TDAH na Infância: Como o Transtorno afeta a alfabetização e quais caminhos superam os desafios 

Autoras: Luiza Ribeiro Konflanz, Luiza Yasmin da Silva e Valentina Hoffmann 

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por três sintomas principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses sintomas podem comprometer o desempenho de crianças em diversas atividades cotidianas, incluindo aquelas relacionadas ao contexto escolar. A fase de alfabetização, é essencial para o desenvolvimento acadêmico, é diretamente  afetada por esses sintomas, uma vez que envolve processos como o reconhecimento de letras, a compreensão de palavras e a associação entre fonemas. Crianças com TDAH frequentemente enfrentam dificuldades nesse período, pois a desatenção dificulta o foco nas tarefas, enquanto a impulsividade e a hiperatividade interferem no desenvolvimento das habilidades necessárias para a aprendizagem da leitura e da escrita. O estudo foi iniciado por um grupo de três alunas do ensino médio da Instituição Evangélica, Luiza Ribeiro Konflanz, Luiza Yasmin da Silva e Valentina Hoffmann, que, durante uma reunião inicial, discutiram suas expectativas e interesses em relação ao tema a ser abordado na disciplina de iniciação científica. Após a troca de ideias, foi acordado que o grupo se dedicaria à pesquisa sobre o TDAH, especificamente em crianças de 6 a 8 anos, um transtorno que tem sido amplamente discutido na literatura científica, mídias e que também apresenta uma conexão direta com a realidade familiar das participantes.

A pesquisa teve início em abril de 2024 e seguiu um processo estruturado. A primeira etapa consistiu na consulta a artigos científicos para uma compreensão aprofundada sobre o transtorno, com o objetivo de fundamentar teoricamente a investigação. Após a revisão da literatura, foram realizadas entrevistas com profissionais especializados, incluindo psicólogos com experiência no atendimento a crianças e professores da rede pública e privada. Para garantir a coleta de informações específicas e relevantes, foram elaborados formulários diferenciados para cada grupo de entrevistados. As entrevistas com psicólogos abordaram as estratégias terapêuticas e intervenções utilizadas no tratamento do TDAH, enquanto as entrevistas com professores focaram nas práticas pedagógicas adotadas para lidar com alunos diagnosticados com o transtorno e nos desafios enfrentados no ambiente escolar. O objetivo dessas entrevistas foi enriquecer a pesquisa com dados qualitativos, proporcionando uma visão profissional sobre o tema.

A pesquisa revelou que crianças com TDAH enfrentam desafios significativos na leitura e escrita, decorrentes de dificuldades em manter a atenção, seguir instruções e se organizar, como já previsto em etapas anteriores do estudo. A impulsividade e a hiperatividade agravam esses problemas, afetando negativamente o desempenho acadêmico e a autoestima das crianças. As principais dificuldades observadas foram a desatenção, que prejudicou a concentração nas atividades de leitura e escrita, e a impulsividade, que interferiu nas estratégias cognitivas necessárias para o aprendizado dessas habilidades. Além disso, a hiperatividade contribuiu para uma constante distração durante as atividades em sala de aula, dificultando o avanço no processo de alfabetização.

A análise também apontou que estratégias de ensino inclusivas, como atividades curtas e variadas, suporte individualizado e flexibilização de tarefas, são essenciais para minimizar os impactos negativos do TDAH no aprendizado. A colaboração entre pais e educadores se mostrou crucial para atender às necessidades das crianças de forma eficaz, sendo fundamental o desenvolvimento de atividades didáticas específicas que atendam às particularidades do transtorno. Tais práticas educativas adequadas, quando aplicadas de forma consistente, demonstraram ser o método mais eficaz e apropriado para lidar com os desafios do TDAH no contexto escolar.

Em suma, a pesquisa sublinha a importância de uma abordagem educativa diferenciada e o envolvimento de toda a comunidade escolar no apoio às crianças com TDAH, visando à promoção de um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e eficaz.

Os resultados obtidos indicaram que crianças com TDAH apresentaram um desempenho significativamente abaixo da média nas avaliações de leitura e escrita, quando comparadas a crianças sem diagnóstico. As principais dificuldades observadas foram a desatenção, que prejudicou a concentração nas atividades de leitura e escrita, e a impulsividade, que interferiu no desenvolvimento das estratégias cognitivas necessárias para o aprendizado dessas habilidades. Além disso, a hiperatividade contribuiu para uma constante distração durante as atividades em sala de aula, dificultando o progresso no processo de alfabetização.