27-01-2023

Celebra-se hoje, dia 27 de janeiro, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Hoje, 27 de janeiro, assinala-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e o 78.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau.

Um dos objetivos deste dia é desenvolver e estabelecer o ensino deste assunto na Europa, para evitar a recorrência ou negação de atos genocidas, educando para a tolerância e a paz e alertando para o combate ao antissemitismo.

Por um mundo sem ódio e genocídio, temos de agir já! 

Centro de Informação Europeia Jacques Delors

Os Justos entre as Nações

4 portugueses são Justos entre as Nações

«Justos entre as Nações» é o título oficial dado pelo Yad Vashem, Memorial do Holocausto, em nome do Estado de Israel, a não-judeus que tenham arriscado a vida para salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Na lista, constantemente atualizada,  na página do Yad Vashem, por nacionalidades surgem três portugueses como «Justos entre as Nações»: Aristides de Sousa Mendes, n.º 264, declarado Justo em 1966; Carlos Sampaio Garrido, n.º 11758, Justo em 2010 e Joaquim Carreira, n.º 12893, Justo em 2014. Já Joseph (José) Brito-Mendes aparece fora desta lista por ter sido declarado «Justo entre as Nações», em 2004, em conjunto com a esposa Marie-Louise, de origem francesa.

Fonte: Familia Cristã

O título “Justo entre as Nações” designa uma pessoa de elevada moral, que oferece empatia, compaixão e ajuda a judeus em tempos de grandes dificuldades e perseguições, decorrente da sua actuação excepcional implicando em perigos relativos à segurança de sua liberdade física, ética e profissional além de riscos de vida para aquele que se dispõe a salvar os judeus. Estas pessoas, no silêncio de seus actos, demonstraram enorme coragem, elevada consciência moral e um incomensurável respeito à vida dos seus semelhantes. Os Justos entre as Nações foram pessoas que, mesmo correndo risco de perderem as suas vidas, salvaram centenas de judeus do extermínio planeado e promovido pelos nazis, durante a II Guerra Mundial. 

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A Direção-Geral da Educação associa-se à comemoração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, promovendo um Webinar intitulado Encontro (Im)provável com João Pinto Coelho e João Paiva.

Este evento estará disponível a partir do dia 27 de janeiro de 2023, consistindo numa conversa entre o escritor e professor de Artes Visuais, João Pinto Coelho, e o professor do departamento de Química e Bioquímica da Universidade do Porto, João Paiva.

No Webinar, os oradores ressalvam a pertinência da abordagem do tema e do seu questionamento crítico, a mobilização das várias áreas do conhecimento para o seu ensino e a importância do seu estudo se focar nos vários atores do Holocausto.

Este Webinar destina-se a alunos e professores dos ensinos básico e secundário e ao público em geral e constitui um recurso pedagógico para o ensino do Holocausto, apresentando uma abordagem para potenciar o cruzamento de saberes e a transversalidade do conhecimento.

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«Jamais deveremos esquecer o destino de milhões de judeus», declarou a presidente Ursula von der Leyen

Brussels, 26 de janeiro de 2023.

27 de janeiro assinala o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e o 78.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau. Tendo em vista o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a presidente Ursula von der Leyen declarou: «Jamais deveremos esquecer os seis milhões de mulheres, homens e crianças judaicos, bem como todas as outras vítimas assassinadas durante o Holocausto, nomeadamente centenas de milhares de ciganos. 

Este ano recordamos a resistência dos judeus e a insurreição na Europa ocupada pelos nazis. Comemoramos o 80.º aniversário de sublevações importantes, como a do Ghetto de Varsóvia, em 19 de abril de 1943, que se tornou um símbolo da resistência judaica e da brutalidade do regime nazi. Mas também outros atos de resistência, como o que ocorreu na Bélgica nesse mesmo dia, quando três membros da resistência - Robert Maistriau, Youra Livchitz e Jean Franklemon - sabotaram um comboio que transportava para Auschwitz judeus condenados à morte. Alguns conseguiram fugir desse comboio, 120 sobreviveram. Podemos citar outras insurreições, provavelmente menos referidas, nos campos de concentração e morte de Treblinka e Sobibor ou no Ghetto de Białystok. Porque as vítimas judias não eram passivas; organizaram a resistência contra os nazis. 

Ainda hoje, e sempre, podemos aprender com a força, a coragem e a determinação de combatentes e resistentes judaicos mal armados, que lograram revoltar-se, apesar de todas as adversidades e da morte quase certa. Pugnaram pela justiça. Estavam determinados em resistir. 

Como afirmou o sobrevivente de Auschwitz Elie Wiesel: «A questão não é porque razão nem todos os judeus lutaram, mas sim como tantos o conseguiram fazer. 

Torturados, espancados, a morrer à fome, como encontraram força – espiritual e física – para resistir?» 

Não podemos permanecer em silêncio face à injustiça, quando são cometidos massacres. Temos de denunciar o antissemitismo, o anticiganismo e todas as formas de ódio e discriminação – seja ela em razão da raça ou origem étnica, da religião ou crença, do género, da orientação sexual, da idade ou da deficiência. O antissemitismo conduziu ao Holocausto, mas não terminou com ele. O antissemitismo está novamente a grassar na Europa. O mesmo acontece com a negação, a distorção e a banalização do Holocausto, que alimentam o antissemitismo e têm um efeito corrosivo sobre a memória e a coesão coletiva europeia.

A memória não constitui um objetivo em si mesmo. Temos de ir mais longe. Temos de promover a vida judaica. A Europa só pode prosperar quando as suas comunidades judaicas forem, também elas, prósperas. Envidaremos esforços no sentido de uma União Europeia isenta de antissemitismo e de toda as formas de discriminação. Em prol de uma sociedade europeia aberta, inclusiva e equitativa."

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Livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, alusivos ao Holocausto

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