ROMA ANTIGA

CÓDIGO: T104-11

A antiga cidade de Roma foi o centro de um dos maiores e mais poderosos impérios que o mundo já conheceu. O Império Romano tinha sua sede no lugar em que hoje fica a Itália. Ao conquistar mais terras e povos, sua influência se espalhou pela Europa ocidental e além dela.

Cultura romana

A Roma antiga deu muitas contribuições duradouras para a cultura mundial, mas também absorveu o conhecimento dos povos que conquistou. Por exemplo, muitas das suas ideias sobre arte foram tomadas dos gregos antigos. Muitos dos deuses cultuados pelos romanos eram divindades gregas que eles renomeavam. Mais tarde, Roma adotou o cristianismo, religião vinda do Oriente Médio.

A pintura, a escultura e outras formas de arte foram importantes para os romanos. Seus arquitetos construíram prédios enormes, como o Coliseu, fundamentais para a vida romana.

Os escritores romanos dedicaram-se à história, ao teatro e à poesia. Do latim, que era a antiga língua romana, muitos outros idiomas derivaram. Conhecidos como línguas latinas, eles compreendem o francês, o espanhol, o português, o italiano e o romeno, além de outros menos falados. Hoje em dia, o alfabeto romano é usado para escrever não só os idiomas derivados do latim, mas muitas outras línguas.

História

A monarquia

De acordo com a lenda, dois irmãos gêmeos chamados Rômulo e Remo fundaram Roma no ano 753 a.C. Pouco antes de 600 a.C., guerreiros da Etrúria, região ao norte de Roma, atacaram a cidade. Esses guerreiros, chamados etruscos, conquistaram Roma, que se desenvolveu gradualmente sob seu domínio. Mais ou menos no ano 509 a.C., os romanos forçaram o último rei etrusco a deixar a cidade. Então Roma tornou-se uma república, o que significa que o povo romano passou a eleger seu governo.

A república

Os governantes romanos mais importantes eram os cônsules. Havia dois cônsules, que eram indicados por assembleias de cidadãos adultos romanos do sexo masculino. Nos primeiros tempos, os cônsules só podiam ser escolhidos entre os patrícios (membros das famílias da classe superior).

Os membros do Senado, chamados senadores, eram também patrícios e se reuniam em um prédio público chamado Fórum. Eles davam conselhos aos cônsules e os assessoravam. Com o passar dos anos, o Senado tornou-se mais poderoso.

Naturalmente, os romanos não eram em sua maioria patrícios, mas sim plebeus — como se chamava a gente comum do povo. Os plebeus se revoltaram no ano 494 a.C. e foram adquirindo poder gradualmente. Em 367 a.C., um dos cargos de cônsul foi reservado a eles.

Roma sofreu alguns reveses à medida que expandiu seu território. Em 390 a.C., um povo do norte, os gauleses, tomou a cidade e só a deixou quando os romanos lhes deram uma grande quantidade de ouro. Outro grupo, os sâmnios, derrotou os romanos em 321 a.C. De modo geral, contudo, as conquistas romanas não podiam ser contidas. No ano 275 a.C., Roma tinha forçado os gregos a abrir mão das suas colônias na Itália.

Em 260 a.C., o último rival de Roma que ainda sobrevivia no Mediterrâneo ocidental era a cidade de Cartago, no norte da África. Durante mais de um século os romanos lutaram contra Cartago, em busca de mais poder. Foram necessárias três guerras — chamadas Guerras Púnicas — para as forças romanas destruírem totalmente essa cidade, em 146 a.C.

Roma voltou-se então para outras áreas, entre elas a Sicília, a Macedônia, a Espanha, a Grécia e a Ásia Menor (onde hoje fica a Turquia). Governantes chamados procônsules administravam a maior parte das terras conquistadas, concentrando muito poder em suas mãos. Os romanos cobravam altos tributos dos povos conquistados e escravizavam muitos deles.

O império

No ano 133 a.C., Roma entrou em um período de inquietação e guerra civil. Na Itália, em 90 a.C., alguns povos se rebelaram contra seu domínio rigoroso. De 73 a.C. a 71 a.C., Espártaco, um gladiador (lutador profissional), comandou um exército de escravos fugidos que empreendeu uma grande revolta contra Roma. Essas duas rebeliões foram sufocadas.

Enquanto isso, o Império Romano continuava a se expandir. Seu general mais bem-sucedido foi Júlio César. Ele conquistou vitórias em regiões distantes e depois subiu ao poder em Roma. Contudo, seus inimigos o assassinaram em 44 a.C., iniciando outro período de guerra civil.

A paz veio finalmente sob o comando do sobrinho-neto de Júlio César, Otaviano. No ano 30 a.C., ele derrotou seus rivais na luta pelo poder, principalmente o general romano Marco Antônio e a grande aliada deste, a rainha egípcia Cleópatra. Otaviano foi coroado primeiro imperador de Roma no ano 27 a.C., tornando-se conhecido como César Augusto, ou simplesmente Augusto.

Seguiram-se dois séculos de paz e progresso. As fronteiras do império expandiram-se até a Bretanha e a península Arábica. Os romanos construíram estradas, pontes e aquedutos por todo o seu vasto império. Também levaram suas leis para as terras conquistadas.

O imperador Tibério governou de 14 a.C. a 37 d.C., e foi durante esse período que o governo romano na Palestina condenou Jesus à morte. Alguns dos seguidores de Jesus, chamados cristãos, criaram posteriormente uma comunidade em Roma. A princípio os romanos não aceitaram a religião cristã, por isso perseguiram e mataram muitos cristãos. Mas em 312 o imperador Constantino I converteu-se ao cristianismo, que com o tempo se tornou a principal religião do Império Romano.

A queda

Nesse meio-tempo, o império estava se enfraquecendo. Constantino achava que poderia fortalecê-lo se deslocasse o centro para longe de Roma. Em 330, ele criou uma nova capital do Império Romano junto à cidade grega de Bizâncio. A capital foi batizada de Nova Roma e logo depois recebeu o nome de Constantinopla.

Após a morte do imperador Teodósio I, em 395, o Império Romano se dividiu em dois: o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla, e o Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma. Muitos grupos de povos não romanos, entre eles os vândalos e os hunos, atacaram o Império Romano do Ocidente. Um povo chegado do norte da Europa, os visigodos, atacou a cidade de Roma em 410. O último imperador ocidental caiu em 476. Com isso, o Império Romano do Ocidente acabou. O Império Romano do Oriente continuou, com o nome de Império Bizantino, até 1453.

4. COMENTÁRIO SOBRE O MATERIAL AUDIOVISUAL: Escolhemos este vídeo pois ele aproxima a realidade que era vivida no coliseu de forma muito abrangente.

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