OCA - OCA Translúcida - II Encontro OCA

Em Junho, no mês do orgulho LGBTQIAPN+ , nós do Projeto de Extensão OCA (Oficina de Criação Artística), em atividade desde 2018, e coordenado pelas profas. Dras Deborah Oliveira e Bruna Vieira, do Curso de Música UFPI, propomos o evento híbrido presencial/online OCA Translúcida, em apoio ao crescente número de Transexuais e Travestis na comunidade acadêmica. O evento é composto por performances musicais, videos, palestras, mesa-redonda e rodas-de-conversa em torno dos tema Transexualidade e Travestilidade, e tem por objetivo esclarecer e fortalecer o acolhimento e respeito a toda a comunidade LGBTQUIAPN+ em todo e qualquer setor universitário. Fica aqui o nosso convite a toda a comunidade universitária, servidores, professores, técnicos, terceirizados, assim como também comunidade externa.

DATA: 28 de junho de 2023

LOCAL: Presencial - Auditório Profa. Salomé Cabral (CCE-UFPI-Teresina) e Online - YouTube OCA UFPI

HORA: 08h às 20h

INSCRIÇÕES POR EMAIL:

Para: oca@ufpi.edu.br

Inscrições Gratuitas

OCATRANSLÚCIDA

OCA VOCAL Experimental
Canções de Amor de

Cláudio Santoro e Vinícius de Moraes Atividade de Extensão OCA UFPI

Coordenação: Profa. Deborah Oliveira (2023)

Objetivo: Estudo de Repertório e de Bibliografia sobre as Canções de Amor de Cláudio Santoro com Letras de Vinicius de Moraes. Música Erudita Brasileira do século XX.

Resultado Esperado: familiarização e capacidade de análise de repertório erudito brasileiro, do século XX, para canto e piano, observando as peculiaridades estilísticas do compositor estudado; a realização de uma performance, de piano e voz, a ser apresentada ao final do processo.

Idealização e Direção Artística: Deborah Oliveira; Cantor(a): GABRIEL COSTA SILVA (Suzana Travessa); Pianista: SUZANA VIEIRA LIMA BORGES DE ALMEIDA; Monitores: FILIPE DE SOUSA OLIVEIRA (canto) e RAFAEL ALVES DA SILVA JUNIOR (piano); Gravação, Mixagem e Masterização de Audio: Xico Barroso; Gravação e Edição de Video: Luís Eduardo Calado

Laura Silveira é professora Associada do Departamento de Línguas e Letras da UFES, doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ, Diretora Social da ONG Minha Criança Trans e mãe de um adolescente trans e de uma pré-adolescente cis. Desde a transição de seu filho, aos 11 anos, em 2021, fez o perfil @mae.adolescentetrans, onde compartilhou as etapas de sua transição e segue apresentando as conquistas e desafios da luta pelos direitos das crianças e adolescentes trans no Brasil. Por meio da ONG, trabalha hoje junto a mais de 500 famílias que acolhem e defendem a transgeneridade na infância.

RESUMO:

Ninguém Nasce Transfóbique

Esta palestra propõe uma reflexão sobre a origem da transfobia em nossa sociedade, a partir da natureza mimética dos seres humanos. Aprendemos por imitação e agimos imitando alguém, desde o berço até às redes sociais. Sendo assim, a transfobia é ensinada e transmitida por meio de falas, gestos e atitudes transfóbicas, ao longo das gerações. O preconceito tem origem no desconhecimento, na ignorância, em maior ou menor escala, se considerarmos que até 2019 a transgeneridade era considerada doença, embora, desde então, a transfobia seja crime. Também buscamos compreender a transgeneridade como um fenômeno biológico natural, que acompanha a humanidade desde sempre, de forma diversa ao longo do tempo e do espaço; assim como entendemos gênero como espectro, cuja construção se dá em ambiente social. Apresentamos, ainda, questões relacionadas à saúde da pessoa trans (de acompanhamento psicológico a cirurgias), à passabilidade e à invisibilidade e vulnerabilidade das crianças e adolescentes trans. Por fim, abordamos a importância da linguagem neutra e a necessidade de aliades na luta contra a transfobia.

Jordhan Lessa (Vamulê Produções) é Servidor da Prefeitura do Rio há 25 anos, Estagiário de Serviço Social, Escritor com 4 livros autorais publicados e coautoria em alguns outros; e Palestrante de Diversidade e Inclusão Humanizada. Como ativista, é Membro da RENOSP LGBTI+ Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública e Conselheiro do IBRAT - Instituto Brasileiro de Transmasculinidades. Como servidor da Prefeitura, é o Criador do Programa GM Sem Preconceito - 1° Guarda Municipal transgênero da cidade do Rio. Na assistência social, participa do Núcleo LGBTQIAP+

Marcos Campello é Graduado em Cinema, pela Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, e Diretor do Coletivo de Arte Transparente/RJ.

Inclusão da Diversidade no Cotidiano Social

Apresentação do Coletivo TransParente: Criado em 17/11/2016, o TransParente nasceu da necessidade de amparo à jovens e adolescentes LGBTQIAP+, com ênfase nas pessoas transgêneres, que sofrem opressão e discriminação por parte da família e da sociedade em geral. Hoje somos cerca de 35 integrantes e militamos combatendo opressão, preconceito e lgbtqiafobia, através da arte.

Fundamento : O Coletivo tem como mecanismo o acolhimento e a abordagem de temáticas como sexualidade e identidade de gênero em suas peças e esquetes. A ideia é permitir que os alunos se expressem para o mundo sem medo de rótulos ou julgamentos.. Os alunos aprendem os elementos básicos da prática teatral, escrevem suas esquetes e montam seus espetáculos. Dentre as Principais Ações do Coletivo estão: Simulação realística teatral para alunos de enfermagem e medicina da Universidade Federal Fluminense em Niterói; Simulação realística cinematográfica para funcionários e alunos do Hospital Universitário Antônio Pedro.; Museu do Amanhã – Oficina teatral com LGBTs em extrema vulnerabilidade; Apresentação de textos, originais, escritos pelos integrantes em escolas, faculdades, Ongs, empresas e instituições públicos ou privadas. Seguidas de debate.

Gilzete Passos é psicóloga e professora, atua na Católica Salesiana, na APAE Macaé, RJ, e colabora com o Coletivo de Artes Transparente.

CORPOS À MARGEM: O PECADO E A PATOLOGIA COMO LIMITES PARA A DIVERSIDADE DE GÊNERO E SEXUAL

A História da humanidade registra expressões de violência direcionadas à população LGBTQIAPN+, em que esse público foi associado ao pecado, a perspectivas patologizantes, à criminalização, ao isolamento e ao extermínio em diversos contextos sociais, cenário que têm confluído para a privação de direitos e a sintomas como depressão e ideação suicida em pessoas da diversidade de gênero e sexual. Em pleno século XXI, representantes de religiões fundamentalistas que participam da cena política, têm buscado a suspensão de direitos e propagado ideias excludentes. Este estudo apresenta como objetivos abordar como a população LGBTQIA+ tem sido considerada em diversos períodos históricos e destacar o papel dos movimentos sociais na promoção de políticas públicas e conquistas de direitos. O presente trabalho também pretende enfatizar o papel da arte como estratégia para a expressão e elaboração de conflitos psíquicos e, nesta perspectiva, destacamos o Coletivo Transparente, grupo de teatro e cinema experimental dirigido pelo cineasta Marcos Campello, que abrange no elenco pessoas LGBTQIAPN+, muites em situação de vulnerabilidade e a contribuição da arte e da psicologia na promoção da saúde mental. Para alcançar os objetivos do presente trabalho, realizamos estudo qualitativo, por meio de revisão bibliográfica sobre arte, psicologia e população LGBTQIAPN+, incluindo o acervo de filmes e textos produzidos pelo Coletivo Transparente. O grupo de arte adota como influência, o Teatro do Oprimido de Augusto Boal, a Emoção de Lidar de Nise da Silveira e outras referências que recorrem à arte na promoção da saúde mental. Os resultados deste trabalho apontam para os desafios que as pessoas da diversidade de gênero e sexual enfrentam no país e para a contribuição da arte e da psicologia na promoção da saúde mental.

Palavras-chave: Psicologia; Arte; Coletivo Transparente; Diversidade de Gênero e Sexual; Saúde Mental.

HARUKI, por Deb O.

Em tempos de discussões sobre gêneros e sexualidades, é interessante se pensar numa construção textual narrativa sem gênero. Esse texto foi composto no intuito de que pessoas de qualquer gênero pudessem se identificar com Haruki. Haruki não define seu gênero, mas também não se define não binárie ou em qualquer outro gênero. A narrativa de Haruki não levanta propriamente questionamentos de gênero, no entanto, o texto foi escrito intencionalmente de forma que a/o personagem principal pudesse ser imaginada/o em qualquer gênero. Texto, imagens e video criados por Deb O. Lançado em 28.06.2023, durante o II Encontro OCA: OCA Translúcida

João Lopes possui Pós-DOC em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas INI/FIOCRUZ; é Doutor em Comunicação Humana e Saúde PUC/SP; Mestre em Fonoaudiologia; Especialista em voz

e Fonoaudiólogo. O prof é também o Coordenador do Ambulatório Voz Trans da FIOCRUZ e Universidade Veiga de Almeida; Professor da graduação em Fonoaudiologia da UVA; Professor da Faculdade CAL de Artes Cênicas, e Preparador vocal de atores e cantores.

A Voz na Representação da Identidade de Gênero de Pessoas Trans e Travestis

É importante que se analise as motivações que levam a pessoa transgênero a procurar a terapia vocal e buscar nessa readequação características vocais de uma possível passabilidade, tendo em vista que a fonoterapia visa ampliar a autopercepção do uso da voz através de exercícios vocais miofuncionais e exploração dos ressonadores, abrindo possibilidade de desenvolver novos timbres, pitchs, volume, prosódia e entre outras características da fala que possibilitam uma comunicação com mais segurança, saúde e efetividade.

MESA REDONDA

TRANSEXUALIDADES & TRAVESTILIDADES NA UNIVERSIDADE

Lua (presencial)

(Ciências Sociais/UFPI & ALL Marketing e Performance)

Refletir e Incluir: Vivência PCD e Trans Dentro da Universidade

Profa. Dra. Laura Silveira (remoto)

(Letras/UFES e ONG Minha Criança Trans)

Debatedora

Prof. Dr. Luizir Oliveira (presencial)

(Filosofia/UFPI)

Mediador

Canção: Meu nome é Gal , de Erasmos Carlos

(Evento Concerto Meu nome é Gal, UFPI, 2023)

Direção Artística: Deborah Oliveira e Bruna Vieira

Cantora: Alyssa Teixeira

Banda: Ramon Pinheiro, Felipe e Diogo Alves

PERFORMER Samdra Dee

A DJ, Personalidade da Noite, e Professora Samdra Dee, performa na UFPI, em dia de comemoração da diversidade, no Projeto Quarta Aumentada, organizado por Ramon Pinheiro e Thaís Caori, em colaboração com o Evento OCA Translúcida.

RODA DE CONVERSA

TRANSBORDANDO:

EDUCAÇÃO, ARTE, MODA E IDENTIDADES TRANS E TRAVESTIS

Deborah Oliveira (Música/UFPI)

Lygia Rissope SP/PI (Moda)

Catarina Aranha NY/RJ (Figurino)

Stella Oliveira Spinillo de Queiroz

(Psicologa & Psicanalista/ RJ)

A Construção de Identidade na Experiência dos Indivíduos Transgênero

PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO (MANHÃ)

8h VIDEO/PERFORMANCE

Suzana Travessa e Suzana Vieira

(Performers/UFPI)

9h PALESTRA

Profa. Dra. Laura Silveira

(Letras/UFES e ONG Minha Criança Trans)

Ninguém Nasce Transfobique

10h PALESTRA

Jordhan Lessa

(Serviços Sociais/RJ)

Letramento e Nuances LGBTQIAP+

11h VIDEOCLIPE

HARUKI - Deb O

Narrativas sem gênero, em Português, seriam possíveis?

11h15 MESA REDONDA

TRANSEXUALIDADES & TRAVESTILIDADES: IDENTIDADES e ARTES

com

Marcos Campello

(Cinema/Coletivo de Arte Transparente/RJ)

Inclusão da diversidade no cotidiano social

Profa. Ms. Gilzete Passos

(Psicologia/Coletivo Transparente/Faculdade Católica Salesiana/APAE Macaé - RJ)

Corpos à Margem: o pecado e a patologia como limites para a diversidade de gênero e sexual

Prof. Dr. Ednardo Monti

(Educação Musical/UFPI)

mediador

PROGRAMAÇÃO (TARDE)

14h PALESTRA

Prof. Dr. João Lopes

(Fonoaudiologia/UVA e Fundação Oswaldo Cruz/RJ)

A Voz na Representação da Identidade de Gênero de Pessoas Trans e Travestis

15h MESA REDONDA

TRANSEXUALIDADES & TRAVESTILIDADES NA UNIVERSIDADE

Lua

(Ciências Sociais/UFPI & ALL Marketing e Performance)

Refletir e Incluir: Vivência PCD e Trans Dentro da Universidade

Profa. Dra. Laura Silveira

(Letras/UFES e ONG Minha Criança Trans)

Debatedora

Prof. Dr. Luizir Oliveira

(Filosofia/UFPI)

Mediador

16h30 VIDEO PERFORMANCE

Alyssa Teixeira CE/PI (Música)

Canção: Meu nome é Gal

17h PERFORMANCE

Samdra Dee

(Performer & DJ/PI)

PROGRAMAÇÃO (NOITE)

18h RODA DE CONVERSA

TRANSBORDANDO: EDUCAÇÃO, ARTE, MODA E IDENTIDADES TRANS E TRAVESTIS

Deborah Oliveira (Música)

Lygia Rissope SP/PI (Moda)

Catarina Aranha NY/RJ (Figurino)

19h PALESTRA

Stella Oliveira Spinillo de Queiroz

(Psicologia/RJ)

A Construção de Identidade na Experiência dos Indivíduos Transgênero

20h ENCERRAMENTO

COORDENAÇÃO DO EVENTO

Deborah Moraes Gonçalves de Oliveira

COORDENAÇÃO DO CURSO DE MÚSICA UFPI E COORDENAÇÃO ADJUNTA DO EVENTO

Bruna Maria de Lima Vieira

EQUIPE TÉCNICA

Ramon Pinheiro

Thais Caori Arrase Baba

Cacau Ferreira

Lucas Coimbra

JORNALISMO & MARKETING

Luis Eduardo Souza Calado

TRADUÇÃO LIBRAS

Aurora do Nascimento Silva

Ágatha Pandora Madeira Wachholz

Josenilda Xavier de Jesus

Lucas Barros

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