A taxa de desemprego ficou em 13,1%, a maior registrada desde o começo de maio, quando era de 10,5%.

Desemprego diante da nova pandemia de coronavírus

Pela primeira vez na história, o nível de ocupação no emprego entre março e abril ficou abaixo de 50%, ou seja, mais pessoas estavam sem trabalho do que trabalhando em todo o País, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Covid) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela nota técnica da Rede de Pesquisa Solidária sobre o efeito da pandemia de covid-19 no emprego e renda dos brasileiros. O levantamento detectou que 75% da queda das horas trabalhadas no Brasil se devem à suspensão de contratos e à redução da jornada. Os outros 25% decorrem da inatividade.

A noção de “desemprego” supõe que as pessoas estejam ativamente procurando emprego. Ocorre que as políticas de distanciamento social, necessárias à contenção da propagação do coronavírus, reduziram drasticamente as possibilidades de procura – tanto pela inviabilidade de fazê-lo presencialmente, quanto pela indisponibilidade de oferta nas localidades, em função do baixo desempenho das empresas. Pessoas que, em outro contexto, seriam demandantes de emprego, são forçosamente classificados como “economicamente inativos”, dado que a taxa de desemprego aberto contabiliza apenas pessoas que abertamente procuram inserção.

O desemprego diante da pandemia do novo coronavírus fez a taxa de desemprego atingir o maior percentual em dois meses. É o que aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, 12.428 milhões de pessoas estavam desempregadas na quarta semana de junho, 675 mil a mais que na semana anterior. Já na comparação com a primeira semana de maio, o contingente de desempregados no país aumentou em cerca de 2,6 milhões de pessoas - uma alta de 26% no período em sete semanas.

(Gustavo Albuquerque 2°A)

Periferia não parou!

Segundo o Boletim da Rede Pesquisa Solidária, o desemprego, a redução salarial e a ausência de renda são apontadas como o segundo efeito da pandemia nas periferias, sendo que em primeiro lugar está a fome. A maior parte dos trabalhadores autônomos e informais (faxineiras, cuidadoras, profissionais de manutenção e construção civil, entre outros) que foram dispensados sem garantia de remuneração ou retomada das atividades, está concentrada na periferia, o que, consequentemente, contribui com o agravamento dos impactos econômicos nas famílias mais pobres.

Neste cenário, o Auxílio Emergencial, criado para ajudar as famílias que precisassem de suporte econômico, acabou não funcionando como esperado. Até o final de maio, foram registrados mais de 107 milhões de pedidos, mas apenas 57 milhões de pagamentos. São muitos os problemas com o sistema, como o atraso no recebimento, filas para receber, dificuldade para cadastro e desconsideração das pessoas em situação de rua. Além disso, cerca de um terço das classes A e B pediram auxílio burlando o cadastro, sendo que, destes, 69% foram aprovados. Desta forma, o auxílio, que já não possui um valor muito alto, não está atendendo a quem realmente precisa.

Já os entregadores, que são, em sua maioria, jovens negros das periferias, têm se destacado em razão de sua recente mobilização contra a precariedade do trabalho. Um relatório técnico da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir) aponta que os entregadores estão trabalhando mais e recebendo menos nesse período: 77,4% dos entrevistados estão realizando trabalho “ininterrupto”; 52% trabalham sete dias na semana e 25,4% trabalham seis dias semanais; 89,7% tiveram uma redução salarial ou mantiveram a mesma durante a pandemia, e apenas 10,3% obtiveram aumento. Por estarem mais expostos, os entregadores estão mais vulneráveis ao novo coronavírus, o que torna toda a situação ainda mais injusta.

Outro problema é o home office, que para as classes média e alta foi muito mais fácil de ser adaptado. Após a decretação da quarentena em meados de março, os serviços não essenciais foram fechados, o que deixou muitos com a única opção de trabalhar, estudar e se entreter dentro de casa, através, principalmente, da internet. Porém, nas periferias da capital e de municípios da Grande São Paulo, enviar e-mails, participar de vídeo chamadas, estudar e assistir a filmes em plataformas digitais acaba esbarrando em um grande problema técnico: a falta de conexão com a internet. Ao mesmo tempo, o espaço acaba sendo uma barreira em relação à privacidade e foco na condução de um bom trabalho.

Assim sendo, é provável que em pouco tempo presenciaremos uma explosão de contradições sociais e econômicas. A destruição dos direitos trabalhistas e do mercado de trabalho brasileiro, a insuficiência das medidas de manutenção de empregos, o baixo valor e o pouco tempo de vigência do auxílio emergencial, os problemas relacionados as situações que o confinamento gera e o estado de calamidade está conduzindo o povo brasileiro ao seu limite. Para boa parte da população, ficar em casa não foi e não será uma opção.

( Amanda Nogueira 2°A)


Comércios, turismo e estabelecimentos

Diante da imobilidade imposta por medidas de isolamento social, uma atividade cuja existência depende, elementarmente, da mobilidade humana encontra-se profundamente afetada, tal como têm amplamente noticiado organismos ligados ao setor, estudiosos e imprensa em geral. Embora, os impactos da pandemia de covid-19 sobre o setor de turismo sejam evidentes, sua compreensão demanda uma análise multi e transescalar, assim como a consideração de aspectos de natureza qualitativa, que levem em conta, por exemplo, as atividades que são características do setor, os diferentes segmentos, a origem dos fluxos, entre outros aspectos.

No Brasil, o turismo deve levar um ano para se recuperar após a pandemia, de acordo com o estudo da FGV Projetos, o país terá queda de 38,9% na atividade em 2020 e o PIB do setor será de R$ 165,5 bilhões.

Com isso o futuro do turismo, é esperado que, ao menos nos primeiros meses que se seguirem à decretação do final da pandemia, as pessoas mantenham algum receio de, por exemplo, realizar viagens por transporte coletivo, hospedar-se em estabelecimentos comerciais como hotéis, pousadas, hostels e mesmo visitar atrativos muito procurados e, consequentemente, sujeitos a aglomerações.

No Brasil, os principais polos emissores de turistas encontram-se nas regiões Sul e Sudeste, o que poderia beneficiar destinos turísticos já consolidados ou outros emergentes localizados nessas regiões. Enquanto isso, capitais nordestinas, muito dependentes de fluxos do Centro-Sul, sofreriam mais e por mais tempo os efeitos da crise no setor. Contudo, alguns segmentos possivelmente terão uma recuperação mais rápida em relação a outros, como é o caso das viagens corporativas ou o chamado turismo de negócios. Talvez o turismo religioso possa igualmente recuperar-se mais rapidamente em relação, por exemplo, ao segmento de eventos, sejam esses corporativos, culturais, esportivos ou outros, dadas as restrições possivelmente estendidas no tempo à realização de encontros concentradores de massas de pessoas.

(Giovanna Ramos 2°A)

No cenário já citado anteriormente, outras áreas que foram afetadas pelas medidas de distanciamento social foram os comércios e restaurantes. No estado de São Paulo, o governador João Doria decretou a quarentena para todos os serviços não essenciais a partir de 24 de março e teve sua duração até 6 de julho, data na qual os estabelecimentos estavam liberados para serem abertos desde que cumprissem as normas propostas pelo governo. Mesmo com a liberção parcial do comércio, muitos proprietários optaram por não abrir os seus negócios.

É inevitavel dizer que essa medida de isolamento tenha impactado o cenário econômico, ainda mais em um cenário global. De acordo com o levantamento da Secretaria da Fazenda, 27% do PIB foi afetado pelos efeitos da quarentena e houve uma queda de 19% na arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) quando comparadas a arrecadação realizada em abril do ano passado e no mesmo período deste ano.

O prejuízo para esses estabelecimentos comerciais foi marcante, isso porque, para a maioria desses estabelecimentos, o faturamento diário é fundamental para pagar as diversas despesas como a manuntenção do local, pagamento de impostos, compra de produtos e o aluguel do ponto comercial. Isso serve tanto para as grandes empresas quanto para as microempresas.

Nesse contexto, existem iniciativas governamentais para minimizar o impacto econômico, como a Medida Provisória, que auxilia empresas a tomarem medidas para reduzir o custo com funcionários, resultando com a redução de salários e jornada de trabalho. A renegociação de dívida e o prolongamento dos pagamentos de impostos são algumas das outras alternativas que auxiliam os estabelecimentos a passarem por essa situação complicada.

A solidariedade é de suma importância nesse cenário econômico, já que, com a colaboração da população, é possível reduzir o impacto nos pequenos negócios. Existem várias campanhas voltadas a apoiar os comércios de bairro, bares e restaurantes. Uma delas é a campanha feita pelo site "No bairro tem", que destaca mais de mil pequenos negócios na região metropolitana de Recife. O cadastro é feito pelos próprios estabelecimentos e dessa forma podem ser encontrados por moradores daquela região. O projeto foi criado e realizado por professores e alunos do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco.

(Erik Hsu 2° A)

TRABALHO NA QUARENTENA

Com esse novo cenário da Pandemia, muitas empresas e microempreendedores , adotaram o novo modelo de trabalho, o Home Office. De acordo com estudos feitos por um professor da FGV , André Miceli, esta nova forma de trabalho pode crescer em torno de 30%, após a estabilização dos casos de coronavírus.

A parir de dados estabelecidos pela Agenda Brasil, cerca de 46% das empresas adotaram este novo método de trabalho. Porém com tantas modificações, muitos aspectos teriam que ser revisados, como os de ansiedade, depressão, transtornos , mas em geral a saúde mental afetada,se não tem a devida organização, alimentação, hábitos saudáveis e até mesmo um tempo para descanso.

Trabalhar em casa, apesar da sensação de liberdade e de comando da própria vida, esconde algumas armadilhas e que se não forem percebidas, e adequadamente gerenciadas, ocasionarão prejuízos.

Alguns aspectos devem ser levados em conta quando falamos de trabalho em casa, como:

  • Montar uma rotina.

  • Evitar trabalhar em seu local de descanso ( como o quarto).

  • Evitar ambientes que tragam muitas distrações ( como barulho de televisão, pessoas falando muito alto).

  • Fazer pausas para descansar (tomar um lanche ,levantar um pouco).

  • Utilizar uma cadeira confortável, trabalhar em um local iluminado e arejado .

É preciso compreender que mudar hábitos é sempre um desafio para o ser humano, mas, se atribuirmos um novo sentido à realidade, olhando-a por uma nova perspectiva, trará muitos benefícios. O ambiente de trabalho sempre foi descrito como a nossa segunda casa, por passarmos boa parte do tempo nele e agora, com o trabalho remoto, é a oportunidade de invertermos esta situação.

(Julia Garcia 2°B)

Com essa repentina mudança na forma de trabalho da populção brasileira, e também mundial, diversos estudos já apontam que existe uma grande possível tendência de permanência do trabalho em casa. A Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) apresentou no mês passado os resultados de uma pesquisa que comprova essa crescente no apoio ao chamdo home office. Dos 1566 trabalhadores entrevistados, 70% disseram que gostariam de continuar trabalhando com este novo modelo, pois alegam um impacto positivo em seu desempenho.

O diretor do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho alega que o home office é uma tendência que deve aumentar muito, além do fator de os trabalhadores estarem confortáveis e satisfeitos com suas performances, as empresas perceberam que com este modelo de trabalho, os gastos cairam absurdamente, tendo em vista que não será mais necessário ter despensas como locação, transporte e alimentação.

(Enzo Soto Mosconi 2ºA)

Aprenda o que é Home Office

Lugares mais afetados pela pandemia.

Desde dezembro, o novo coronavírus matou pelo menos 343.211 pessoas em todo o mundo, desde o início da epidemia, 5.362.160 casos de doenças infecciosas foram registrados em 196 países ou regiões.

Os países com o maior número de mortes são o Brasil (965), os Estados Unidos (951) e o México (190). Nos Estados Unidos, o primeiro número de mortes relacionadas ao coronavírus atingiu 97.430 no início de fevereiro. O país registrou 1.633.076 casos de doenças infecciosas e as autoridades acreditam que 361.239 pessoas foram curadas. Depois dos Estados Unidos, o país mais afetado é o Reino Unido, com 36.793 óbitos e 259.559 óbitos; Itália, com 32.785 óbitos (229.858), Espanha, com 28.752 óbitos (235.772), França, com 28.367 óbitos (182.584) . Entre os países mais afetados, a Bélgica tem a maior taxa de mortalidade, com 80 mortes por 100.000 pessoas, seguida pela Espanha (61), Itália (54), Reino Unido (54) e França (43).

Depois que o balanço de dados foi feito a partir de dados de autoridades nacionais compilados por escritórios da AFP e com informações da Organização Mundial da Saúde, podemos notar , (OMS) 173.915 (2.021.900) mortos na Europa, 103.889 (1.717.158) nos Estados Unidos e Canadá, 39.166 (720.260) na América Latina e no Caribe, 13.992 (441.447) na Ásia, 8.805 (343.372) no Oriente Médio, 3.314 (109.562) na África e 130 (8.466) na Oceania.

(Luiz Felipe 2ºB)