atividades

Roda de Conversa

Terapia Ocupacional e Cultura


Apresentação

O Grupo de Pesquisa Terapia Ocupacional e Cultura retoma suas atividades abertas em 2023 com a Roda de Conversa - T.O e Cultura. A proposta é o desenvolvimento de um ciclo de debates com temas diversos ligados às três linhas do grupo, e tem como objetivo atuar como um grupo de estudos. Os encontros acontecem em um encontro mensal por mês com um debate de 1:30m. Os participantes podem se inscrever em todos os temas ou somente no tema que se interessa. A certificação será de acordo com a participação. Venha se encontrar conosco! Esperamos que este seja um bom momento de troca.

As atividades iniciam em 03 de abril! Os encontros serão realizados via plataforma Meet.

Inscrições até dia 30/03!

Confirmações das inscrições até dia 1º de abril por e-mail com as orientações de acesso.

Acesse o link do formulário para sua inscrição: https://forms.gle/mUy7TP8Y8HeqkKvh9

 

Veja o calendário abaixo, as ementas e referências bibliográficas para chegar preparado para o debate:

 

03/ ABRIL - de 19 horas às 20:30

Cultura e Dimensão Ambiental

Mediadora: Maria Daniela- UFRJ

Ementa: A proposta desta roda é a partir do livro Desnaturada: cultura e natureza problematizar, discutir, sentir, elaborar e sensibilizar sobre a dimensão ambiental para a cultura. De que forma somos afetados nos diversos espaços e grupos socioculturais? Quais perspectivas e prospectivas podemos vislumbrar para o futuro? A ideia da Desnaturada, surge da lembrança de uma canção do Gilberto Gil (1984), a Raça Humana, na qual ele diz assim: “a raça humana, é uma ferida acesa, uma beleza, uma podridão, o fogo eterno e a morte, a morte e a ressurreição …”. Então, essa canção do Gil que diz que era a morte, mas também a ressurreição, com a raça humana, nos dá uma ideia de que a esperança que resta, talvez, esteja em nós também. Somos seres e somos também natureza.

Referência Bibliográfica: 

KRENAK, Ailton; PIÚBA, Fabiano (orgs.). Apresentação. Desnaturada: cultura e natureza. Fortaleza: Secult/Ce, 2022, pp.14-15. Acesso em: https://www.secult.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/43/2023/01/Livro-Desnaturada-2022.pdf

RIBEIRO, Sidarta. A terra e os sonhos. In: Krenak, Ailton; Piúba, Fabiano (orgs.). Introdução. Desnaturada: cultura e natureza. Fortaleza: Secult/Ce, 2022, pp. 31-43. Acesso em: https://www.secult.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/43/2023/01/Livro-Desnaturada-2022.pdf

 

08/ MAIO - de 19 horAS às 20:30

Dimensões da Cultura e/na TO 

Mediadora: Carla Regina Silva – UFSCar

Ementa: Neste encontro vamos discutir sobre como as dimensões do Plano Nacional de Cultura - simbólicas, cidadãs e econômicas se relacionam com conceitos de cultura para terapia ocupacional. Além disso, a discussão sobre como a terapia ocupacional tem se relacionado e conceituado a cultura a partir de quatro dimensões: a dimensão cultural das atividades humanas e ocupações; a perspectiva histórica das artes na construção da terapia ocupacional, as artes e a cultura na mediação de processos terapêuticos ocupacionais/ou como estratégias; e como compreender a cultura para transformação social de quaisquer sociedades, como compromisso ético também para a terapia ocupacional.

Referência Bibliográfica:

SILVA, Carla Regina; CARDINALLI, Isadora; SILVESTRINI, M. S; ALMEIDA PRADO, A. C. S.; AMBROSIO, L.; MOTA, R. D.; PATERRA, I. P.; OLIVEIRA, J.; MANCINI, M. A. L. T.

LA TERAPIA OCUPACIONAL COMUNITARIA PARA LA PROMOCIÓN DEL ARTE Y LA CULTURA: reflexiones desde el proyecto Tienda Cultural. Revista Ocupación Humana., v.20, p.47 - 64, 2021.https://dx.doi.org/10.25214/25907816.873.

SILVESTRINI, M. S.; SILVA, Carla Regina; ALMEIDA PRADO, A. C. S. Terapia ocupacional e cultura: dimensões éticas políticas e resistências. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional-Brazilian Journal Of Occupational Therapy, v.27, p.929 - 940, 2019. https://dx.doi.org/10.4322/2526-8910.ctoARF1727.

 

05/ JUNHO - de 19 HORAS às 20:30

Anticapacitismo + Modelo Social da Deficiência na perspectiva feminista

Mediadora: Patricia Dorneles – UFRJ

Ementa: Nos últimos anos observamos a emergência da pauta anticapacistista nos debates acerca das pessoas com deficiência. Do mesmo modo, as reflexões acerca do Modelo Social da Deficiência na perspectiva feminista ainda se encontra pouco referenciado e invisível até para muitos trabalhadores e pesquisadores que atuam na perspectiva da cidadania e dos direitos sociais desta população. Tais temas tem como objetivo qualificar a atuação da terapia ocupacional no campo da acessibilidade e da cultura acessível, a fim de se aproximar mais da área de estudos da deficiência que dialogam com a perspectiva das ciências humanas, auxiliando na renovação epistemológica de nossa atuação no campo cultural.

Referência Bibliográfica:

GOMES, R. B., LOPES, P. H., GESSER, M., & TONELI, M. J. F. (2019). Novos diálogos dos estudos feministas da deficiência. Revista Estudos Feministas, 27(Rev. Estud. Fem., 2019 27(1)), e48155. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n148155

DINIZ, Debora. Modelo social da deficiência: a crítica feminista. SérieAnis, Brasília, v. 28, p. 1-10, 2003. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/15250

Contracartilha da Acessibilidade - Reconfigurando o Corpo e a Sociedade http://anpocs.com/images/stories/Acessibilidade/2020-11_Contracartilha_acessibilidade.pdf-

 

03/ JULHO - de 19 HORAS às 20:30

Relações raciais, branquitude e cultura 

Medidora: Roberta de Mendonça – UFRJ

Ementa: O colonialismo e as colonialidades introduziram nos países colonizados, a ideia de raça, por meio de um sistema de produção de verdades que hierarquiza os sujeitos conforme a raça que cada pessoa pertence. Nesse processo de racialização, foram estabelecidas práticas de significação e práticas discursivas (Cultura) que colocam os sujeitos brancos no topo da pirâmide social, como aqueles de maiores privilégios de diferentes ordens: materiais e simbólicos, instaurando a supremacia racial.  Frente a isso, esse seminário tem como objetivo apresentar os engendramentos das relações, dos discursos e das práticas em todo o processo de colonização que contribuíram para a naturalização da ideia da identidade racial branca como o modelo universal de humanidade, como o padrão, ao mesmo tempo, em que, as identidades raciais, que não compartilham das mesmas características dos sujeitos brancos, são reconhecidas como “os outros” (Bento 2020; Piza 2020).  Os efeitos disso são subjetividades produzidas a partir da ideia de raça, e a hierarquização entre elas, o que legitima o racismo e engendra as relações raciais e sociais, em especial, no território brasileiro.

Referência Bibliográfica:

BENTO, Maria Aparecida da Silva. Pactos narcísicos no racismo. Branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. Tese de doutorado apresentada no Instituto de psicologia. Universidade de São Paulo. 2002.

BENTO, Cida. O Pacto da Branquitude. Companhia das Letras, São Paulo, 2022.

SHUCMAN Lia Vainer: Entre o encardido o Branco e o Branquíssimo: Branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo. Tese de doutorado. Instituto de Psicologia. Universidade de São Paulo, 2012.

Piza, E. Porta de vidro: Entrada para a branquitude. (2020). In Carone, I. Bento, M.A.S (Eds) Psicologia Social do Racismo: Estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. (pp. 59-90). Petrópolis, RJ: Vozes.


07/ AGOSTO - de 19 HORAS às 20:30

Territorialidades e interseccionalidades

Mediadora: Maria Daniela- UFRJ e Letícia Ambrosio

Ementa: Discutir perspectivas interseccionais de raça/etnia, gênero, classe e sexualidades em diferentes territorialidades, balizando para além dos conceitos a materialidade e subjetividade cotidiana destas correlações. Apontar reflexões sobre racismo, heterocisnortivismo, capacitismo, gordofobia, machismo, misoginia, LGBTI+fobia nestes contextos. Disparar provocações e sensibilizações aos diferentes campos da terapia ocupacional com ênfase a cultura.

Referência Bibliográfica: 

AMBROSIO L, SILVA CR. Interseccionalidade: um conceito amefricano e diaspórico para a terapia ocupacional. Cad Bras Ter Ocup [Internet]. 2022;30(Cad. Bras. Ter. Ocup., 2022 30):e3150. Disponível em: : https://www.scielo.br/j/cadbto/a/LTfLtqD6wm4bJ4mFpLcrY3P/?lang=pt#

Longhini GDN. Da centralidade do sofrimento na militância feminista: entre disputas e estratégias. Cad Pagu [Internet]. 2022;(Cad. Pagu, 2022 (65)):e226512. Disponível em: : https://www.scielo.br/j/cpa/a/Gw78P76HgRLzhb4pyRzbP9f/?lang=pt#

Complementar:

GUIMARÃES, N. A.; ACCIARI, L. Entrevista com Patricia Hill Collins. Tempo Social, [S. l.], v. 33, n. 1, p. 287-322/323, 2021. DOI: 10.11606/0103-2070.ts.2021.174340. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/174340

GONZALES, L. RACISMO E SEXISMO NA CULTURA BRASILEIRA. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p. 223-244. Disponível em: https://www.google.com/search?q=RACISMO+E+SEXISMO+NA+CULTURA+BRASILEIRA1+L%C3%A9lia+Gonzales+&source=hp&ei=2VYbZMWqK5eG5OUPyoSPwAg&iflsig=AK50M_UAAAAAZBtk6Qlsx8gX3heDV6ZEcDmrJiJlKtGF&ved=0ahUKEwiF--3PovD9AhUXA7kGHUrCA4gQ4dUDCAk&uact=5&oq=RACISMO+E+SEXISMO+NA+CULTURA+BRASILEIRA1+L%C3%A9lia+Gonzales+&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EANQAFgAYP8GaABwAHgAgAGPAYgBjwGSAQMwLjGYAQCgAQKgAQE&sclient=gws-wiz#:~:text=In%3A%20Revista%20Ci%C3%AAncias%20Sociais%20Hoje%2C%20Anpoc%2C%201984%2C%20p.%20223%2D244.

 

04/ SETEMBRO - de 19 HORAS às 20:30

Raça e deficiência 

Mediadora Isadora Cabral - LACAS/UFRJ

Ementa: No Brasil, a maioria das pessoas com deficiência são negras, especificamente mulheres negras (IBGE, 2010). No entanto, no campo dos Estudos da Deficiência e Acessibilidade há uma predominância e naturalização da branquitude, onde as intersecções entre o racismo e capacitismo são pouco discutidas. Neste encontro, vamos refletir e discutir sobre a interseccionalidade entre raça e deficiência, o campo teórico Discrit e a importância de racializar a pauta da inclusão e acessibilidade.

Referência Bibliográfica:

ALMEIDA, Philippe Oliveira de; ARAÚJO, Luana Adriano. DisCrit: os limites da interseccionalidade para pensar sobre a pessoa negra com deficiência. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 10, n. 2 p.611-641, 2020

ANNAMMA, Subini Ancy; FERRI, Beth A.; CONNOR, David J. Disability Critical Race Theory: Exploring the Interseccional Lineage, Emergence, and Potencial Futures of DisCrit in Education. Review of Research in Education, v. 42, n. 1, p. 46 a 71, março de 2018

BUZAR, Francisco José Roma. Interseccionalidade entre raça e surdez: a situação de surdos (as) negros (as) em São Luís-MA. Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília. Programa de Pós-Graduação em Educação, Brasília, 2012.

MUNANGA, Kabengele. Teoria Social e Relações raciais no Brasil Contemporâneo.   https://www.mprj.mp.br/documents/20184/172682/teoria_social_relacoes_sociais_brasil_contemporaneo.pdf

 

02/ OUTUBRO - de 19 HORAS às 20:30

Como acontece as escolhas de nossas (des)ocupações cotidianas? O que acontece/ pode acontecer de (extra)ordinário no cotidiano de quem vive vulnerabilidades e privações sócio-ocupacionais? 

Mediadora: Leticia Santos e Andréa Fedeger - UFPR

Ementa: Propomos uma roda de conversa virtual a partir de terapia ocupacional e de outras ciências e propomos questões para reflexões: Como acontece as escolhas de nossas (des)ocupações cotidianas? O que acontece/ pode acontecer de (extra)ordinário no cotidiano de quem vive privações sócio-ocupacionais?

Referência Bibliográfica:

Textos de referência (que sejam lidos a partir do desejo e da possibilidade de cada um):

https://drive.google.com/drive/folders/1lR-Y8PwrNr-Fon8_eqGbO3DLHhFoaFm_

 

06/ NOVEMBRO - de 19 HORAS às 20:30

Tecnocultura e Sincretismo

Mediador: Júlio Costa - UFPel

Ementa: A tecnocultura e sincretismo é uma roda de conversa para introduzir o tema da técnica e da cultura e sua influência na terapia ocupacional. Iniciamos com pequeno histórico sobre a técnica e a cultura e sua constante adaptação. Nossa conversa analisa a cultura ocidental, principalmente as influências judaico/cristã, grega e romana, e posteriormente o processo da globalização, até chegarmos aos nichos decoloniais para uma escrita contemporânea da terapia ocupacional da cultura.  

Referência Bibliográfica:  

LOSSA, Mário Vargas. Breve discurso sobre a cultura. In: MACHADO, C. E. (Org.)Pensar a Cultura. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2013. pag (11-31)

FLUSSER, V. Pós-História - Vinte instantâneos e um modo de usar. São Paulo: Annablume, 2019.

 

14/ DEZEMBRO - de 19 HORAS ÀS 20:30

Envelhecimento e Acessibilidade Cultural

Mediadora: Claudia Reinoso – UFRJ

Ementa: A roda de conversa tem como propósito discutir a  relação estabelecida entre as pessoas idosas e o campo cultural. A proposta é refletir sobre o acesso das pessoas mais velhas aos diferentes espaços culturais, buscando identificar e discutir os principais fatores que os aproximam ou os afastam das vivências culturais. Abordaremos ainda a influência do engajamento cultural na qualidade de vida das pessoas idosas.

Referência Bibliográfica: 

BERNARDO, L. D. ; CARVALHO, C.R.A . The role of cultural engagement for older adults: an integrative review of scientific literature. REVISTA BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, v. 23, p. 1-13, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/bm4KygNqHKR8QF4QQFdGZbj/?lang=en

CARVALHO, C.R.A; DORNELES, P. S. . Accesibilidad cultural y envejecimiento. Análisis de las vivencias de un grupo de ancianos en vulnerabilidad social en un museo universitario. Revista Chilena de Terapia Ocupacional, v. 19, p. 141, 2019. Disponível em: https://revistaterapiaocupacional.uchile.cl/index.php/RTO/article/view/51041/57003

CARVALHO, C.R.A.; REBELLATO, C. ; DORNELES, P. S. . ACESSIBILIDADE CULTURAL E ENVELHECIMENTO. In: XV ENECULT- Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, 2019, Salvador. Anais do XV ENECULT- Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Salvador, 2019. v. 1. Disponível em: http://www.xvenecult.ufba.br/modulos/submissao/Upload-484/111723.pdf


CARVALHO, C.R.A.. Acessibilidade Cultural e Envelhecimento. 2021. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - vídeo educacional).Finalidade: Palestra para a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. https://www.youtube.com/watch?v=-6nVHDbfn0c