão fora do mundo que eles conhecem. É uma valiosa oportunidade de troca intergeracional”, afirma Carol Prado, language specialist na Avenues e uma das professoras à frente do projeto.

Para Larissa, aluna do 11° ano, envolvida no projeto vencedor, apesar das diferenças socioeconômicas, as dúvidas que os idosos de Heliópolis tinham, eram parecidas com as dúvidas dos avós da Avenues. “Muitos deles preferem ir até à agência, ficam desconfiados ao usar aplicativo do banco”, relata. 

De acordo com João Pedro, aluno do 11° ano, foram dois tipos de aprendizados: experiência profissional, de criar e executar um projeto, e também a vivência humana proporcionada pela ação. “Nós aprendemos a organizar um evento, em todas as etapas que isso envolve, mas principalmente, o que a gente mais ama é a conexão entre gerações distintas. Eu aprendi a ter paciência e empatia na prática”, afirma.

Um aspecto característico do Seedbank é a possibilidade de mentoria proporcionada por pais e mães de alunos. Para o executivo André Martins, que atua no mercado de capitais, estar envolvido como mentor foi uma oportunidade de compartilhar conhecimentos em empreendedorismo e nos investimentos em startups. “O projeto de educação digital para pessoas idosas precisa de uma continuidade, porque a exclusão digital é uma questão real”, afirma, referindo-se à iniciativa em que atuou. Além disso, André destaca a relevância de conectar habilidades técnicas com soft skills, como empatia e liderança. “As melhores lições vêm da execução, da aplicação prática de ideias”, diz.

Ainda que um aluno se dedique à teoria do empreendedorismo, sabendo que existem altos e baixos ao longo do caminho, ele só vai entender como as coisas funcionam na prática. É por isso que essa experiência de incubação não apenas incute habilidades práticas, mas também cultiva valores fundamentais: a coragem de enfrentar problemas globais, a determinação de superar obstáculos e a colaboração para causar um impacto significativo são algumas das lições aprendidas. 

“É um projeto que imita a vida real de várias maneiras. Como adultos, sabemos que teremos de participar de processos seletivos, falar em público, resolver problemas. Esse é um grande aprendizado do programa: é uma forma segura de experimentar a vida”, afirma Clara Prado.