Doença rara é considerada aquela que acomete 1,3 pessoas para cada 2.000 indivíduos. Não se sabe o número exato de doenças raras existentes, mas estima-se que existam entre 6.000 a 8.000 diferentes tipos no mundo todo. Por volta de 75% das doenças raras são diagnosticadas na infância, sendo que cerca de 30% dos pacientes morrem antes de completarem cinco anos de idade. Em menor proporção, adultos também podem manifestar sinais e sintomas de doenças raras. 

As doenças raras apresentam múltiplos sinais e sintomas e se alteram de doença para doença e de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição. Embora sejam consideradas condições raras, em conjunto elas acometem uma porcentagem significativa da população, resultando em um expressivo problema de saúde pública. As causas e origens das doenças raras não são conhecidas, dessa forma, estudos mostram que 80% de todos os casos possuem origem genética / hereditária, existindo também outros fatores de origem ambiental, infecciosa ou imunológica. 

Muitas doenças raras não possuem cura, sendo o tratamento adequado fundamental para reduzir as complicações e sintomas e impedir que a doença se agrave e evolua. O conhecimento das relações entre essas doenças e a cavidade bucal deve ser aprimorado, buscando novas modalidades de tratamento, adaptando as existentes e propiciando conforto para o paciente. Na atenção odontológica há necessidade de realização de consultas de prevenção e tratamento para diminuir os agravos bucais comumente associados a essas doenças. No Centro de Atendimento Odontológico a Pacientes Especiais (CAOPE) da FORP/USP, os pesquisadores buscam investigar as alterações bucais associadas às doenças raras com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento e implementação de protocolos de tratamento odontológico direcionados à essa população-alvo.

No CAOPE são desenvolvidas atividades de atendimento odontológico a pacientes especiais, com a participação de docentes do PPG em Odontopediatria, alunos de graduação / pós-graduação / especialização / aperfeiçoamento e cirurgiãs-dentistas contratadas pelo Departamento de Clínica Infantil da FORP/USP.

A Liga Acadêmica de Odontopediatria na FORP/USP é uma atividade de extensão universitária tem como finalidade o aprofundamento científico e o aprimoramento profissional na área da atenção odontológica infantil. Ações desenvolvidas incluem o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, visando a inserção dos estudantes na prática profissional, o despertar da curiosidade científica através da realização de pesquisas e a organização de reuniões científicas, discussões clínicas, simpósios, congressos.

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