As eleições de 2018 consolidaram um novo momento da Nova República com a ascensão da chamada “nova direita” no Congresso Nacional. O movimento teve início com as manifestações de rua de 2013 e se materializou no congresso com as eleições de 2018 e a vitória de Jair Bolsonaro.

Ao longo deste período houve a consolidação de grupos com perfis de caráter conservador, especialmente militares e religiosos, como base principal de defesa a atuação em favor do governo de Jair Bolsonaro. O processo eleitoral de 2022 consolidou essa tendência e fortaleceu suas posições no Congresso na esteira das mudanças das regras eleitorais que encerraram as coligações proporcionais.

Desta feita, compreender a nova configuração do Congresso Nacional permitirá traçar os cenários de mudanças e permanências no jogo político do país, além de analisar o comportamento dos parlamentares por meio da distribuição espacial da votação em cada distrito.

• Identificar quais forças políticas coabitam sob o termo “nova direita” nas legislaturas 2018-2022 e 2022-2026;

• Determinar o padrão da distribuição eleitoral de cada parlamentar em cada legislatura, de acordo com a taxonomia de Barry Ames (2003);

• Mapear a dependência espacial dos votos dos parlamentares;

• Identificar os casos de dependência espacial concentrada-dominante.

Por se tratar de uma análise espacial de um conjunto de parlamentares é preciso tomar como ponto de partida que todos os deputados envolvidos na pesquisa são considerados casos distintos e cada legislatura também é analisada como casos distintos. Desta feita, este projeto se configura como um estudo de caso comparado que permite o aprofundamento dos casos e a comparação entre eles.