EDIÇÃO ESPECIAL
Um Mundo Dentro de Portas
Dia da Terra
Trabalho realizado por Clara Lacerda
Nesta Edição:
O meu mundo é feito de estrelas brilhantes e, sempre que quero, elas cantam.
Na aula de Geografia foi lançado o desafio para a participação no concurso “ O Mar começa aqui”, inserido no âmbito da Capital Verde Europeia 2020.
Desafiados pela professora de Ciências Naturais, os alunos da turma 7.º 4.ª recolheram todos os materiais necessários e construíram um sistema de Aquaponia.
A intemporalidade de um mundo às avessas.
Editorial
Tempo(s) estranho(s) estes…
O tempo sempre custou a passar e sempre foi mais longo do que na realidade era quando nos deparávamos com dificuldades e obstáculos que, para ultrapassar, obrigavam a calcorrear caminhos com silvas e urzes que sempre deixam marcas vincadas na pele e na alma.
(Falamos num tempo imperfeito porque queremos acreditar que ele só ficou em suspenso e brevemente o vamos retomar).
Voltemos ao momento em que ele foi interrompido. Fixemo-nos na única brecha , a janela da nossa casa (que passou a ser tudo o que tínhamos para ver o mundo). Aqui, entre paredes, começámos a ler e até a escrever uma história que parece não ter fim, porque o autor a deixou em aberto para que nós lhe déssemos o fim que quiséssemos. Ironia! O que é que nós podemos fazer? Sim , o que é que podemos nós fazer, simples mortais nas mãos dos deuses que estão lá em cima a rir-se de nós, (pobres coitados nas mãos do destino) como diria o poeta Ricardo Reis que só existiu como uma das máscaras com que Fernando Pessoa se vestiu, e que afirma que “sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo”?
E o tempo imperfeito vai continuar porque não sabemos como vai ser o amanhã e temos que nos dar a hipótese de poder continuar a cumprir os sonhos antigos e outros que entre paredes vieram à tona. (Não podemos simplesmente tornar o imperfeito em perfeito).
Mas deixemo-nos de filosofias e até de ideias românticas de que este foi o tempo das reflexões, de que este foi o tempo que nos vai permitir ser melhores pessoas, de que tudo vai ficar bem e blá, blá, blá…
Está bem, temos que ter esperança na Humanidade – parêntesis.
Os dados estão lançados – a roleta continua a rolar. Todos são precisos e, nestes tempos tão estranhos, precisamos de ter memórias do passado ( jornais em papel, arquivados para memória futura), precisamos de, no presente, porque a necessidade aguça o engenho, (jornais em sites, como este) projetar o futuro.
Estamos inquietos, o tempo custa a passar fechados em casa, porém, o que mais nos deve inquietar é a procura de saber para o que queremos que ele passe. E é essa inquietação que nos deve fazer agir, que não nos deve deixar apenas contentes com a contemplação do espetáculo do mundo e ver que todos usam máscara para se proteger.
As coordenadoras
O Prémio Literário foi atribuído ao texto “Um Mundo Só Meu ", escrito por Camila Mendonça
- Ficha Técnica -
COORDENAÇÃO:
Ana Veríssimo, Fátima Magalhães,
Lucília Cid, Mª dos Anjos Queimada, Sarah Serra
Agrupamento de Escolas Rainha Dona Leonor
Rua Maria Amália Vaz Carvalho, 1749– 069 Lisboa
http://www.aerdl.eu