Aula 6

Data de publicação: Oct 17, 2013 10:28:38 PM

CPU (Central Processing Unit) - Unidade Central de Processamento - continuação...

Cada BUS tem um número de pistas associadas que mais não é do que a quantidade de bits que pode transportar em simultâneo (exemplo: 16 pistas permitem o transporte de 16 bit de cada vez). Quanto maior for o número de pistas mais informação o CPU consegue enviar/receber do/para o exterior.

Apesar de não estar diretamente associado ao desempenho do processsador existe um outro barramento importante sobretudo para controlar as ações em curso.

Barramento de controlo - barramento responsável por coordenar/sincronizar todo o fluxo de informação do sistema, como por exemplo, leitura e escrita na memória ou portas de E/S, atendimento de interrupções, etc.

A forma como o processador interage com o exterior está representado (de forma simplificada) no esquema seguinte:

Como se pode verificar pelo esquema, apenas os barramentos de dados e controlo são bidirecionais. O barramento de endereços tem sempre o sentido CPU --> Memória/E/S.

Apenas o CPU, pesquisa por endereços de memória ou nos dispositivos de E/S. O contrário não faz qualquer sentido, daí ser unidirecional.

Os registos internos são pequenas memórias de um determinado tamanho (hoje em dia 32bit ou 64bit) que definem o conjunto de bits com que trabalha o CPU de cada vez (por ciclo de relógio). Por outras palavras, podemos dizer que através do tamanho dos registos é possível determinar a quantidade de informação com que o CPU consegue lidar internamente por ciclo de relógio.

Os processadores a 64bit existentes hoje em dia, apenas tiram partido máximo da sua arquitetura se correrem num sistema operativo (SO) a 64bit. Se dispusermos de um SO a 32bit este processador irá trabalhar a "meio gás". Os registo internos do CPU são o tipo de memória mais rápida acessível ao processador. Estes são usados quando uma determinada informação é necessária novamente no decorrer de um instrução.

Por exemplo:

Para obter o resultado de 4x(2+3) o processador realiza primeiro a soma de 2+3 e em vez de guardar o resultado na memória RAM, fá-lo nos registos para que possa recorrer a esse valor mais rapidamente.

Esta ligação é realizada através de um BUS interno (barramento interno) que interliga os diversos componentes existentes no interior de um CPU, mas que tem a particularidade de funcionar à velocidade interna do CPU.

Existem diversos tipos de registos internos, alguns dos quais associados apenas a certos componentes do CPU como se terá oportunidade de estudar mais à frente.

Como ja se referiu o CPU é um circuito integrado (chip) que contém uma arquitetura própria para o seu funcionamento. Os números de transístores contidos no chip conferem-lhe a sua velocidade. Porém, a velocidade a que nos referimos é a velocidade de relógio interno (velocidade com que os dados são processados no interior do processador), sendo a velocidade com que os dados viajam pela motherboard assegurados pelo FSB (menor velocidade).

Devido aos processadores terem aumentado significativamente a sua velocidade de relógio interno não foi possível acompanhar esses ritmos nos barramentos exteriores ao CPU. Existem por isso, duas velocidades distintas num PC. Imaginemos um exemplo: Um processador Pentium 2,4 GHz tem uma velocidade interna de 2,4 GHz mas a motherboard funciona apenas a 266 MHZ. pelo que a velocidade de BUS é de 266 MHZ.

Desta forma. por cada ciclo da motherboard passam 9 ciclos de processador ( 9 x 266MHz = 2.4 GHz). Como vimos anteriormente o BUS terá um certo número de pistas, isto é, um certo número de bits a que opera. Para saber o número de bits que passam no BUS por segundo basta realizar o produto destes pela velocidade a que opera. Assim para um BUS que opere, a 266 MHz e uma interface de 16 bit irá transferir por unidade de tempo:

266 x 106 x 16 = 4256 Mb/s

ou sabendo que 16 bit = 2 Byte temos:

266 x 106 x 8 = 532 MB/s

Como se compreenderá a velocidade do barramento de dados é fundamental para que o processador possa movimentar mais rapidamente informação de/para interior/exterior.

A barreira de 64 bit para este tipo de barramento trouxe problemas na sincronização e hoje são empregadas técnicas diferentes para a transferência da informação entre o CPU e o exterior. Em vez de serem realizadas transferência baseadas no FSB, isto é, enviando dados em paralelo à velocidade imposta pelo barramento externo, os dados são enviados em série por barramentos dedicados que interligam os componentes ponto a ponto. Desta forma, é possível reduzir o número de bits e mesmo assim aumentar a quantidade de dados transferidos num determinado intervalo de tempo uma vez que estes passam a ser transferidos a velocidades muito mais altas, não dependendo mais da velocidade do barramento externo. Estas técnicas serão aprofundadas mais à frente (Hypertransport e Quickpath Interconnect).

EXERCÍCIO PROPOSTO

Para um FSB de 400Mhz e largura de 32bit, indique o total de dados possíveis de transferir, por unidade de tempo (em MBytes).