A liberdade que o utilizador tem perante a informação a que tem acesso pode ser classificada quanto à linearidade e não linearidade dos conteúdos multimédia.
Linearidade
A linearidade em multimédia pode ser entendida como o facto do utilizador receber unicamente a informação que o computador transmite, não podendo fazer-lhe alterações nem decidir como a ação se vai desenrolar.
Existem algumas vantagens e desvantagens desta liberdade condicionada perante a informação a que temos acesso, das quais:
uma vantagem da linearidade é o facto de esta ser muito mais objetiva e de dar ao utilizador apenas aquilo que este necessita, de maneira a que o mesmo receba a informação desejada mais rapidamente;
desvantagens do uso da linearidade têm a ver com esta acabar por se tornar mais monótona para o utilizador do que a não linearidade, fazendo também com que, em alguns casos, seja mais difícil para este aprender a utilizá-la, já que a interação com a máquina é nula.
Um exemplo de linearidade é quando um telespectador assiste um programa numa televisão sem “box”, onde apenas pode alterar o volume do som, a cor e o brilho. O desenrolar da ação não pode ser alterada, conferindo a este uma interação reduzida com o aparelho.
Exemplo de uma TV sem box
Não Linearidade
Por sua vez, a não linearidade em multimédia corresponde a quando o utilizador não está limitado a receber as informações, tendo a possibilidade de fazer o que entender com o conteúdo multimédia ao qual está a aceder.
Tal como a linearidade, apresenta vantagens e desvantagens, das quais:
o facto do utilizador poder interagir com o computador é uma vantagem da não linearidade, pois facilita a sua aprendizagem;
já uma desvantagem é que pode tornar-se confuso para o utilizador interagir num ambiente assim, correndo o risco de ficar "perdido" no sistema, visto que aqui já pode escolher os caminhos que pretende seguir entre aqueles que lhe são apresentados.
Ao contrário da linearidade, um exemplo da não linearidade é quando um telespectador assiste um programa numa televisão com “box”, tendo muito mais liberdade em tomar decisões sobre aquilo que pretende fazer com o aparelho, podendo ver o episódio do dia anterior, gravar um filme, ver o que vai dar no dia a seguir a uma determinada hora, etc.
Exemplo de uma box