A inteligência artificial (IA) é a capacidade de uma máquina de reproduzir habilidades semelhantes às humanas, como raciocínio, aprendizado, planejamento e criatividade. A IA permite que sistemas técnicos percebam o ambiente ao seu redor, respondam ao que detectam e resolvam problemas, visando alcançar um objetivo específico. O computador recebe dados (sejam eles pré-processados ou coletados por seus próprios sensores, como uma câmera), os processa e fornece uma resposta.
Os sistemas de IA conseguem adaptar seu comportamento, em certa medida, por meio da análise dos efeitos de ações anteriores e da execução de tarefas de forma autônoma. A origem da Inteligência Artificial (IA) remonta aos anos 50, quando visionários começaram a investigar a possibilidade de desenvolver máquinas inteligentes capazes de pensar e aprender como os seres humanos.
Dentre esses pioneiros, destaca-se Alan Turing, um matemático britânico cuja criação da "Máquina de Turing" estabeleceu os fundamentos teóricos da computação e deixou um impacto duradouro no campo da IA. Sua contribuição foi essencial para entender como as máquinas poderiam realizar tarefas lógicas e computacionais, representando um grande avanço ao estabelecer os fundamentos teóricos para o desenvolvimento da Inteligência Artificial.
A máquina consistia em uma fita infinita dividida em células, uma cabeça de leitura/escrita e um conjunto de instruções que permitia à máquina mover-se pela fita, ler e escrever símbolos e alterar seu estado conforme as instruções recebidas. Esse modelo possibilitou que Turing demonstrasse que certos problemas matemáticos não podiam ser resolvidos por um algoritmo, marcando assim o início do campo da computação.
As ideias de Alan Turing tiveram um impacto direto no desenvolvimento das primeiras máquinas de computação e, consequentemente, no campo da Inteligência Artificial. Ao desenvolver essa máquina, Turing estabeleceu as bases teóricas para entender como máquinas poderiam realizar tarefas intelectuais, um princípio fundamental para o posterior desenvolvimento da IA. Dessa forma, a "Máquina de Turing" vai além de seu papel original na teoria da computação, tornando-se um ícone da inovação que impulsionou a evolução da Inteligência Artificial.
A roteirização do transporte de leite é um processo logístico essencial para reduzir custos e otimizar recursos. A eficiência na roteirização é crucial para o transporte de leite cru. Essa prática permite que as empresas organizem operações, economizem com entregas, tracem rotas estratégicas, reduzam o consumo de combustível e evitem horas extras. Para realizar a roteirização, é possível criar um calendário de entregas, agrupar por destino, identificar a melhor rota e considerar as condições das vias. O roteirista gerencia todo o processo, seja manualmente ou com sistemas especializados.
O leite cru refrigerado deve ser transportado da propriedade para a unidade de beneficiamento diariamente ou, no máximo, a cada 48 horas, conforme a legislação brasileira. Caminhões equipados com tanques isotérmicos coletam o leite de tanques de refrigeração individuais ou comunitários. Por ser um produto perecível, a qualidade do leite começa a se deteriorar logo após a ordenha; por isso, sua preservação é vital para garantir a qualidade dos derivados. Os micro-organismos são os principais responsáveis pela perda de qualidade, tornando a refrigeração imediata após a ordenha essencial. Isso ressalta a importância do transportador, que deve manter rigorosos cuidados higiênicos e agir com agilidade para evitar contaminações.
Atualmente, no Brasil, existem duas principais formas de transporte de leite: o sistema em latões, que são entregues em tanques de refrigeração comunitários ou diretamente na indústria, e o transporte a granel, que é feito diretamente para a unidade de beneficiamento. Em ambos os métodos, a agilidade, o conhecimento e o comprometimento do transportador são fundamentais para garantir a qualidade do leite.
A roteirização enfrenta desafios como a distância entre fornecedores e o tempo necessário para a entrega de matéria-prima ou produtos. Ballou (2001, p. 159) define a roteirização como uma atividade destinada a identificar os melhores trajetos que um veículo deve percorrer por uma malha. Essa busca, que visa geralmente minimizar o tempo ou a distância, é uma decisão comum na logística empresarial.
As condições das estradas representam um desafio para o processo. Em dias chuvosos, os caminhões cheios de leite podem ficar atolados devido à falta de cascalho e ao difícil acesso às propriedades, que muitas vezes têm infraestrutura precária. Já em dias secos, a presença excessiva de poeira pode contaminar o leite.
O atual cenário da logística de roteirização do leite apresenta muitas fragilidades, e para alcançar um aumento sustentável na qualidade, são necessários investimentos em infraestrutura logística. Entre as inovações tecnológicas que podem servir como sugestões para esses investimentos, destaca-se o uso de GPS, que auxilia na definição de rotas de coleta.
Referências
BALLOU, R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e educação. São Paulo: Atlas, 2001.
Transporte do leite para produção de leite seguro e de qualidade. Brasília: SEBRAE/SENAR; Juíz de Fora: Embrapa Gado de Leite. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/215430/1/LV-PAS-Leite-04-Boas-Praticas-Agrop-Leite-Seguro.pdf (acessado em 23/10/2024)