Monstrinha vai à escola

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No dia 15/03, a nossa turma foi ao auditório para assistir ao festival "Mostrinha". Apesar de não ter compreendido completamente todas as apresentações, muitas delas me cativaram, pois mesmo em vídeos que pareciam simples e por vezes difíceis de entender, havia sempre mensagens profundas por trás. A que mais me impactou foi o vídeo onde uma menina jovem parecia estar com bastante saudade de alguém que, a meu ver, a havia magoado profundamente. Sua mente estava em turbulência, refletida no caos de seu quarto. Na minha interpretação, quando ela percebeu estar grávida e se lançou da sacada, foi o momento em que matou sua criança interior e afastou a confusão em sua mente. Foi o instante em que se libertou de tudo que a aprisionava, tornando-se uma mulher preparada para enfrentar sua própria vida e carreira. A transformação da personagem, da confusão à libertação, é inspiradora e acho que nos faz pensar sobre o autodescobrimento e da superação.

Letícia Pereira

A curta-metragem que eu mais gostei foi a da morte do cão, pois os animais fazem nos companhia. Eu acho que nos fazem companhia quando estamos tristes, chateados ou aborrecidos. Eu também acho que a curta-metragem me fez pensar que devíamos passar mais tempo com as pessoas que mais gostamos.

Henrique Pereira

Normalmente, quando eu vou ao cinema de São Jorge, é para ver um festival de cinema como o da Monstrinha. Sempre adorei o conceito, de ver várias curtas metragens e selecionar a minha preferida no fim. Também gostava de discutir a sua mensagem com as pessoas que estavam a vê-las comigo. (...) Os assuntos retratados nas animações, foram por vezes leves, como, por exemplo, a curta dos pássaros, sobre uma situação amorosa. Noutros, estes foram mais pesados, como a curta acerca da extração abundante de bens naturais não renováveis, usando o exemplo de uma ilha. Nalguns, o assunto era mais puxado para o sentido cómico, como a animação da massa, que fez uma correlação entre alguns ingredientes importantes da cozinha italiana, e o filme “The Godfather”.

A minha curta preferida está entre os exemplos que dei, nomeadamente, o da massa. Esta curta seria uma que poderia encontrar na Monstrinha, pois não tem um tema muito adulto, e porcausa do seu sentido cómico.Gostei da sua semelhança com um filme supostamente violento, mas de uma maneira infantil e ridícula. Também porque eu gostomuito de massa, e gosto de prepará-la da mesma maneira em que “torturaram” o esparguete. (...)

Em suma, gostei muito desta sessão, e mesmo com as dificuldades técnicas, foi muito divertida.

Leonor Brabander

No dia 15 de Março, as turmas do 9º ano da escola Rainha Dona Leonor foram ver o festival “Monstrinha” no auditório da própria escola. O festival é de curtas metragens de animação, e todas elas relacionadas com um tema do quotidiano.

A curta que mais gostei, foi a “Dede is dead”, que conta a história de um cão e os seus donos, que repetiam sempre a mesma rotina. Levá-lo à rua, dar-lhe comida e carinho. Até um dia, quando aparece um gato no quintal da casa dos seus donos, e a rotina ter mudado. Tentavam sempre equilibrar a atenção e os cuidados entre os dois animais. Mas infelizmente, chega o diaem que o cão falece, e os donos apercebem-se que mesmo tendo o gato como outro animal de estimação, nada iria substituir o cão que eles primeiro tiveram.

A animação foi inspirada numa história verídica, e é dedicada a todos os donos que estão de luto pelos animais de estimação falecidos. Luto é um tema que não é muito abordado, especialmente com animais, mas é um tema bastante importante e sensível.

Adriana Gouveia

O festival de animação Monstrinha, para crianças e jovens, apresentou uma seleção de curtas-metragens no auditório da escola que abordava temas típicos da adolescência, como a autodescoberta, os problemas de confiança e o luto.

A curta de animação com a qual mais me identifiquei foi a primeira da sessão “Ilha”, de Michael Faust, que contava de forma resumida a história de um povo que assistiu à chegada dos europeus, que os recebeu, que por eles foi explorado e que os vi a abandonar a sua ilha, levando todos os seus recursos naturais e deixando-os na miséria.

Eu acho que este pequeno filme relaciona-se com o tema “A missão civilizadora dos europeus”, porque conta uma versão mais moderna do problema e da desculpa que os europeus dão de, sobre o pretexto de passar a sua cultura, explorar os povos menos desenvolvidos.

Também achei interessante o facto de a curta acabar da mesma maneira que começa, o que nos alerta para que esta situações são cíclicas e podem sempre voltar a acontecer.

Em geral gostei muito da sessão embora as condições técnicas não tenham sido as melhores.

Sebastião Graça

A curta metragem que eu mais gostei do Festival Monstrinha de 2024 - Geração M foi a curta metragem da jovem italiana que descobriu que estava grávida. Gostei desta curta-metragem porque aborda uma das preocupações das adolescentes de hoje em dia, a gravidez indesejada. Perante a gravidez a mãe deu-lhe todo o apoio, o que deveria acontecer sempre na vida real. Na minha opinião quando um adolescente comete um erro a família deve sempre apoiar, já que é quando surgem problemas que o apoio é mais importante. Esta curta-metragem também é útil para os jovens que não têm este tipo de preocupações, porque os desperta para o problema e ajuda-os a mostrar empatia por quem esteja a passar por este tipo de situação. O apoio dos amigos também será fundamental.

André Josefino

A minha curta metragem preferida foi a que tinha dois passarinhos. Um deles tinha uma flor pendurada no bico e andava aos saltos para a frente e para trás. O outro era uma fêmea e estava longe à espera que o outro chegasse.

Foi a minha curta metragem favorita pois, na minha opinião, mostra que, se uma pessoa demorar demasiado tempo a chegar ao seu objetivo, pode já não conseguir obtê-lo. Foi o que foi mostrado no filme, como o passarinho demorou muito e andava para trás, não conseguiu chegar ao seu objetivo, que era falar com a fêmea.

Apesar de ter sido a minha parte preferida, não concordo totalmente com a mensagem pois, às vezes, precisamos de levar tempo para fazer as coisas bem. Achei bastante realista quando o passarinho andava para trás ou não saía do lugar. A meu ver, representa os obstáculos que temos a fazer as coisas e que nem sempre podemos andar para a frente. Às vezes é melhor dar uns passos atrás antes.

Francisco Magalhães

Apresentaram várias curtas-metragens, no entanto, houve uma que me chamou mais à atenção a “Dede is dead”. Esta curta-metragem fala sobre a ligação entre um dono e o seu cão, de como a nossa vida é e como de repente deixa de ser, no momento em que o nosso melhor amigo de quatro patas morre, e de toda a tristeza que nos atinge.

Eu gostei desta curta-metragem porque identifico-me com ela, tenho uma cadela e nem imagino o que seria perdê-la, e demonstra como estes pequenos seres têm um grande impacto na nossa vida.

Patrícia Sequeira

Todas as curtas-metragens tinham um significado e uma moralidade por trás, umas melhores que as outras mas no geral eram todas muito boas e deixavam-nos a pensar.

A curta-metragem que mais me chamou atenção foi “Kolaj”. “Kolaj” é uma curta-metragem que acompanha uma jovem que dá um passeio no seu bairro. Ao tornar-se uma jovem mulher, o mundo começa a parecer mais complicado. Linhas que ela nunca notou antes começaram a tornar-se visíveis nos rostos das outras pessoas. Enquanto tenta ver as vidas ocultas entre os traços faciais dos seus vizinhos, o seu próprio rosto luta para ignorar uma linha indesejada da sua infância.

Pode haver várias interpretações para o significado desta curta-metragem mas o que eu acho que a curta-metragem quer dizer é que todos nós temos uma máscara, ou seja, pomos uma máscara para esconder a nossa história, o nosso passado, os nossos sentimentos… por está razão “Kolaj” foi a minha curta-metragem favorita porque faz nos pensar se nós usamos máscaras (identidades falsas) ou se somos nós próprios no dia a dia.

Carolina Nunes

A minha curta favorita foi a que tinha o jovem e o cão. Apesar de eu não ter gostado do jovem ter "batido" no gato, este foi o meu preferido. Gostei desta curta pois tinha animais e eu adoro-os, e também porque eu tenho um cão e não me imagino sem ele, e para eles (os animais), nós donos somos os melhores amigos deles. (...) Nós humanos não pensamos que os animais têm sentimentos, e acabamos por esquecer de dar atenção a eles. Foi por isso que gostei e porque mostrou que só se dá valor depois de perder alguém principalmente animais. E cada vez que vejo um cão na rua dou-lhe carinho quando eles querem pois também merecem a nossa atenção. Se eu pudesse teria uma quinta cheio de animais e iria cuidar muito bem deles.

Madalena Rodrigues

A curta-metragem “Cogumelo” foi apresentada hoje na sessão “Geração M” do Festival Monstrinha e foi a minha preferida. 

Esta curta conta-nos a história de uma menina que começa a perceber as semelhanças entre os cogumelos redondos que ela planta e a reação que tem quando recebe críticas das suas particularidades femininas vindas da sociedade ou até mesmo dos seus fantasmas interiores. Desde dizerem que ela tem bochechas gordas, de lhe dizerem que come muito, que está com muitas borbulhas ou até da própria roupa não lhe servir e isto são tudo coisas que a transformam num cogumelo. Ou seja, os cogumelos representam uma espécie de elementos que nos tornamos e onde nos escondemos quando estamos mal e embaraçados mas fingimos que está tudo bem, para agradar os outros. 

Achei bastante interessante o facto de serem mostradas as várias situações que fazem com que nos transformemos em cogumelos, comprovando que todos temos esses momentos mas por diferentes razões. Considero que esta história chamou as pessoas à atenção devido ao que dizem aos outros e como os fazem sentir. Mas acima de tudo questionei-me se um dia conseguimos perdoar-nos a nós próprios por nos termos escondido, envergonhado e mudado quem somos, devido às coisas que são tão julgadas pela sociedade ou às vezes até por nós próprios.

Em suma, uma curta-metragem com uma grande mensagem!

Maria Rebeca

Uma das minhas curtas favoritas foi a “Duas batidas”, que conta a história da personagem Matilde. Podemos ver que ela era uma pessoa profunda que mergulhava nos seus próprios pensamentos e os refletia através da arte pintando quadros. Ao longo da curta metragem,  Matilde passa bastante tempo no seu quarto, que é caracterizado como o seu ponto de refúgio, e  tem hábitos pouco saudáveis. No decorrer da história, ela tem várias alucinações e acaba por descobrir que está grávida. A minha parte favorita é quando ela “tira a sua própria vida” mas na verdade é uma metáfora de como ela matou o seu “eu” jovem e imaturo e renasceu como uma mulher, pois agora seria mãe. 

Mathilde Brito

O festival de animação: “Monstrinha”, apresentado regularmente pela escola Rainha D. Leonor, conta com uma série de curta-metragens, executadas por cineastas e ilustradores de diversas nacionalidades. O conteúdo dos filmes diverge, dependendo da idade do público alvo, mas pretende sempre transmitir uma moralidade ou um assunto sobre o qual se pode refletir.


A minha animação favorita era, aparentemente, sobre rostos e feições. Com o monólogo da personagem principal, aprendemos que, os integrantes daquele universo, têm a capacidade de alterar a aparência do seu rosto, maioritariamente de forma involuntária, através de vivências, ou por influência daqueles que os rodeiam. Ao caminhar pela sua rua, a personagem apresenta-nos os seus vizinhos, contando as peculiaridades que envolvem as feições de cada um, como a de uma senhora que tinha há muito a mesma expressão, ou a de um rapaz que escondia o seu verdadeiro feitio e adotava o de quem com ele estava. Ao perceberem que estão a ser observados, cada um se esconde por detrás da sua janela. A ação acaba com outra personagem a relatar a pretensão da protagonista de ter um rosto único, esta esconde-se também dos olhos alheios. No entanto, ficamos a saber que ela tem presente traços, dos quais se envergonha, de pessoas desaparecidas da sua vida, mas que ainda têm um forte efeito sobre ela. 


Ao utilizar algo tão visível como um rosto, este filme retrata, de forma inteligente, a personalidade e a individualidade humana, as mudanças que podem ter e as dificuldades passadas ao tentar encontrar a uma verdadeira identidade.

Madalena Rei

Hoje participamos da visualização de curta-metragens no âmbito do Festival da Monstrinha. Este festival de animação está dividido em diferentes sessões consoante a idade e a sessão a que assistimos - Geração M - aborda temas como a perda e o autodesenvolvimento. 


Dos vídeos observados, o que eu mais gostei foi a curta de animação ‘Kolaj’, a animação seguia - o que presumo ser ser - uma jovem adulta no mundo onde as caras são “desenhadas”. Na minha percepção, as caras transmitem a alma dos personagens, demonstrando, para além dos seus sentimentos, as suas relações com outras pessoas, histórias, vontades e sonhos, sendo, de certa forma uma janela para a sua vida. 


Um pormenor que achei interessante foi como a personagem principal condenava os outros por quererem esconder-se do mundo à sua volta, mas, ao mudar de perspectiva para outra rapariga que andava na rua, a jovem fez o mesmo que tanto desencorajava.

Leonor Tavares

No dia 15 de Março, a nossa turma foi convidada ao auditório da escola, para assistir ao festival de curtas-metragens: Monstrinha. Este ano, assistimos às curtas-metragens da “Geração M”, destinadas a jovens dos quinze aos dezoito anos.

Entre os meus favoritos, estiveram dois: “Dede is dead” e “Mushroom”. “Dede is dead” fala do laço de um rapaz e a sua cadela. Infelizmente, Dede falece nos braços da mãe do seu dono, durante a noite. O rapaz fica desolado, desamparado, e o seu único conforto foi Finn, o seu gato.

Em 2020, perdi a minha gata, Mimi. Vivia com ela desde que nasci, por isso acho que o que mais me atingiu foi o choque. De um segundo para o outro, já não a tinha. Demorei a perceber que nunca mais voltaria a apanhar sol na janela, ou a brincar com caricas e a ronronar.

“Dede is dead” tocou-me bastante o coração por já ter estado numa situação semelhante.

O outro filme, “Mushroom”, tem uma mensagem mais positiva. Fala sobre uma rapariga insegura: baixa, rechonchuda e tímida que se compara com o pequeno cogumelo que crescia uma e outra vez no vaso de lindas flores que tinha na sua varanda, mesmo que o arranca-se.

No entanto, depressa se apercebe que qualquer um pode ser um “cogumelo”, pois há sempre algo que nos fará sentir inseguros ou inadaptados. Assim, não valia a pena continuar a arrancar o cogumelo. Agora, ela até gosta dele, pois percebe que a beleza vem de mais formas do que a convencional e definida pelos padrões de uma sociedade materialista onde o aspecto é, muitas vezes, levado mais a sério do que a pessoa em si.

Mafalda Carvalho