"Boa sorte, para você e sua tripulação, capitão Wakeman. Vocês vão precisar", despediu-se Nassana Dantius. O caçador de recompensa Bossk agora se tornava caça - mas a tripulação estava receosa. Chowun De Maal conhecia bem Ryloth, mas Bossk poderia estar em qualquer lugar. Decidiram começar por Lessu, a capital.
Da órbita de Ryloth, já viram um cenário bem curioso. Meio fora do caminho, o sistema tem conseguido se manter fora da maior parte dos conflitos que afetam outros sistemas da galáxia. É um lugar incrivelmente perigoso: sua órbita única faz com que um lado fique permanentemente virado para o sol, ficando impossivelmente quente, e o verso virado para o frio do espaço. Praticamente toda a população vive em uma "faixa de transição" entre essas duas áreas, em perpétuo crepúsculo, onde as temperaturas são moderadas e a vida pode florescer. Mas não é aí que reside o maior perigo: Ryloth é um lugar sem lei, onde clãs dos nativos twi'lek dominam um forte mercado de exploração e venda do spice Ryll, e é exatamente nesse lago que a tripulação da Archimedes foi molhar seus pezinhos.
Chegando no espaçoporto de Lessu, encontraram muito do que já conhecem: transporte de cargas de origem duvidosa, mercados informais e tudo mais que ocupa um movimentado shadowport. Contudo, uma característica lhes chamou a atenção: aquela cidade não é somente um porto para escória e vilania - é um lar para famílias, um mercado para empreendedores, um planeta vivo e rico em cultura.
Sem tempo a perder, rapidamente Wakeman e Tuk puxaram papo com uma garçonete de língua solta. Embora localizar Inuk ou Ilar não fosse tarefa tão simples, por módicos 500 créditos o grupo descobriu que Poy, um dos agenciadores dos irmãos, é habitué no Octagon, um cassino e arena de lutas no primeiro subsolo da portentosa cidade.
No Octagon, flertaram com a ideia de colocar alguém da tripulação para lutar na arena, mas não tiveram coragem de enfrentar nenhum dos dois campeões: o wookie Zin Nem'raggar ou o franzino quarrian Fazan. Disfarçados, Leedo, Wakeman e Tuk se infiltraram no camarote do cassino, usando as ferramentas que tinham à disposição (créditos ou mind trick). Eventualmente encontraram Poy, um twi'lek franzino e azulado, mas seus olhos brilharam por um alvo maior. Ilar estava lá, e Wakeman não perderia a oportunidade de trocar algumas palavras.
Wakeman colocou as cartas na mesa - ou a maioria delas, pelo menos. Contudo, Ilar não sabia onde estava seu irmão - se soubesse, já o teria matado. Isso deixou o grupo sem saída. Contudo, enquanto discutiam os próximos passos, alguém trombou no capitão, que percebeu então um bilhete em seu bolso. "Rua 31, em 15 minutos". Sem pensar duas vezes, o grupo foi. Lá, Poy os esperava.
"Não sei onde está Inuk, mas seu que ele tem um último carregamento sendo transferido em algumas horas, e depois disso deixa Ryloth. Talvez seja a única chance de vocês o encontrarem. Mas vai lhes custar 30.000 créditos". Wakeman ainda tentou regatear, mas dessa vez lhe faltaram palavras. Colocaram praticamente todo o dinheiro que tinham nas mãos de Poy, em uma dica que sequer sabiam se era verdadeira.
De acordo com Poy, Inuk estaria embarcando um último container em 4 horas, em um porto abandonado ao norte de Nabat. Em um plano ousado, a tripulação chegou antes ao local, onde encontrou duas figuras aguardando. Dali foi um jogo de espera. Em prontidão, perceberam em algumas horas a chegada de um speeder, rebocando um container. Ao lado do motorista, Bossk. A tripulação não se conteve, e o combate começou quase que imediatamente. Nem mesmo quando uma nave pousou no porto com reforços a tripulação desacelerou, obliterando os mercenários. E com eles, Bossk.
Um dos mercenários se escondeu no meio do tiroteio. Quando Wakeman foi procurá-lo, um tiro zumbiu próximo ao seu ouvido. Tremendo, o homem apontava um blaster: "Meu irmão que mandou vocês aqui, certo?" Wakeman negociou, e o Inuk percebeu que estava sem saída. Ketah resolveu então checar o conteúdo do container. Ao abrir a porta, um choque: aproximadamente 60 pessoas esfarrapadas se amontavam lá dentro. Escravos. "Não, vocês não entenderam, estou tentando salvar eles!", disse Inuk, quando Ketah já se encaminhava para parti-lo em dois. Inuk parecia estar sendo sincero, e o grupo se solidarizou: a tripulação da Archimedes tem bom coração. Exceto, talvez, Leedo.
Tuk acordou Bossk. "Eu sabia que vocês eram um mau negócio", disse o lagarto repulsivo. Quando questionado, sugeriu um acordo: "Eu conto uma história para vocês, que me deixam pegar aquele speeder e ir embora. Que tal?"
"Vocês não têm a menor ideia de com quem estão se metendo. Acham que isso é coisa de algum oficial imperial ambicioso, ou de uma tropa de Stormtroopers precisando provar alguma coisa? Esse assunto é do próprio Imperador. Eu entreguei o Holocron para Mas Sirrah... vocês devem se lembrar dele."
Mas não era tudo o que o caçador de recompensas tinha a dizer - ele precisaria de mais que um nome para escapar dessa. "Vocês acham que eu vim aqui proteger um traficante de meia tigela? Ele não era meu job." Enquanto Inuk embarcava os refugiados na nave recém-chegada, Bossk aponta para uma menina de 13 ou 14 anos. "Eu vim aqui atrás dela." Tuk logo percebeu que a menina é poderosa com a Força. "Me ajude", disse em um sussurro débil, enquanto Tuk escrutava sua mente. Há poder ali.
Inuk precisa levar os refugiados para Kothlis, onde vai ajuda-los a recuperar suas vidas. A tripulação resolve acompanhá-lo - Tuk e Ketah vão na nave de Inuk, para cuidar dos escravos feridos... e potencialmente descobrir quem é essa menina, e por quê Mas Sirrah a procura.