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Novo Relatório do IPCC alerta para a influência humana nas mudanças climáticas.

Out|06|2021

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) lançou o seu Sexto Relatório de Avaliação, AR6, em 9 de agosto de 2021. O documento, intitulado “The Physical Science Basis”, reúne as contribuições do Grupo de Trabalho 1 (WG1) para a compreensão física do atual cenário das mudanças climáticas. Esse relatório avalia 14 mil publicações científicas e é destinado aos governos com a intenção de incentivar políticas nacionais e internacionais contra a mudança do clima.

De acordo com o relatório, as mudanças climáticas estão ocorrendo de forma rápida e avançada. A temperatura da superfície global já aumentou em 1,09ºC, dos quais os gases de efeito estufa contribuíram com um aquecimento de 1,59ºC e os aerossóis contribuíram com um resfriamento de 0,5ºC. Destaca-se que a ação humana foi responsável pelo aquecimento de 1,07ºC e as contribuições naturais foram menores que 0,1ºC. Assim, ao menos que medidas sejam tomadas imediatamente, será impossível limitar esse aquecimento em 1,5ºC.

Quanto maior o aumento na temperatura, maiores são as mudanças provocadas, portanto, o relatório traz cenários pouco promissores para o Brasil e para o mundo. Caso o aumento da temperatura se limite a 1,5ºC, 14% da população mundial será exposta a ondas de calor extremo e o nível do mar subirá em até 0,4 metros até 2100. No Brasil, haverá alterações no padrão de chuvas, impactando o setor de energia elétrica e a produção agrícola. Caso a o aquecimento chegue a 2ºC, 37% da população mundial será atingida com ondas de calor extremo e o nível do mar pode subir em até 0,46 metros.

Sabendo que algumas mudanças climáticas são irreversíveis e que outras podem ser freadas com a diminuição da emissão dos gases do efeito estufa, o relatório encerra alertando para o fato de que o clima do futuro depende das decisões tomadas atualmente. Espera-se então que os dados apresentados e as pesquisas realizadas contribuam para a tomada de decisão dos governos.

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Modificação do “clima”: Ficção Científica ou Realidade?

Ago|24|2021

A modificação do clima moderno começou com as descobertas de Schaefer em 1946 e Vonnegut em 1947, que descobriram que nuvens de água líquida super resfriadas podiam ser transformadas em cristais de gelo usando iodeto de prata (AgI) ou gelo seco. A partir da década de 1960, a estimulação artificial da chuva por meio da semeadura de nuvens se espalhou em todo o mundo.

A semeadura higroscópica, mais conhecida, dispersa grandes partículas de sal, como AgI, em uma nuvem, as quais irão agir como núcleos de condensação de nuvem. O objetivo da introdução artificial desses núcleos de condensação é então condensar o vapor d'água para aumentar o tamanho das gotas, favorecendo a precipitação. A desvantagem é a grande quantidade de sal necessário no processo e a utilização de aeronaves tripuladas para dispersar o sal.

Como alterativa, surge o método de produção de chuva por meio do carregamento elétrico, o qual é capaz de produzir mais chuva e é mais barato porque não requer aeronaves tripuladas. Esse método consiste em carregar eletricamente as gotas de nuvens, aumentando a colisão entre elas, o que aumenta seus tamanhos e, portanto, favorece a precipitação. Além disso, essa tecnologia poderia reduzir as chuvas onde são muito abundantes, prevenir o granizo e até mesmo dissipar o nevoeiro nos aeroportos.

Essa tecnologia do carregamento elétrico foi recentemente empregada em Dubai para conter o calor devido a temperaturas que chegaram próximas dos 50°C. Em julho desse ano (2021) foram lançados drones que geraram atividade elétrica nas nuvens provocando chuvas torrenciais.

É importante destacar que a produção de chuvas artificiais pode trazer benefícios em casos específicos, mas no geral pode causar impactos negativos como inundações e poluição ambiental. Portanto a melhor opção ainda é cuidar do nosso planeta e evitar esses eventos meteorológicos extremos de seca e altas temperaturas.

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Implantação de nova fase do PROCONVE reduz ainda mais a emissão veicular, que atualmente é a principal fonte de poluentes atmosféricos.

JUN|02|2021

Em um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, cerca de 7 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência dos efeitos da poluição do ar. Nesse sentido, uma das principais fontes de poluentes são as emissões veiculares, que podem representar até 70% das emissões.

Uma das principais alternativas para minimizar as emissões é a implantação de políticas públicas. No Brasil, destaca-se o Programa de Controle de Emissões Veiculares (PROCONVE), que tem como objetivo controlar as emissões por fontes móveis (veículos), fixando prazos, limites de emissão e principalmente, estabelecendo exigências tecnológicas para veículos automotores.

O PROCONVE, desde 1988, estabelece fases com objetivo de promover uma redução gradativa de poluentes como o monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx). A implantação dessa política trouxe melhorias para a qualidade do ar no Brasil. No estado de São Paulo, um estudo analisou a concentração de poluentes de 1996 a 2009 e foi constatado que, apesar do aumento da frota veicular, houve tendência para diminuição da concentração dos poluentes, reflexo da implantação do PROCONVE. Essa tendência apenas não foi observada para o ozônio (O3).

Com a implantação do sistema de redução de catálise seletiva (SCR) nos veículos em 2012, cujo objetivo é reduzir a emissão de NOx, houve um incremento nas emissões de amônia (NH3) em áreas urbanas, visto que esse gás é volatilizado durante o processo de catálise. Assim, a próxima fase (L7) que será implantada até o final de 2022, prevê para veículos leves: a declaração de amônia (NH3) por veículos equipados com sistema de redução de catálise seletiva (SCR) e limite máximo para emissão de combustível evaporado.

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Estudos científicos comprovam transmissão do

Sars-Cov-2 por via aérea

MAI|20|2021

A propagação do coronavírus pelo ar é uma das principais controvérsias da pandemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o contágio por via aérea só pode ocorrer em condições estritas, como durante procedimentos de geração de aerossóis (micropartículas sólidas e gotículas em suspensão no ar). Dentre esses procedimentos, destaca-se a intubação, o que deixa os profissionais da saúde expostos à contaminação no ambiente de trabalho.

Nesse sentido, em um estudo desenvolvido em Belo Horizonte -MG, foram coletadas amostras de aerossóis pelo método de amostragem ativa (amostradores de ar com filtros) e pelo método passivo (placas de Petri) em dois hospitais e em espaços públicos ao ar livre. Os resultados mostraram contaminação do SARS-coV-2 nas amostras, reforçando a hipótese da contaminação aérea do novo Coronavírus.

A partir dessa percepção dos riscos enfrentados pelos profissionais de saúde, um estudo desenvolvido pela universidade da Califórnia, em Los Angeles, descreve o desenvolvimento e o teste de uma câmara de contenção descartável que protege os profissionais do contato com gotículas e aerossóis dispersos liberados por um paciente durante o manejo das vias aéreas.

Em relação ao restante da população, também vulnerável à contaminação via aérea por gotículas e aerossóis, as principais formas de prevenção recomendadas continuam sendo a higienização constante das mãos, o respeito ao isolamento social e o uso da máscara de proteção. Além disso, é recomendado evitar aglomerações (principalmente em ambientes fechados ou com pouca ventilação), manter os ambientes internos bem arejados para facilitar a circulação do ar e realizar uma constante limpeza e desinfecção das superfícies.


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De forma inédita, NASA produz oxigênio respirável em Marte, utilizando CO2 da atmosfera do próprio planeta vermelho

MAI|07|2021

A exploração espacial apresenta alguns dos maiores riscos que os humanos encontram ao conduzir investigações científicas, pois requer um abastecimento logístico de alimentos, combustível e ferramentas e um sofisticado controle ambiental com revitalização da atmosfera e oxidação para propulsão durante o retorno à Terra.

Nesse sentido, surge o conceito de exploração de recursos locais (utilização de recursos in situ ou ISRU) como uma base de design fundamental no planejamento de missão espacial tripulada. Por isso, em 2014, a NASA anunciou um conjunto de experimentos que se concretizaram em abril de 2021.

A Missão Marte 2020 da NASA realizou uma importante experiência científica com sucesso, foi capaz de produzir oxigênio respirável utilizando o CO2 da atmosfera de Marte. O experimento é chamado MOXIE (Mars Oxygen ISRU Experiment), no qual pressupõe-se a utilização de recursos locais e pretende produzir O2 para ser utilizado como combustível e respirado por astronautas em futuras missões. A atmosfera de Marte tem cerca de 96% de CO2, o qual para ser convertido em O2, passa por um processo de eletrólise que exige temperaturas próximas a 800oC.

No final de abril de 2021 foram produzidas 5g de O2, sendo a intenção de que sejam produzidos 6g/hora de um gás de oxigênio com 98% de pureza. Outro dos requisitos do experimento é alcançar esses resultados em 10 experimentos sob diferentes condições.

Estima-se que seria necessário 25 toneladas de O2 para trazer de volta uma equipe de 4 astronautas. Por isso versões maiores e melhores do MOXIE serão construídas para prover o oxigênio necessário para as futuras missões.

Como uma primeira demonstração não-terrestre de ISRU, o MOXIE prova pela primeira vez a viabilidade da conversão de CO2 da atmosfera de Marte para produzir oxigênio, viabilizando futuros astronautas a viver em Marte utilizando os recursos locais.




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Mudanças no uso da terra e agropecuária correspondem a 72% dos gases de efeito estufa emitidos no país

ABR|22|2021

O constante e excessivo aumento no consumo mundial de carne bovina que quadruplicou nos últimos 50 anos, traz diferentes impactos ambientais. Nessa perspectiva, desde a criação do gado, até o produto final chegar ao consumidor, são utilizados e suprimidos diferentes recursos naturais, além de haver emissões de gases de efeito estufa (GEEs). No Brasil, por exemplo, o Observatório do Clima indica que mudanças no uso da terra e agropecuária correspondem a 72% dos GEEs emitidos no país.

Além disso, no Brasil, a principal área que sofre com os avanços da pecuária é o bioma Amazônia. O desmatamento da Amazônia chegou a 810 km² no mês de março de 2021, mostrando um aumento de 216% quando comparado com o março de 2020.

Cada um de nós podemos contribuir para melhorar essa situação, fazendo o segunda sem carne por exemplo e pressionando empresas e restaurantes por um consumo consciente!

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O impacto da sustentabilidade corporativa vai além da própria empresa

ABR|07|2021

Uma empresa global, ao realizar mudanças na forma de operação de seus negócios e nas metas que estabelece, tem como consequência um impacto mundial. Dessa forma, existe o estímulo crescente para que essas empresas levem em consideração o risco climático na tomada de suas decisões financeiras.

Nessa perspectiva, a Microsoft, por exemplo, se comprometeu, em janeiro de 2020, a chegar em 2030 sendo carbono negativa e também a remover do meio ambiente mais carbono do que o emitido desde a sua fundação, até 2050. Outros grandes empresários, como Bill Gates por exemplo, também tem alertado sobre as atividades humanas que causam maiores danos ao ambiente.

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Poeira do Saara ajuda a formar chuvas que caem na região da Amazônia Central e cumprem papel de fertilizantes para a floresta

ABR|01|2021

A poeira proveniente do Saara age como núcleos de condensação de nuvens e ajuda a formar 80% das chuvas que caem na região da Amazônia Central. Nesse sentido, estudos de modelagem estimam que há um fluxo de deposição de poeira do Saara de 5-10kg/ha na Amazônia.

Além disso, o deserto beneficia a mata todos os anos entre meados de 16 de janeiro e o mês de maio. Nesse período, contribui com a manutenção da biodiversidade da floresta, pois além da poeira, a Amazônia é o lar de muitos outros tipos de aerossóis, como fumaça de incêndios e partículas biológicas, como bactérias, fungos, pólen e esporos liberados pelas próprias plantas.

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Os oceanos, além de absorverem cerca de 1/3 do CO2 atmosférico, absorveram também 90% do excesso de calor gerado pelo aumento da emissão desse e outros gases de efeito estufa entre 1971 e 2010

MAR|18|2021

O oceano atua como um sumidouro de CO2, mas no processo torna-se mais quente, mais ácido e menos oxigenado. Um aumento relativamente pequeno da temperatura das águas superficiais pode causar a perda de algas fotossintetizantes que estão presentes no tecido dos corais, fornecendo energia e conferindo cor ao coral.

Assim, na ausência das algas, os corais perdem a sua cor, exibindo o esqueleto calcário branco, gerando o que chamamos de branqueamento dos recifes de corais, e também perdem sua fonte de alimentos, o que leva a seu desaparecimento.

Os recifes de corais fornecem habitat para um terço das espécies marinhas, fornecem importantes serviços ecossistêmicos para mais de 450 milhões de pessoas e geram 350.000 dólares por ano por hectare médio de recife de coral. Com base nos motivos apresentados fica evidente a importância da sua preservação.

Seu futuro depende em parte do compromisso em honrar o Acordo de Paris, em vista que, para salvar os recifes de coral a longo prazo, uma ação global para reduzir as emissões de carbono e limitar o aquecimento a 1,5-2 ° C é vital !

Além dos gases de efeito estufa, o derretimento das geleiras também aumenta a liberação de Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)

DEZ|17|2020

O estudo "Evidence for persistent organic pollutants released from melting glacier in the central Tibetan Plateau, China" de Li et al. (2017), mostrou que poluentes orgânicos persistentes (como o DDT ) podem atingir regiões montanhosas e polares por meio do transporte de massas de ar. Esses poluentes então são depositados e podem ser liberados no ambiente pelo derretimento das geleiras, que por sua vez, é causado pelo aumento da temperatura média do planeta.

Esse estudo também faz um alerta sobre como esse fenômeno pode afetar o meio ambiente e a saúde humana.

Para mais informações acesse o artigo pelo link abaixo: http://dx.doi.org/10.1016/j.envpol.2016.09.037

Queda do número de raios em São Paulo

AGO l 04 l 2020


Com a quarentena realizada devido a pandemia do novo Coronavirus, o número de poluentes lançados na atmosfera diminuiu, principalmente devido a menor circulação de veículos e queda na produção industrial. Durante essa época, Estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta que o número de raios diminuiu na cidade de São Paulo em cerca de 20%.

Segundos o cientista Osmar Pinto Junior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do INPE, para o período analisado de 20 de março a 2 de abril de 2020 e concluiu que o distanciamento social diminuiu em 20% a poluição na cidade de São Paulo, já trouxemos aqui que em outros polos populacionais houve redução também.

Concluindo então, pesquisadores do INPE, que o número de raios e tempestade tem relação com a poluição atmosférica presente.



Você sabia que os Microplásticos estão presentes no Ar?

JUL l 28 l 2020


O mês de julho etá sendo marcado pelo movimento “JULHO SEM PLÁSTICO”, que tem como objetivo inspirar atitudes de consumo consciente, incentivar a reciclagem e, principalmente, a não geração de resíduos. Muito se sabe dos impactos no ecossistema marinho, mas além disso os microplásticos, partículas menores que 5mm, são consideradas pelos pesquisadores como partículas onipresentes, ou seja, estão presentes na água, solo e ar.

Estudos já identificaram microplásticos em ambientes. Segundo uma publicação na Nature, em que avaliou a deposição de microplásticos em uma bacia hidrográfica na Europa, encontrou-se que cerca de 366 microplásticos são depositados por metro quadrado.

Em ambientes internos, também são encontrados, sendo transportado por massas de ar, chegando a ser inalados ou depositados na superfície.

No entanto, estudos na área atmosférica, com relação a presença de microplásticos, ainda são escassos, bem como as consequências a saúde.

Repensar seus hábitos, para formas de consumo com menor quantidade de plástico!

#julhosemplastico


A "respiração" da Terra

ABR l 28 l 2020


A NASA coletou dados durante o período de setembro de 1997 a setembro de 2017 através de uma frota de satélites que circundou a terra. Estes foram compilados na forma de vídeo gerando uma animação impressionante que captou o que foi chamado de "respiração" da Terra. Gene Carl Feldman, o oceanógrafo do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland ,falou sobre o vídeo, em um comunicado, da seguinte forma:

"Essa é a Terra - que é respirar todos os dias, mudando com as estações do ano, respondendo ao sol, aos ventos, correntes oceânicas e temperaturas.”

As imagens observadas contam a história visual das mudanças que acontecem na terra e no mar de estação para estação, sugerindo de forma ímpar que nosso planeta se comporta como um organismo vivo. Além disso, cria um mapa que permite aos pesquisadores monitorar, com o passar dos anos, mudanças em larga escala da sazonalidade terrestre em resposta às atividades humanas.


Erupção do Vulcão Anak Krakatoa, consequências atmosféricas

ABR l 23 l 2020


O vulcão Anak Krakatau (também conhecido como Anak Krakatoa), na Indonésia, entrou em erupção após uma violenta explosão no início da madrugada do sábado 11/04/2020 e a coluna de fumaça e cinzas subiu cerca de 500 metros.

Durante o processo de erupção ocorre a formação de uma nuvem denominada pyrocumulus, ou nuvem de fogo. Ela é produzida pelo intenso aquecimento do ar da superfície terrestre, podendo produzir raios. Isso pode ser explicado pela separação de carga induzida por uma turbulência severa, e talvez, pela natureza das partículas de cinzas na nuvem.

As cinzas produzidas pelos vulcões chegam há centenas de metros de altura e afetam todos os ecossistemas que se encontram sob essa cortina de fumaça. Sendo assim cientistas estudam e desenvolvem modelos matemáticos de previsão do movimento e distribuição das cinzas para quando ocorrer eventos desse tipo as autoridades e a população apresentem-se mais preparadas para lidarem com a catástrofe.

Outro fato muito importante a respeito da erupção vulcânica é que os gases expelidos pela ativação do vulcão podem interferir na variação da temperatura do planeta naquele ponto. Desses gases, o caso mais significativo registrado foi quando houve uma diminuição da temperatura após o vulcão liberar gases de enxofre, mais precisamente o dióxido de enxofre (SO2) que em contato com o moléculas de água presente na atmosfera se transformam em ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido é rapidamente condensado e formam-se os aerossóis, que recebem a os raios de luz e os refletem de volta para o espaço impossibilitando o aquecimento da superfície terrestre naquele local.


A permanência do SARS-CoV-2 em aerossol

ABR l 04 l 2020

Um estudo realizado no início de março pela The New England Journal of Medicine, relata que o SARS-CoV-2 (sigla do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2), que causa da Covid-19, pode permanecer em aerossóis durante algumas horas e em determinadas superfícies por dias.

Como ja mostramos aqui, a poluição atmosférica ajuda na dispersão do vírus, agora com esses novos dados temos mais componentes atmosféricos relacionando com a rápida disseminação da doença. Com isso, diferentes países estão alavancando novas medidas de prevenção e desenvolvendo estudos aprofundados no assunto. Nos EUA, o diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, membro do grupo de trabalho da Casa Branca sobre o coronavírus, reconheceu "o vírus pode realmente ser transmitido quando as pessoas estão apenas a conversar, e não unicamente quando espirram ou tossem".

Mas esse tema ainda será muito debatido, pois nem todos os especialistas concordam que os aerossóis são uma rota de transmissão. A maior contestação é que precisa de mais estudos para saber qual a dose infecciosa para causar uma infecção e quão transmissível o vírus pode ser pelo ar.

Por hora, nós devemos seguir o distanciamento social e as medidas de prevenção.

Relação Entre a Concentração de MP10 e a Disseminação da Covid-19

MAR l 31 l 2020


Estudos recentes, realizados com colaboração entre a Sociedade Italiana de Medicina Ambiental (SIMA), Universidade de Bolonha e Universidade de Bari, mostram a relação entre a concentração de MP10, diretamente ligado a queima de combustíveis fósseis, e a contaminação da população pelo Covid-19.

O estudo, realizado com dados da Itália, aponta que com o aumento do MP10 no ar ocorre a elevação de pessoas contaminadas pelo vírus. Relacionando essa informação com a qualidade do ar no país, que é indicado como um dos com maior concentração de poluentes atmosférica da União Europeia, pode-se dizer que ajudou no alastramento da doença, principalmente na região norte onde está a maior concentração de poluentes e é o local que mais está sofrendo com o surto da doença.

Redução da Emissão de Poluentes na Atmosfera em Áreas de Quarentena

MAR l 24 l 2020

Com a crise do coronavirus propagada pelo mundo é notório a drástica redução da emissão de poluentes na atmosfera em áreas de quarentena, devido a paralização dos sistemas de transportes, da indústria e do comércio.

Esse efeito está, como apontado por cientistas, salvando vidas. Um estudo desenvolvido pelo professor Marshall Burke, da Universidade de Stanford, mostra que a redução da poluição atmosférica ao longo de dois meses provavelmente salvou a vida de 4.000 crianças e 73.000 idosos na China.

No entanto, como se sabe, historicamente após um declínio na economia de um país são tomadas medidas para se recuperar, tais como fortalecimento industrial e aumento da exploração dos recursos naturais, dessa forma com o retorno de tais atividades é esperado que a quantidade de poluentes gerado seja igualmente ou até mesmo maior do que era gerado antes do isolamento social.

Mas, como dito por Jesse Remedios, National Catholic Reporter, agora o importante é se cuidar e ficar seguro, não esquecendo da crise climática. LUTE.