Grupo 07-Catarina
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Desemprego da pandemia

Quase 5 milhões de pessoas deixaram de trabalhar nos últimos meses, segundo o IBGE . Um aumento de 12,6% entre fevereiro e abril .

O desemprego atingiu 12,8 milhões de brasileiros entre fevereiro e abril, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quinta-feira (28). Os números são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro, houve um aumento de quase 900 mil no número de pessoas desocupadas no país. Mas esse número não mostra que houve uma redução de quase 5 milhões nos postos de trabalho no Brasil entre o trimestre encerrado em janeiro e o encerrado em abril – essa diferença indica que muitas pessoas deixaram a força de trabalho, seja porque desistiram de procurar emprego ou por outros motivos.

  • Beatriz Lacorte, 2ºA


Informalidade & COVID-19

O último levantamento trimestral do desemprego liberado pelo IBGE no dia 27 de julho, revelou que a pandemia do COVID-19 é a responsável pelo maior número de trabalhadores informais desde 2016. O levantamento revelou que cerca de 39 milhões de brasileiros trabalham sem direitos, CNPJ ou carteira assinada , número correspondente a 41,4 % dos brasileiros que se consideram ocupados atualmente.

O setor informal foi o mais afetado com a paralisação total que o COVID-19 causou , já que a circulação de pessoas nas ruas era o principal meio de vendas do setor, deixando os trabalhadores informais sem sua única fonte de renda e enfrentando grandes dificuldades financeiras, o que aumentou a quantidade de brasileiros na linha da pobreza em 20%.

Sem outra alternativa de renda, os trabalhadores do setor se viram sem opção além de quebrar o isolamento e ir às ruas trabalhar, colocando não só a sua saúde em risco mas também a de sua família. Com isso, a volta a informalidade foi responsável por um aumento de 10% no número de casos da doença , segundo o último levantamento da Fiocruz.

  • Ana Laura, 2ºB

Mudanças que a pandemia ocasionou no trabalho

A palavra trabalho provém do latim “tribalium” o qual, dentre outras funções, era um instrumento de tortura que os romanos usavam nos réus ou condenados. Em razão disso, o trabalho sempre foi visto como um castigo para os milhares de funcionários, mas também era uma forma de lucrar no sistema capitalista.

Karl Marx (um sociólogo, filósofo, historiador, economista, jornalista e revolucionário socialista) definiu esse sistema de trabalho como uma troca de interesse em que os funcionários,nomeados como proletariados, vendem sua força de trabalho para os donos de produção, nomeados como burgueses, em troca de uma quantia do lucro. Todavia, essa quantia ao ser comparada com o lucro é extremamente baixa,visto que os trabalhadores como produtores do serviço e/ou produto deveriam ganhar mais que o atual salário. Marx definiu isso como mais-valia em que o proletariado é explorado pois enquanto ele produz, quem contém a maior quantia de dinheiro são os burgueses

No entanto durante a pandemia por conta do COVID-19, o olhar sobre o trabalho em si e sobre a forma como as pessoas se relacionam com esse trabalho mudaram muito. Empresas optaram pelo home office e para muitas pessoas essa nova forma de trabalho que já foi distante se transformou em seu dia a dia, já para outros, o desemprego em uma época tão difícil se tornou realidade. Por conta de diversas mudanças na realidade de muitas pessoas de forma repentina, diversas famílias foram obrigadas a se adaptar a isso, porém muitas não conseguiram se adaptar.

É perceptível que o isolamento social e o trabalho dentro de casa têm trazido prejuízos rápidos a muitos, como por exemplo desgastes físicos e mentais que podem afetar diretamente à saúde dessas pessoas. Para as pessoas que nunca trabalharam em casa essa pandemia trouxe muitos desafios como ter que unir as coisas que elas já faziam em casa e a área profissional em si, mas junto com essas dificuldades, o que foi sentido por toda a população durante esse isolamento social foi a perda do coletivo e da interação com pessoas.

O desemprego durante essa pandemia se agravou e a quantidade de pessoas com um cargo ficou abaixo de 50% na população brasileira. O home office trouxe consigo uma exigência ainda maior para a ocupação de vagas de trabalho, e como para muitas empresas o trabalho em casa ficará de forma definitiva, a melhora no desemprego pós pandemia pode se tornar um objetivo muito distante.

  • Catarina Hidalgo Luz, 2ºA

  • Nara Corrêa, 2ºB

Volta ao trabalho na pandemia

Com os processos de reabertura do comércio e volta das atividades no Distrito Federal é importante que trabalhadores sintomáticos ou que tiveram contato com algum caso da Covid-19 permaneçam isolados nesse período. Para ajudar com orientações, os profissionais da Unidade Básica de Saúde 12 de Planaltina elaboraram o “Documento Orientador para Empresas – Retorno ao Trabalho”, com informações sobre como deve ser a volta desses trabalhadores às atividades.

A OIT propõe que, antes do retorno ao trabalho, cada local seja avaliado para que medidas preventivas sejam implementadas para garantir a segurança e a saúde de todos os trabalhadores. Será necessária uma combinação de medidas de controle técnico e organizacional para evitar o contágio das pessoas que retornarem ao ambiente de trabalho.

Para quem retorna aos locais de trabalho, deve-se priorizar opções que substituam situações perigosas por menos perigosas, como substituir reuniões presenciais por virtuais.

Quando isso não for possível, será necessária uma combinação de medidas de controle técnico e organizacional para evitar o contágio. As medidas específicas a serem aplicadas dependem de cada local de trabalho, mas podem consistir na instalação de barreiras físicas, como vitrines de plástico transparente, melhoria da ventilação ou adoção de horários flexíveis de trabalho, além de práticas de limpeza e higiene.

  • Maria Fernanda 2ºB

Reabertura comercial : ponto de vista do trabalhador

Em São Paulo, as pessoas estão retornando aos seus trabalhos gradativamente. O comércio pode ficar aberto 6 horas por dia, com medidas restritivas, como o uso obrigatório de máscaras, e não deixar ocorrer aglomeração exagerada nas lojas. Em consultórios médicos e odontológicos, os pacientes só podem ser atendidos com uma longa distância de horário entre eles, para ser possível a realização de uma forte higienização no consultório e também para evitar a aglomeração de pacientes. A dentista Isabela de Oliveira, contou que no início da pandemia ela só atendia em casos de emergência, mas nos últimos dois meses seu trabalho voltou ao normal, com todas as medidas restritivas, e todos os cuidados com a higienização do consultório, porém as chances de contaminação ainda são altas, porque ela trabalha diretamente no local do corpo do paciente onde a transmissão do vírus é imediata. Disse também que as longas horas de trabalho estão mais exaustivas, por conta de toda essa preocupação com a saúde do paciente e dela mesma.

Os shoppings da capital paulista voltaram ao seu funcionamento, porém com medidas restritivas, como a entrada liberada para apenas 40% de sua capacidade, seis horas de funcionamento, uso de máscaras, medição da temperatura de todas as pessoas ao entrem no shopping, e álcool gel espalhado por todos os corredores. O funcionamento imediato dos shoppings se deu por conta da economia brasileira que estava cada vez mais em declínio, por tanto coloca a vida de muitos funcionários em risco, porque eles têm contato com centenas de pessoas diariamente, e também muitos utilizam do transporte público para se locomover ao trabalho, aumentando as chances de contaminação.

  • Giovanna de Deus, 2ºA