ESTUDANTES MEDEM O INTERESSE DE COLEGAS NO COMPONENTE DE SUSTENTABILIDADE E OBTÊM RESULTADOS CHOCANTES
ESTUDANTES MEDEM O INTERESSE DE COLEGAS NO COMPONENTE DE SUSTENTABILIDADE E OBTÊM RESULTADOS CHOCANTES
As alunas realizam uma pesquisa a fim de medir o comprometimento dos estudantes de ensino médio e
conseguem resultados mais baixos do que esperavam.
Autoras: Alexia Lauxen e Beatriz Kley
A pesquisa quanti-qualitativa foi realizada pelas alunas Alexia Lauxen e Beatriz Kley, da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo, no ano de 2024. Através de pesquisas bibliográficas e um questionário efetuado pelo Google Formulários as estudantes conseguiram resultados surpreendentes a respeito da sustentabilidade nas escolas. A iniciativa surgiu quando as autoras foram incentivadas pela professora a fazer um trabalho relacionado à sustentabilidade para a feira de ciências da escola (CIARTEC).
O projeto tomou base na pesquisa de Santos e Brêtas (2013), onde “os autores afirmam que apesar das dificuldades, a boa aceitação dos estudantes sugere que os alunos responderam positivamente às iniciativas de sustentabilidade.” e que "mesmo com desafios, há um interesse e um engajamento por parte dos alunos quando se trata de questões ambientais.”. Ademais, as pesquisadoras também citaram a própria orientadora (SCHWAMBACH, 2016), que afirma que “o termo sustentabilidade tem sido discutido em vários pontos da sociedade atual, [...] em empresas que tentam ganhar a aptidão de seus consumidores mostrando em suas propagandas seu comprometimento com a sustentabilidade em seus produtos e processos, abordando a preocupação com o desenvolvimento sustentável como possibilidade de garantir mudanças sociais que não prejudiquem a ecologia que sustenta as comunidades.”.
As alunas também organizaram um formulário, o qual foi respondido por 16 alunos do Ensino Médio. Os resultados mostraram um interesse moderado a alto pelo componente curricular de Sustentabilidade, com 50% dos participantes avaliando seu interesse como "médio" (nota 3) e 31,3% como "alto" (nota 4). A maioria dos estudantes acredita que esse componente ajuda na busca por um mundo mais saudável, além de levá-los a refletir sobre seus próprios hábitos, influenciando, muitas vezes, mudanças em suas atitudes. No entanto, a variedade de ações sustentáveis praticadas pelos alunos no cotidiano é limitada, com destaque para a separação de lixo, enquanto 25,1% afirmam não realizar nenhuma prática sustentável. Quando questionados sobre as fontes de influência em seus hábitos sustentáveis, a maioria apontou a escola (43,8%) e a família (25%) como fatores relevantes. Esses dados confirmam parcialmente a hipótese de que os alunos reconhecem a importância do tema, embora o engajamento nas aulas ainda seja baixo.
A pesquisa realizada pelas alunas do Ensino Médio da Fundação Evangélica-IENH, embora ofereça dados importantes, apresenta limitações devido à escassez de respostas no formulário organizado, o que prejudicou uma análise mais aprofundada sobre o engajamento dos estudantes com o componente curricular de Sustentabilidade. As estudantes apontam que é necessário aprimorar a abordagem pedagógica dessa disciplina. A falta de envolvimento sugerida pela pesquisa indica que mudanças no método de ensino são essenciais para despertar maior interesse e garantir que os conhecimentos adquiridos na escola se reflitam em atitudes práticas no cotidiano dos estudantes, tanto dentro quanto fora da sala de aula.
A pesquisa realizada é de grande importância, pois oferece uma visão inicial sobre o nível de engajamento dos alunos com o tema da sustentabilidade, um tópico cada vez mais relevante no cenário atual. Além disso, seus resultados fornecem subsídios valiosos para aprimorar as práticas pedagógicas e garantir que a educação ambiental seja mais eficaz, promovendo uma verdadeira mudança de comportamento entre os estudantes.
Fontes:
SANTOS, Edme Severino; BRÊTAS, Ana Cristina Passarella. Ensinando e aprendendo educação ambiental com jovens. Revista Ciência em Extensão, v. 9, n. 3, p. 82-93, 2013.
SCHWAMBACH, Ailim. O eco sujeito do século XXI e sua (re)ação ao consumo sustentável em diferentes níveis de ensino com alunos de Ivoti-RS. 201 f. Tese (Doutorado em Química) – Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. UFRGS, Porto Alegre, 2016.