A vida às margens da galáxia nunca foi tão difícil. A forte fiscalização e opressão do Império Galático torna a vida de errantes particularmente complicada, e isso é ainda mais verdade para a tripulação da Archimedes. Uma YT-2400, já considerada uma relíquia da época da República, é capitaneada por Tom Wakeman, um humano trapaceiro com delírios de grandeza, e tripulada por párias de igual categoria: o piloto e “faz-tudo” Duros Chohwun de Maal, o pistoleiro humano Ebling Mis e o desertor togorian Qrulla Ketah. Constantemente sem créditos, essa colméia ignóbil de escória e vilania vaga pela galáxia, sempre em busca do próximo trabalho, o que os levou aos portos da StarForge Station: uma antiga de base de operações para contrabandistas, um posto avançado no orla intermediária sob a sombra do Império. Com os aceleradores horizontais do hyperdrive da Archimedes danificados, saltos para o hiper-espaço estavam se tornando um negócio perigoso, e o capitão Wakeman precisava urgentemente de fundos para adquirir novos aceleradores com Seggor, um comerciante Quarrian inclinado a negócios escusos - ele cobra 9.000 créditos pela peça, supostamente o melhor preço em StarForge Station. Sem dinheiro para comprar a peça, o capitão oferece mão-de-obra a Seggor, mas ele não tem uso para isso. Contudo, os encaminhou a Murgo: um picareta fedorento, muito acostumado a pagar pouco para trabalhos questionáveis.
Uma intrincada negociação chegou ao valor de 4.000 créditos, o que poderia pelo menos ajudar a comprar a peça e tirar Archie daquela pocilga de estação espacial. O trabalho: ir até um armazém e abrir suas portas. Simples. Ou nem tanto.Sob um movimentado porto encontra-se um mais antigo, menor e desativado, que foi substituído por um mais modernos e capaz. Ocupada por lixo, cemitérios de naves e antigos depósitos, essa plataforma é habitada por mendigos e scavengers, procurando algo de valor nas montanhas de equipamentos ultrapassados. A noroeste, encontra-se um depósito, com uma placa quebrada, onde só se lê “... peças”. Ao contrário dos demais, esse encontra-se fechado, tanto pela grade externa quanto pelas portas internas, e mantem-se desocupado. Ou assim parece.
Sem dificuldade, o “faz-tudo” de Maal conseguiu abrir o portão externo, mas o interno mostrou-se um desafio além das suas capacidades. Uma rápida busca apontou uma porta lateral, mais fácil de abrir. Ali terminava o trabalho, mas o pistoleiro Mis não conseguiu conter suas curiosidade ao ouvir um choramingo vindo de dentro do depósito. Discretamente, ele esgueirou-se para encontrar, bem no meio depósito, um menino, de 13 ou 14 anos, preso em suspensão. Um homem alto e poderoso dirigia-se à criança, que tentava em vão se libertar: “- Você sabe que isso não funcionará comigo”, disse o homem. Aos seus capangas, disse que “sairiam em 20 minutos”.
Para tentar entender melhor o que acontecia, Wakeman, Ketah e de Maal tentaram se aproximar mais, mas o desastrado capitão tropeçou, colocando o grupo inteiro à mercê dos capangas. Quando os mesmos se preparavam para capturar o grupo, uma explosão no virou o armazém de cabeça para baixo, dando oportunidade ao grupo de fugir. Contudo, a criança e o homem alto haviam sumido.
Troca de tiros e perseguição pelas ruas da estação cobraram um preço caro sobre o speeder da Archimedes, mas o grupo sobreviveu, se não um pouco chamuscado. O trabalho tinha sido realizado e Murgo e Seggor cumpriram o que prometeram, mas dúvidas sobre a natureza do trabalho surgiram.
Contudo, não havia tempo, e a impressão de terem mexido em algo acima de suas cabeças fez o capitão desejar sair da estação o mais rápido possível. No limite dos seus recursos, a tripulação ainda precisa de mais trabalho para se manter flutuando e um porto para instalar os aceleradores. E Nar Shaddaa está depois da próxima esquina...