A biologia sintética pode ser usada para otimizar a genética dos organismos, podendo produzir, com sustentabilidade, mais alimentos, fármacos e energia, dentre outros,
sendo fabricados com ingredientes mais saudáveis, 100% naturais, que não servem apenas para responder uma demanda de consumo, mas também para valorizar a produção de alimentos e o seu aproveitamento integral.
No entanto, em nosso país, ainda temos um longo caminho a percorrer. Todo tipo de avanço e inovação só pode ser alcançada após muita pesquisa, tendo o objetivo de conhecer melhor o objeto estudado, mas, acima de tudo, de gerar dados e informações que servirão de base para outros trabalhos de desenvolvimento de soluções tecnológicas para essa indústria. Cada novo bloco de conhecimento é fundamental para gerar essas soluções.
A definição da engenharia de tecidos consiste numa área multidisciplinar em que aplicam os princípios da engenharia e da ciência da vida para o desenvolvimento de substitutos biológicos que permitem a restauração, o melhoramento ou a manutenção das funções dos tecidos e órgãos.
A engenharia de tecidos baseia-se em técnicas para a reconstrução de tecidos e órgãos, que inclui a expansão in vitro de células viáveis do paciente doador sobre suportes de polímeros bioreabsorvíveis. O suporte degrada-se enquanto um novo tecido ou órgão se forma. Ela utiliza quatro componentes essenciais, que são as células vivas, um suporte, a matriz extracelular (que fornece os fatores de crescimento) e por vezes biorreatores no caso de produção ex vivo.
Modificar bactérias para introduzi-las no corpo humano com o objetivo de trazer benefícios é uma área de pesquisa promissora na biotecnologia sintética e na medicina. Essa abordagem envolve principalmente a engenharia genética de micro-oganismos para que possam desempenhar funções específicas no corpo humano, como um Probiótico que é uma bactéria que modifica a melhora da saúde digestiva ou ajuda a fortalecer o sistema imunológico. Outro método é a Terapia com bactéria, que é um micro-oganismo geneticamente modificado para produzir substâncias terapêuticas, como enzimas ou hormônios, diretamente do corpo humano. A bioterapia também é outro tópico importante que mostra o uso de bactérias para atacar especificamente células cancerosas ou patógenos.
A biologia sintética e a nanotecnologia foram fundamentais no desenvolvimento das vacinas para COVID-19. A biologia sintética permitiu o design preciso de antígenos virais usando tecnologias como RNA mensageiro e vetores virais modificados, facilitando a produção eficiente e a adaptação rápida às variantes do vírus. Por outro lado, a nanotecnologia contribuiu com a criação de nanopartículas que imitam partes específicas das proteínas virais, ajudando a estimular uma resposta imune adaptativa eficaz. Essas abordagens não só garantiram a segurança e eficácia das vacinas, mas também são replicáveis para o desenvolvimento de vacinas contra outras doenças, representando um avanço significativo na imunização global.
A equipe de pesquisadores especializados em envelhecimento da Escola de Medicina de Harvard descobriu um coquetel químico que rejuvenesce as células humanas. A abordagem química por trás das recentes descobertas, chamada reprogramação quimicamente induzida por meio de coquetéis, foi descrita em um estudo publicado na revista Aging. A nova pesquisa é baseada na descoberta dos fatores de Yamanaka, cujos descobridores são o britânico John B. Gurdon e o japonês Shinya Yamanaka, que ganharam o Prêmio Nobel em 2012. Eles desenvolveram uma técnica que permite converter células adultas em células-tronco pluripotentes induzidas, que revertem o envelhecimento. Os coquetéis de reprogramação quimicamente induzida consiste entre cinco e sete agentes, muitos dos quais são usados para tratar desordens psiquiátricas e neurológicas, incluindo convulsões, depressões e Parkinson. Embora os resultados sejam promissores, ainda não é possível tomar uma “pílula da juventude” imediatamente, mas a descoberta é relevante para a medicina regenerativa e o tratamento de doenças relacionadas à idade avançada.