Beauclair (2007), afirma que a inclusão é o movimento humano de celebrar a diversidade, envolvendo o sentimento de pertencer, de fazer parte de, é a valorização da diferença e a busca de uma cidadania ativa construtora de qualidade de vida para todos.
Stainback e Stainback (1999) complementam essa definição, especificando que o objetivo da inclusão é criar uma comunidade em que todas as crianças trabalhem juntas e desenvolvam repertório de ajuda mútua e apoio dos colegas. Neste contexto, a educação inclusiva busca assegurar a todos os estudantes a igualdade de oportunidades educativas, proporcionando espaço para o desenvolvimento integral dos mesmos, levando em consideração suas potencialidades e especificidades, favorecendo a construção de uma sociedade mais democrática e flexível.
Nesse sentido, o Currículo Paulista traz uma abordagem relacional entre o princípio da equidade e a perspectiva da inclusão, conforme o excerto que segue:
“A equidade no Currículo Paulista é representada pelos seguintes aspectos:
Segundo a perspectiva defendida pelo Currículo Paulista, a equidade diz respeito à inclusão de todos os estudantes nas escolas e à garantia de seu direito à educação pública e de qualidade prevista na LDB, na Constituição e na legislação estadual e dos municípios paulistas. Diz respeito, ainda, à necessidade de respeitar a diversidade cultural, a socioeconômica, a étnico-racial, a de gênero e as socioculturais presentes no território estadual.
Promover a equidade supõe também dar respostas adequadas e com respeito ao público atendido nas modalidades da Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação Escolar Quilombola, segundo as necessidades locais.
No caso da Educação Especial, o desafio da equidade requer o compromisso com os estudantes com deficiência, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de acessibilidade curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei Nº 13.146/2015)”. (SÃO PAULO, 2019)
É importante que nós, professores, possamos perceber a correlação existente entre os princípios do currículo, as temáticas e as abordagens propostas, a fim de que tenham clareza das intencionalidades formativas pretendidas pelo currículo. Uma vez incorporadas, elas estarão presentes na prática pedagógica independentemente do componente curricular e/ou da modalidade educacional tratada.
1. Toda pessoa tem o direito de acesso à educação
2. Toda pessoa aprende
3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular
4. O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos
5. A educação inclusiva diz respeito a todos
Vídeo - aula sobre Educação Especial, orientações gerais, elaborado pela equipe da Educação Especial da Diretoria de Ensino de Lins:
Classificação do público destinado ao atendimento especializado:
Pessoa com deficiência: aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, pode ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.
Transtornos do Espectro Autista (TEA): são aqueles estudantes que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo.
Altas habilidades e/ou superdotação: aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.
A educação inclusiva envolve o desenvolvimento de uma consciência sobre a necessidade dos alunos. As escolas devem possuir, além de um ambiente inclusivo, projetos políticos pedagógicos que contemplem essa diversidade de alunos, sejam eles portadores de deficiência, com transtorno ou com altas habilidades.
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Nas próximas páginas exemplos de adaptação curricular e suplementação curricular, na área de ciências da natureza, atendendo ao público-alvo da Educação Especial.