O que acontece quando uma pessoa precisa de ajuda psicoterapêutica, porém, não a procura?

Quando uma pessoa precisa de ajuda psicoterapêutica, mas opta por não procurá-la, podem ocorrer consequências, algumas das quais são negativas ao bem-estar emocional e mental.

Precisar de psicoterapia e não procurar, de alguma maneira resulta no agravamento dos sintomas, mesmo porque, os problemas emocionais ou mentais podem piorar com o decorrer do tempo, tornando-se mais difíceis de lidar, levando a um maior sofrimento emocional.

Listamos alguns dos fatores que continuarão a representar um grande incomodo por conta da resistência à psicoterapia:

Descontrole emocional. Quando são percebidas emoções mais intensas nas diferentes fases da vida, diante de determinadas situações, torna-se necessário prestar atenção na intensidade e frequência dessas emoções. Vamos exemplificar: Uma pessoa que deixa de procurar apoio pode desenvolver ansiedade e ter dificuldades para tomar decisões importantes, seja por medo ou pânico. Isso ocorre porque alguns indivíduos têm uma percepção equivocada em relação a um acontecimento e passam a enxergá-lo como algo bem maior do que realmente é. Necessário, ainda, levar-se em conta o catastrofismo, ou seja, quando um desafio surge de repente, virando um tremendo pesadelo e a pessoa só consegue pensar no pior; isso é um forte sinal de que há a necessidade de ajuda profissional. Muitas vezes o medo pode ser paralisante e o indivíduo passa a evitar diversas coisas que o atormentam, como sair de casa, por exemplo.

Pensamento fixo em traumas não superados. Há eventos que marcam nossas vidas, sejam eles um relacionamento difícil, um acidente, o luto, a perda do emprego, uma separação. Tais eventos podem nos deixar traumatizados. A partir de então, caso a pessoa não consiga elaborar de forma adequada as lembranças destes eventos, há possibilidade de complicações, sendo que a procura por um psicoterapeuta é indicado.

A forma do indivíduo se relacionar pode estar difícil.  Observa-se quando são mais frequentes, por exemplo, as dificuldades em se relacionar com o seu parceiro ou a sua parceira; impaciência com os filhos; as brigas em casa e os desentendimentos no trabalho; a irritabilidade de andar em público, de estar na fila do mercado ou banco, a impaciência com os outros motoristas no trânsito e desentendimento com demais familiares.

A desmotivação é também um fator de alerta, porque quando o indivíduo perde o interesse por tudo, até mesmo das coisas que mais gosta, resultando em tristeza e desligamento das pessoas e dos acontecimentos da vida, a psicoterapia é uma medida fundamental e urgente. Importante considerar que a desmotivação pode ser um indício de depressão.

Alteração de humor. Um dia feliz e outro triste. Quando isso acontece com frequência é preciso analisar a causa. Em boa parte dos casos, o paciente é diagnosticado com algum tipo de transtorno emocional. O terapeuta poderá descobrir qual é o problema e como tratá-lo. 

Importante mencionar que, nessas situações, o acompanhamento psicoterapêutico precisa ser iniciado de imediato. As sessões ajudarão a pessoa a lidar com o problema, de modo a amenizar o seu sofrimento e dissipá-lo o mais rápido possível, a depender de cada caso. Alguns acreditam que essas dores passam facilmente, mas muitas vezes não é o que ocorre.

A procura por ajuda psicológica é indicada não só para quem tem um problema emocional grave, mas também para todos os indivíduos que buscam lidar da melhor maneira possível com as dificuldades diárias. A não procura por esta ajuda acarreta na continuidade e permanência destes problemas. Fazer uma psicoterapia é o maior e mais importante investimento que a pessoa se dá de presente, pois, o resultado é uma vida de experiências mais satisfatórias e proveitosas, a curto, médio e longo prazo!