Quinta feira, 24/11, foi dia de visita de estudo para as turmas do ensino secundário do AEPAL, com um Programa cheio de oportunidades de informação e inspiração.

Pela manhã, todo o grupo teve a oportunidade de assistir presencialmente ao debate/discussão e votação, na especialidade, da proposta do Orçamento de Estado 2023, num agendamento favorecido pelo Deputado Duarte Pacheco (PSD), através da funcionária da mesa da Assembleia, a Srª Teresa Mendes.

À saída gostei de ver o entusiasmo de alguns alunos por terem a oportunidade de falar e de se fotografar com Rita Matias, uma jovem Deputada do CHEGA… outros desviaram-se dela porque, justificaram, não gostam das suas ideias nem das do Partido a que pertence.

Porque ficaram os primeiros entusiasmados? Porque ela é jovem e porque na sua intervenção se lhes havia dirigido, apontando para eles na Galeria e dizendo que a medida que estava a defender, em favor das famílias, é o que os jovens que estavam ali, nas Galerias, precisam. Este criar de relação com o auditório é um aspeto retórico básico, mas que mais nenhum Deputado cuidou. Neste gesto esta Deputada mostrou aos alunos que os estava a representar, que é para eles o seu trabalho. Na ocasião a Deputada mostrou-se disponível para ir à escola falar aos alunos.

Deputada Rita Matias, do CHEGA, com jovens dos 11º e 12º anos do AEPAL (Foto de Jorge Rocha)

Para equilibrar a balança, cruzámo-nos de seguida com o Deputado Rui Tavares, do LIVRE, que, com simpatia, quis saber de onde vínhamos e, também ele, se mostrou disponível para visitar a nossa escola. A possibilidade de os convidar para fazer um debate no AEPAL é uma ideia estimulante.

Tivemos ainda a oportunidade de visitar o Salão Nobre da casa da democracia, aí fazer uma foto do grande grupo e, no caminho de saída, contemplar as obras de arte que adornam os amplos corredores.

Todavia, o dia teve muito mais que política. Durante a tarde, diferentes anos e diferentes cursos tiveram diferentes experiências. O 12.ºLH visitou o Museu da Presidência, onde, através de objetos que documentam as relações internacionais da República Portuguesa e também através dos retratos dos Presidentes, foi possível fazer uma viagem temporal pela História recente de Portugal.

Os 10ºSE e 12ºSE visitaram o ISEG e o Tribunal de Contas.

No ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, renomada instituição de ensino superior, que por sinal é a mais antiga Escola de Economia e Gestão de Portugal - os alunos foram esclarecidos sobre a oferta formativa da instituição, critérios de ingresso, apoios sociais (bolsas de estudo), saídas profissionais, possibilidades de intercâmbio, vida social e cultural da comunidade estudantil e o alto potencial de empregabilidade. Neste momento a taxa de empregabilidade dos alunos egressos do ISEG ronda os 97 %.

No final da visita, os alunos, muito entusiasmados, fizeram um voto de compromisso em se dedicarem mais aos estudos com o intuito de terminarem o ensino secundário com médias que lhes possibilite ingressarem no ISEG-UL.

No Tribunal de Contas, os alunos ficaram a conhecer um pouco mais acerca da estruturação e funcionamento deste importante órgão que tem a missão de zelar e fiscalizar pela correta aplicação dos recursos públicos, fundamentalmente, a execução do Orçamento do Estado.

Durante a visita, o AEPAL foi contemplado com as mais recentes publicações do Tribunal de Contas (livros, revistas e brochuras) que, em breve, estarão disponíveis na Biblioteca à disposição de toda a comunidade do AEPAL.

O AEPAL, na qualidade de membro fundador da Rede de Escolas contra a Corrupção, foi convidado a enviar uma solicitação para receber arquivos históricos dos séculos XVIII e XIX da Freguesia da Malveira, Estes arquivos inseridos no âmbito da História Económica revestem-se de capital importância para a compreensão, no tempo e no espaço, da evolução económica e social desta vila do Conselho de Mafra.

O 10ºLH visitou o Museu Nacional de Arte Antiga, nascido no ano de 1884, no antigo palácio dos Condes de Alvor. Este foi o primeiro museu de arte em Lisboa e alberga a mais relevante coleção pública portuguesa, entre pintura, escultura e artes decorativas, europeias, de África e do Oriente,

Guiados pela simpática Marta, os alunos “viajaram” pela pintura e escultura medieval portuguesa e também por alguns exemplares da pintura do renascimento. Foram convidados a refletir sobre as vivências, as motivações e crenças da época, de modo a compreender as temáticas e as mensagens representadas naquelas magníficas obras de arte. Terminámos com “chave de ouro” com uma análise raio-X aos Painéis de S. Vicente, de Nuno Gonçalves, uma obra icónica de grande importância na cultura portuguesa e que é o único “retrato coletivo” na história da pintura europeia.                                                                                                                    

 O 11°LHSE visitou a Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho. Aí tiveram a oportunidade de:

• conhecer e refletir sobre diferentes formas de criação artística e relacioná-las com as teorias da arte estudadas.

•  desenvolver o pensamento e expressar opinião sobre diferentes formas de arte, utilizando a língua inglesa;

• descrever imagens e desenvolver o pensamento e expressar opinião sobre a forma de arte descrita;

• aplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas;

• identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas;

• avaliar o papel dos trabalhos dos diversos artistas nacionais e estrangeiros representados na Galeria de Arte Urbana da Quinta do Mocho na valorizaram daquele território, que estava marcado pelo estigma de “bairro social”.

• promover a abertura à dimensão intercultural das sociedades contemporâneas;

• desenvolver a capacidade de reflexão, a sensibilidade e o juízo crítico, estimulando a produção e a fruição de bens culturais;

• promover os valores da interculturalidade, da inclusão, da igualdade de género e do desenvolvimento sustentável.

Os alunos do 12.º LH1 puderam visitar um lugar de divulgação da história da República Portuguesa e da instituição presidencial, nesta visita descobrem-se, entre outros núcleos, a Galeria dos Retratos Oficiais, os presentes de Estado, que marcam a os poderes do Presidente da República ou as Ordens Honoríficas Portuguesas.

 O alunos demonstram entusiasmo nesta viagem de descoberta pelos documentos que testemunham a vida pública e familiar da maioria dos Presidentes da República.  

Há umas semanas andámos pelo "nosso" Campo do Rio, como eles lhe chamam.

Estava sujo e, como tal, decidimos entregar uma carta à Junta de Freguesia.

O parque ficou limpou e agradecemos à Junta de freguesia, mas os cães continuam a deixar os cócós, a deixar o "nosso" e o vosso espaço sujo.

Numa tentativa de percebermos de que modo poderemos deixar um espaço comum limpo e alertar os outros para o cuidado que devemos ter, criámos pequenos cartazes alertando para este mesmo cuidado. Afinal, se o espaço é de todos, todos temos de cuidar dele.

Este é o "nosso" e o vosso espaço, por isso, todos temos de cuidar dele!

A noção de comunidade e de responsabilização social passa por permitir que  estes momentos sejam vivenciados, de modo a que, eles próprios, sejam veículos de mudança, de respeito, de valorização e de exemplos de cidadania.

Este foi um projeto das turmas do 11.ºLH1 e 11.ºSE que, nos dias 17 e 21 de janeiro, no auditório da Escola Professor Armando Lucena, encontrou o seu epílogo.

Tratou-se de uma atividade inicialmente concebida para comemorar o Dia Mundial da Filosofia, levando os alunos a pensar nas medidas que, segundo o seu entendimento e tendo por base os princípios filosóficos dos autores estudados nas aulas de Filosofia Política, contribuíam para um Portugal mais justo.

Entretanto, ocorreu a crise que emergiu do chumbo do Orçamento do Estado, o que foi aproveitado para prolongar e aprofundar o projeto, acompanhando o debate político-ideológico que nesse contexto se intensificou na sociedade portuguesa.

No novo enquadramento, as turmas foram desafiadas a organizarem-se em partidos políticos e a criarem programas de intervenção política.

Ao todo formaram-se 4 partidos em função dos filósofos políticos que mais marcaram cada grupo (o liberalismo igualitário de Rawls, o libertarismo de Nozick ou o comunitarismo de Sandel) e a partir dessas filosofias políticas pensaram um Programa de Governo para o seu "Portugal Idealizado". Confrontaram-se com a dificuldade de desenhar as medidas concretas que tornam efetivas as teorias filosóficas, enfrentaram o dilema das inúmeras necessidades versus os limitados recursos e a imperatividade de escolhas e lidaram com o desafio de se manterem fiéis à orientação filosófica. Perceberam a complexa relação entre as excessivas despesas (resultantes das necessidades de transformação do país) e as escassas receitas (bem como a «dor» associada à sua coleta).

Determinaram os Ministérios (e os recursos atribuídos a cada um deles), optando por mais ou menos Estado, consoante os princípios político-ideológicos perfilhados. Escolheram também as medidas necessárias para que nesse “Portugal Idealizado” não haja lugar para a corrupção.

Depois de várias semanas de estudo autónomo e de orientação nas aulas e através de E@D, o projeto culminou, nos dias acima referidos, com a apresentação pública e debate das ideias e com a votação «na generalidade» dos projetos que, segundo a sua avaliação, mereceram avançar para estudo mais detalhado.

Tratou-se de aprendizagem através do método de trabalho colaborativo, envolvendo as disciplinas de Filosofia, Economia e Inglês, que permitiu desenvolver competências transversais e conteúdos multidisciplinares.

Esta iniciativa teve por objetivo geral combater uma pré-compreensão caricatural da Filosofia, que vê esta disciplina como um exercício pomposo de erudição vazia, composta por ideias abstratas, estranhas e desligadas da vivência das pessoas. Esta é uma representação social bastante difundida (sobretudo em meios socioculturais menos favorecidos) e deriva, por um lado, de uma abordagem muito livresca, preocupada com o ensino de teorias e conceitos fundamentais da História da Filosofia e com a sua avaliação através de testes (e, sobretudo, através de exames) e menos focada numa efetiva aprendizagem dessas teorias e ideias. Por outro lado, a representação caricatural deriva da falta de maturidade cultural e intelectual que muitos alunos do ensino secundário revelam, o que é um pré-requisito importante para a aprendizagem desta disciplina (que é exigente do ponto de vista do raciocínio lógico-abstrato e também da capacidade de leitura e elaboração do discurso argumentativo). Somadas as duas razões, foi-se criando um discurso público pouco abonatório (a tal representação social negativa) desta área de estudo, que através deste projeto se tentou combater. Como é sabido, o trabalho inter pares motiva mais os alunos, envolvendo-os na aprendizagem, ideia que aqui se confirmou e permitiu levar mais longe o conhecimento da realidade filosófica, política e económica e aprofundar diversas competências do PASEO, nomeadamente as seguintes: «A- Linguagem e textos; B- Informação e Comunicação; C- Raciocínio e resolução de problemas; D- Pensamento crítico e pensamento criativo; E- Relacionamento interpessoal; F- Desenvolvimento pessoal e autonomia».

O balanço da iniciativa é muito positivo, tanto pelo que os alunos fizeram já, como pela abertura de sensibilidade e interesse sobre a vida política, eles que são a certeza do país de amanhã, um país cuja idealização importa continuar.

A turma do 5.º F da EBSPAL desenvolveu um projeto de análise dos direitos humanos, realizando trabalho em domínio de Autonomia Curricular que envolveu as disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento e Português.

Foi analisada a carta universal dos direitos humanos e solicitado aos alunos as suas reflexões acerca do tema. Foram também realizados alguns trabalhos de ilustração.

Aqui fica o resultado final, para que nos possamos lembrar que é responsabilidade de todos conhecer e defender esta conquista da humanidade.

Com base no modelo de "folheto informativo (vg. Bula), os alunos foram convidados a desenvolver uma recensão literária de diversos livros de escolha livre, na qual puderam fazer uso da sua capacidade crítica, síntese e opinião. Veja abaixo os modelos de folheto informativo.