Data de postagem: 06/11/2012 11:39:29
A experiência humana tem atestado universalmente a realidade do mal. A face sombria da realidade mostra-se concretamente por meio da dor, da morte, da angustia e da injustiça. Epidemias, fome, guerras, opressão política, morte de inocentes são algumas das manifestações especificas do que e normalmente chamado mal. A pergunta inescapável diante desse quadro e: “Por que existe o mal”? Para abordar adequadamente a questão, cremos ser útil esboçar a divisão entre dois tipos básicos de mal: mal moral e mal físico. O primeiro diz respeito a injustiça e o segundo ao sofrimento.
Todavia, uma definição mais abrangente de mal deve ir alem da especificação de seus tipos básicos. Conforme observou Paul Siwek, a noção do mal e também marcada essencialmente pela ideia de contrariedade (Siwek, 14), sendo, do ponto de vista do bem-estar humano, aquilo que não deveria existir. Ha uma consternação diante do mal. Ha um sentimento de estranheza!
A decepção e dor que causa parecem pedir a sua não-existência.
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Fonte: Introdução do livro, O problema do mal no antigo testamento: o caso de Habacuque / Luiz Sayão. — São Paulo : Hagnos, 2012.