HHMI BioInteractive
Utilizando o sistema CRISPR/Cas9 como exemplo proeminente, a biologia sintética nos capacita a recriar recursos "naturais" através da engenharia genética. Na medicina, o CRISPR/Cas9 permite a edição de genes associados a doenças como o câncer, oferecendo novas perspectivas para tratamentos personalizados e terapias imunológicas mais eficazes. Além disso, na produção sustentável, o CRISPR/Cas9 possibilita a modificação genética de organismos para criar alternativas eficientes aos recursos naturais escassos. Em resumo, a biologia sintética, impulsionada pelo CRISPR/Cas9, está moldando um futuro no qual podemos enfrentar os desafios da escassez de recursos com inovação e sustentabilidade.
Segundo pesquisas, o novo jeito de fazer leite, fazendo-o artificialmente, consome 99% a menos de água do que a forma tradicional, com as vacas. Além disso, na Perfect Day, empresa especializada em tecnologia de alimentos, o leite feito artificialmente consome 60% menos energia elétrica para produzir a mesma quantidade de leite; além de reduzir as emissões de gases para o efeito estufa em 97%.
O processo para produzir esse leite começa com o cultivo de uma microflora geneticamente modificada para fermentação de proteínas sintéticas. Estes micro-organismos se alimentam de açúcares, que permitem que as moléculas cresçam o que dá origem ao leite de laboratório.
Logo Muufri
Os aminoácidos que constituem as proteínas do leite são arginina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. A caseína, principal proteína do leite, é sintetizada no interior das células alveolares a partir do precursor aminoácido.
As proteínas, que são o resultado desse teste, são semelhantes às proteínas do leite natural. E quando misturamos essas proteínas com gorduras, águas minerais, entre outras coisas, podemos obter queijo, sorvete, dentre outros derivados de leite.
Já existem alguns tipos de polímeros criados por biologia sintética, como o plástico feito da fermentação do açúcar e degradado naturalmente pelos micro-organismos existentes no solo. Outros materiais também podem ser utilizados para produzir bioplástico, como milho, batata, cana-de-açúcar, madeira, entre outros. Também há embalagens feitas do micélio de cogumelos que podem ser moldadas e substituem o isopor.
A biologia sintética ainda é uma área carente no Brasil e considerada um desafio para os pesquisadores. Isso acontece pois ela envolve diferentes áreas do conhecimento, como: Genética, biotecnologia, matemática, engenharia metabólica, nanotecnologia e computação.
A economia celular é um modelo de ciclo fechado, em que não há perdas ou desperdícios. A relação entre biologia sintética e economia celular está enraizada na aplicação prática dos princípios da biologia sintética para otimizar processos celulares e criar produtos valiosos economicamente. A biologia sintética tem o potencial de transformar a economia celular, oferecendo novas oportunidades de negócios, otimizando processos industriais e reduzindo custos, ao mesmo tempo em que impulsiona a inovação e o desenvolvimento de produtos com valor econômico agregado.
iGUi
A capacidade de controlar bactérias e fazer elas trabalharem a nosso favor pode criar diferentes alternativas de processo. A biologia sintética permite o design e a criação de sistemas biológicos com funções específicas.
Os produtos farmacêuticos, produtos químicos industriais, entre outros são exemplo disso, esses produtos podem ter um grande impacto econômico, representando novas oportunidades de negócios e inovação. Isso melhora a qualidade de vida da sociedade, ou seja, gera menos lixo, o consumo se torna mais barato, esses fatores garantem a longevidade.