André Vicente Carvalho, 45 anos, "paulistano da gema", como ele mesmo diz, nascido na região da Av. Paulista.
Tem pouca ou quase nenhuma lembrança de infância, porém fala com ênfase sobre a descoberta de um irmão e de como isso o impactou.
Lembra da escola como um lugar de exclusão e sem acessibilidade.
Rapaz de fala fácil e ciente de seus direitos, chegou a buscar a ajuda da Rede Globo para que pudesse registrar a ausência de condições de sua escola quando se fala em inclusão. Aprecia demais programas de jornalismo.
Sensível e consciente, com percepção aguçada, entende a cidade como pouco inclusiva e de como benefícios sociais são fundamentais para sua sobrevivência.
Na LACE, instituição parceira do OLGA, onde está há 5 anos, sentiu-se acolhido e é onde desenvolve atividades que propiciam seu desenvolvimento.
No OLGA, participou do projeto Todos os Sons e fala com satisfação sobre a apresentação de finalização do projeto.
“Antes de começar esse projeto, pensava... será que vou me dar bem com o projeto? Será que vou me dar bem com essa turma?” - eram perguntas que passavam por sua cabeça no início de tudo.
Hoje entende que gosta muito das propostas e de como se sente integrado.
“O OLGA me mudou muito! Eu sou outro André! Eu era muito afastado da turma e hoje sou muito mais solto” - conta enquanto lembra do quanto Lorena, psicóloga do OLGA o apoiou em um momento de crise.
“Espero que(as oficinas) se repitam sempre!”
De família baiana, William nasceu em São Paulo, no Ipiranga.
Relata sobre as dificuldades na escola regular, seu emprego e suas amizades.
"Tenho bastante amigos!"
Gosta muito dos projetos do OLGA e conta sobre os benefícios que trouxeram para os seu desenvolvimento.
" O Olga Kos deixou a gente 'lá em cima'."
"Aprendi muito e continuo aprendendo."
Cristiane Cássia Guimarães já abre a entrevista falando do quanto gosta das oficinas da Olga Kos.
Mineira de Belo Horizonte, veio pequena pra São Paulo.
Com uma irmã e um irmão, lembra da infância onde brincava de amarelinha, pulava corda e boneca.
Atualmente é moradora da Bela Vista.
Estudou até o 4º ano do Fundamental, 2 em uma escola regular e sente vontade de estudar, mas acha que “não tem mais idade”.
Participante da APOIE, parceira do OLGA, realiza com muito interesse oficinas profissionalizantes de papelaria, embalagem, saboaria e bijuteria. Disse gostar de todas e de não ter nada que não goste.
No OLGA já participou das oficinas de esporte e de artes visuais, gosta de citar suas faixas conquistadas e da equipe. Nas artes, relembra os aquecimentos, as telas e a lembrança mais forte é o módulo do Caciporé Torres, onde pôde aprender a técnica da modelagem em argila.
“Me sinto relaxada e respiro fundo!” - responde quando perguntada sobre como se sente nas oficinas de artes. No esporte, percebe que emagreceu depois de começar a participar.
Tem vontade de andar sozinha pela cidade, mas relata ter receio pelo trânsito e por pessoas estranhas. Sozinha só vai ao salão de beleza do bairro, onde conhece todos.
Curiosa, animada, muito sorridente e feliz quando fala sobre namorar, vaidosa, também conta que gosta de música e de auxiliar a mãe na organização da casa.
Henrique, participante da APOIE, uma das primeiras instituições parceiras do OLGA, sempre foi ligado às artes.
Apreciador de música e artes visuais é muito interessado na busca desse tipo de conteúdo e tem um repertório cultural admirável.
Gosta de relembrar os artistas que conheceu por intermédio do OLGA.
Já fez oficinas de artes e esportes e fala com muita naturalidade sobre suas dificuldades motoras. O bom humor e suas tiradas são umas de suas principais características.
"Todo mundo quer casar, eu também quero!" - fala ao comentar sobre namorar.
Paulistano, rapaz atento e curioso, relembra as oficinas das quais participou no OLGA.
As de Música, sem dúvida, são as de seu maior interesse.
Ele fala sobre detalhes dessas oficinas, como nomes, referências, conceitos, demonstrando o quanto foi importante pra ele e do quanto foi marcante em sua trajetória de aprendizado.
Afastou-se por um período para tratamento de saúde e retornou ao grupo com muita satisfação, onde participa com muita disposição e interesse, sendo a gentileza uma de suas principais características.
"Foi bom voltar a fazer aula. É como se estivesse voltando à escola."
Marcinha, como é conhecida, participa há muitos anos das atividades do OLGA.
Relembra sobre sua infância, vida escolar e de como era esse período.
Como ela mesma diz: "Uma coisa puxa a outra, puxa, puxa e aqui estou eu."
Gosta muito de música e cantou no primeiro projeto de música do OLGA, interpretando Elis Regina, momento muito emocionante da história do instituto e que foi pauta do Jornal Nacional, na Rede Globo.
Mônica é a primeira mulher com síndrome de Down a obter a faixa preta no taekwondo e atua como assistente das oficinas de esporte, depois de uma trajetória com persistência e superação de desafios como participante das mesmas.
Participou de projetos de dança e artes visuais.
Determinada, comprometida com o que se propõe a fazer, é inspiração para muitos!
Trabalhou também como recepcionista em vernissages do departamento de artes.
Enfática quando fala de inclusão e preconceito, fala sobre seus anseios de uma sociedade inclusiva de fato e de como participar dela de maneira atuante.
"Eu quero falar: Basta de preconceito!"
“Pintar é minha vida, né? Eu vivo com minha arte.” (Paola Moutinho)
Participante da primeira turma no CEDE, relembra seus momentos em oficina, da equipe do OLGA, de seus amigos.
Fala sobre a influência da avó e a importância das artes no seu desenvolvimento.
Conta sobre o começo de um caminho através das artes visuais com a chegada do OLGA, da dança (onde tem o DRT - registro profissional) e sobre os planos para o futuro, onde quer o mesmo registro nas artes cênicas.
Simpática, relembra sua infância, sua família, namoro e sobre sua vontade de autonomia.
“Era muito bom. Aí no final, a Silvia e a Silvana perguntavam o que a gente sentia desenhando. Eu (disse) que gostei desse grupo, por que eu gosto de me movimentar, de agir, de ser livre!... Eu me sentia livre!” (Rogério Freddi, sobre as oficinas do OLGA no CEDE)
Rogério Freddi foi participante da primeira oficina de arte do Instituto Olga Kos no CEDE (Centro da Dinâmica de Ensino), instituição localizada no Campo Belo, zona sul da cidade São Paulo. Ele conta sobre suas lembranças da oficina, do seu grupo na época, de como aconteciam as oficinas.
Judoca, músico(toca teclado), ele fala também sobre suas preferências pessoais, seu emprego atual, sua vida em família, namoro, sonhos para o futuro, sobre a construção de sua autonomia, entre outros assuntos!
“Meu plano para o futuro é andar sozinho por aí!"