Gestão do Conhecimento
Penso que gestão do conhecimento passa antes de qualquer coisa pela gestão de si mesmo e de pessoas com suas limitações e potencialidades, pois é na pessoa que reside o fazer, o transformar e o conhecimento. Conhecimento este que muita das vezes é só daquele indivíduo, mas ao ser exposto é uma informação a outros que a processará e se tornará em algo mais amplo e útil a sociedade que continuará processando.
Gestão do conhecimento, como já sugeri, é gestão para as pessoas e, portanto é ler, enxergar além do que está posto para poder capitar o melhor de cada um para o bem de todos, mas também pegar aquilo que a princípio é ruim e trabalha-lo para desatar, libertar aquilo que estava oculto, o seu melhor, sua habilidade. Enfim, tudo depende de como cada gestor olha sua equipe e as informações que cada elemento traz.
Ricardo França de Moura
Vejam O Circo das Mariposas. https://youtu.be/e9jc3e_Visc
Por hoje entender e me apropriar de que a construção do conhecimento não acontece só nos limites da instituição escolar, mas na troca diária existente em todos os espaços o que favorece a fixação e o entendimento do exposto de forma tradicional entre as paredes das salas de aula, que me faz apontar duas instituição com práticas de sucesso.
A APPAI é uma delas a outra é o NOPH.
Prática 1
APPAI ALÉM DA SALA DE AULA
UMA PRÁTICA DE SUCESSO
A Appai no contexto da educação continuada, que aos meus olhos é de excelência, sai do quadrado, da caixinha e proporciona a seus associados o conhecimento do entorno que não enxergavam mesmo circulando por anos na cidade, que não é atoa chamada de maravilhosa.
Falo do Passeio Cultural que leva a tantos a tocar na História, falo das corridas que favorece um encontro social formidável, que no bojo existe uma ação social nos despertando para nosso compromisso da responsabilidade social.
Se não bastasse, nas atividades internas que é sempre uma oportunidade de reflexão do ser profissional x indivíduo para uma vida com mais qualidade, a Appai favorece aos associados o acesso à cultura, ao lazer e também a uma nova formação. O mais interessante é que ela atrai parcerias para seus projetos ou apoia outras instituições.
Prática 2
NOPH ALÉM DA SALA DE AULA
UMA PRÁTICA DE SUCESSO
O NOPH com ênfase no resgate e preservação da memória de um bairro, região que outrora fora o refúgio, o lazer da família imperial, está abrigado no Palácio Princesa Isabel que foi restaurado e é tombado.
O interessante que o atual gestor não entende o espaço, a região como uma joia intocável e guardiã de um saudosismo danoso, mas como um elemento de discussão do entorno que aos olhos menos atento foi prejudicado pelos conjuntos habitacionais “dormitório” e crescimento desordenado de comunidades.
Falam os desatentos: triste fim da região onde se iniciou o Rio de Janeiro. O gestor que é historiador diz: precisamos trabalhar; conhecer melhor e valorizar nosso bairro, nossa região com as transformações “indesejáveis” que também é história, é a humanidade em movimento fruto de descaso das autoridades, fato que também é história.
O HOPH pelo ECOMUSEU de Santa Cruz desenvolve um trabalho de conscientização do alunado da região sobre o valor histórico de Santa Cruz e adjacência, despertando o interesse por melhor conhecer seu bairro e cuidar de seu patrimônio.
Penso que está fazendo aquilo que deveria ser uma prática da escola em todo o tempo. Pois, perceber a sua realidade em pauta de forma positiva na sala de aula faz toda a diferença na vida do aluno. Felizmente seguindo o bom exemplo, grupos se formaram em algumas comunidades para cobrir a lacuna/brecha deixada pela educação formal nas favelas.