A equipe de "arqueólogos" do Solucionática desenterrou de sua tumba o nosso primeirísimo microcontrolador, o venerável PIC 16F84a! É com muita satisfação que cumprimos a promessa de incluir os projetos com o PIC da Microchip, os antecessores do Arduino. Nessa época o hardware era fechado e para programar um microcontrolador os projetistas tinham que se contentar com as versões gratuitas, que aainda hoje é o nosso caso, ou desenvolver suas próprias feramentas.
A IDE e o Gravador de PIC
1. Windows
HISTÓRICO
Com essa volta ao passado resolvemos traçar os mesmos passos que nos fizeram conseguir gravar nos PICs alguns bons projetos. Nesse ponto fazemos a ressalva que após conhecer o Arduino todos os nossos PICs ficaram de lado, nunca mais foram programados, até hoje!
Assim, quem seguir esse pequeno tutorial vai conseguir ter sucesso em suas aventuras nesse fantástico mundo dos microcontroladores da Microchip. Não vamos fazer comparativos entre os ARMs, pois depende da aplicação e da disponibilidade dos componentes. O Arduino vem com o pacote completo: gravadora, IDE, conectores de inserção rápida, ou seja, para uma prototipagem inicial o Arduino é imbatível, principalmente no que se refere ao custo benefício e à curva de aprendizagem!.
A família de PICs da Microchip é muito extensa. Hoje há microcontroladores muito avançados, com função usb embutida e muitas portas disponíveis. Há os dsPics que nos permitem enveredar no campo do Digital Signal Processing. Mas, remando contra a maré, vamos nos ater inicialmente ao valoroso e venerável PIC 16F84A! Nosso primeiríssimo microcontrolador. De um lote de 5 peças adquiridas em 1999, apenas um deu baixa, sofrendo de um surto de tensão que nem remédio (micro)controlado resolveu!
E o que são esses PICs? Ora, são versões modernas dos primeiros microcontroladores lançados no mercado. Uma diferença essencial foi a substituição de memórias eprom/eeprom por memórias flash, muito mais fáceis de programar e reprogramar. A arquitetura Von Neumman foi substituida pela Harvard. A multiplexação dos pinos (os primeiros microcontroladores até que compartilhavam funções distintas em um mesmo pino, mas nada como o que se faz nos mais modernos PICs) reduziu o tamanho dos chips. Em resumo: os PICs são de arquitetura moderna; tamanho reduzido, ideal para exercer funções de gerenciamento de barramentos/periféricos (daí vem o nome PIC...Peripheral Interface Controller); baixo custo; baixo consumo; etc etc
Mas erraram no marketing! As placas de desenvolvimento, aqui no Brasil, são caras até hoje! A invasão de clones chineses do Arduino baratearam o processo todo: você adquire um Arduino e já acompanha uma placa de desenvolvimento, quase tão barata quanto se você fosse montar por conta própria. Há uma infinidade de shields, electronic briks etc.
PROGRAMANDO O PIC 16F84A
Primeiramente precisamos de uma IDE. A nossa escolha recaiu sobre a versão free (programas de até 2Kbytes) da MIkroeletronika, nossa velha conhecida e de operação similar a outras IDEs, porém bem mais complicada que a IDE do Arduino, por exemplo. Mas nada que não se possa contornar. Escolhemos a versão "na faixa" de um compilador C MikroC PRO for PIC (http://www.mikroe.com/easypic/).
Após se familiarizar com a IDE escolhida, usando a facilidade de simular um PIC e mostrar virtualmente leds ou mesmo um display de LCD, podemos passar para o segundo passo que é conseguir um gravador de PIC. Aqui o objetivo é conseguir compilar os programas em C e obter um arquivo .HEX. Com esse arquivo é possível programar o PIC.
A nossa primeira escolha recaiu sobre um antigo gravador serial baseado nos modelos desenvolvidos por Tait. Mas, com a falta de portas seriais físicas nos computadores e laptops modernos passamos a usar o modelo Picburner USB, baseado no Brenner8. O software usado foi o Usbpicprog (http://usbpicprog.org/?page_id=486).
2. Linux
(em breve)