Romaria Bom Jesus de Iguape
Anualmente, na primeira semana de agosto, a Estação Ecológica Juréia Itatins abre o antigo Caminho entre Peruíbe e Iguape para que Romeiras e aventureiros realize a romaria de Bom Jesus de Iguape. São trinta quilômetros de paisagens intocadas, história e muita fé. O local onde é celebrada a missa da romaria seria, segundo a tradição, o mesmo local onde as imagens foram encontradas. É neste ponto que também que vamos deixar a praia e seguir pela trilha do imperador. Segundo a tradição, a imagem que deu origem ao Bom Jesus de Iguape foi embarcada em Portugal em 1647. Quando chegou em Pernambuco, foi atacada por inimigos. Para que não fosse profanada, o comandante da embarcação atirou-a ao mar. Ela foi encontrada por dois índios que percorriam o trajeto de Iguape a Itanhém que a colocaram de pé virada para a direção do nascer do sol. Porém no dia seguinte a imagem estava virada para o lado oposto. Logo as notícias se espalharam e a imagem foi levada a Iguape. Surgiu assim o Bom Jesus de Iguape.
Passarela de Anchieta - Itanhaém - SP
A passarela de Anchieta é um dos pontos turísticos mais visitados em Itanhaém. Construída em madeira de Eucalipto pela Prefeitura de Itanhaém em parceria com a Prefeitura das Ilhas Canárias, da acesso a uma formação rochosa conhecida como Cama de Anchieta. Segundo a tradição, o padre utilizava essa pedra para descansar quando seguia em direção ao aldeamento de São João Batista. Não há nenhuma fonte documental com referência a passagem de Anchieta pelo local, mas a tradição local trás uma forte identidade com o Padre Jesuíta. Por isso, ao longo da passarela, o visitante se depara com uma breve biografia de José de Anchieta.
Parque Cultural Vila de São Vicente - São Vicente - SP
O Parque Cultural Vila de São Vicente foi inaugurado 2001 defronte a Igreja Matriz, no local onde possivelmente ergueu-se a Vila de São Vicente após uma forte ressaca que destruiu o primeiro vilarejo no início da colonização portuguesa no litoral brasileiro. A Vila cenográfica, no entanto, foi construída baseada nos quadros de Benedito Calixto, ou seja, em uma visão do século XIX sobre o início da colonização no Brasil. Por outro lado, valoriza o passado colonial e leva ao visitante se perguntar como se deu as relações pessoais nos primórdios da ocupação portuguesa no território brasileiro.
Bacharel de Cananeia - Cananeia - SP
Pouco se sabe sobre a história do Bacharel de Cananeia, conhecido também Cosme Fernandes Pessoa. Sabe-se que se tratava de um náufrago deixado em Cananeia para garantir a posse portuguesa da região, em razão do limite do Tratado de Tordesilhas. Anos mais tarde, Mestre Cosme instalou-se em São Vicente, provavelmente no Porto das Naus, que passou a ser um ponto de reabastecimento para as embarcações com destino às Índias. Com a chegada de Martim de Afonso de Souza e o projeto de colonização, Mestre Cosme foi obrigado a se retirar para Iguape novamente. Insatisfeito, organizou um ataque a São Vicente que ficou conhecido como Guerra de Iguape. Figuras como Mestre Cosme, ajudam a entender a mentalidade e o cotidiano das pessoas envolvidas no processo de fixação portuguesa no território indígena, aqui do litoral brasileiro.
Caminho do Rei - Praia Grande - SP
Localizado na Área de Lazer Ézio Dall'Acqua, não se sabe ao certo qual é a data de construção do Caminho do Rei, mas provavelmente foi adaptado dos antigos caminhos indígenas e serviam para interligar a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém a Vila de São Vicente e, posteriormente, a Calçada de Lorena. A primeira citação desse caminho aparece nas pesquisas de Benedito Calixto sobre a época de Martim Afonso de Souza . Anos mais tarde, ele é detalhadamente estudado no período do Governo de Lorena, o mesmo da construção da calçada pavimentada para facilitar o acesso do litoral ao planalto paulistano no final do século XVIII. A construção desse caminho, os mapas da época e os primeiros recenseamentos indicam que o Litoral Sul era habitado por uma série de sitiantes que produziam diversos gêneros alimentícios, cujo excedente era exportado para as Vilas de Santos, São Vicente e até mesmo para os sertões. As fontes mostram a importância do território onde hoje é o Município de Praia Grande, não apenas como um caminho para Conceição de Itanhaém durante o período colonial, como ficou conhecido por muito tempo, mas inserido em um processo econômico e populacional.
Arquivo Público do Estado de São Paulo - São Paulo - SP
O Arquivo Público do Estado de São Paulo possui um dos acervos mais ricos do país. Nesse local a equipe do Centro de Memória da Educação pesquisou os recenseamentos realizados no final do período colonial no território do atual município de Praia Grande, compreendendo assim, quem eram seus habitantes e as práticas culturais da cultura caiçara durante o final do período colonial.
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande - Guarujá - SP
A Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande foi erguida no contexto da União Ibérica, durante a dinastia Filipina. Foi projetada pelo arquiteto militar Geovanni Batista Antonelli, conhecido por diversas construções na América Central. Durante dois séculos, foi a principal defesa do porto de Santos, quando no final do século XIX já não era mais o suficiente para proteger a entrada do Porto de Santos. Com a nova artilharia de “alma raiada”, ou seja, canhões com muito mais potencia que passaram a ser usados no século XIX, as defesas do forte não eram mais o suficiente para a proteção de Santos. Assim surgiu a necessidade de uma nova linha de defesa na baia de Santos. Foi nesse momento que se pensou na construção das fortalezas do Itaipu e do Forte dos Andradas.
Forte São João - Bertioga - SP
O Canal da Bertioga foi um ponto estratégico durante o estabelecimento da colonização portuguesa. Isso porque era ali o ponto de divisa de território entre as nações inimigas dos Tupinambá e dos Tupiniquim. Em acordo com os Tupiniquim, Martim Afonso de Souza estabeleceu um ponto fortificado que foi facilmente destruído pelos Tupinambá. Em 1547 foi erguido o Forte São Thiago, que mais tarde viria a se chamar Forte São João. O local esteve fortemente relacionado com a Confederação dos Tamoios, pois era dali que partiam as expedições de captura de índios para o trabalho escravo nos canaviais e as expedições militares para combater as resistências Tupinambá. O Forte não era a única defesa da entrada do canal, seus canhões cruzavam fogo com o Forte São Felipe na outra margem do canal. Esse sistema de defesa chegou a ser chefiado por Hans Stadem, que acabou capturado pelos Tupinambá. Sobrevivente, narrou suas aventuras ao chegar a Europa. Localizado no município de Bertioga, oferece visitação guiada gratuitamente, contando com exposições e informações do período colonial.
Forte São Felipe e Forte São Luis - Guarujá - SP
Alguns anos após a construção do Forte São Thiago, foi erguido na outra margem do canal o Forte São Felipe em 1557. Esse forte foi completamente destruído por ação do tempo. Alguns metros adiante foi erguido o forte São Luiz em 1765 com o intuito de fortificar a entrada do canal da Bertioga. Foi nessa região onde localizava-se a residência de Hans Stadem, figura que ficou marcado por ter sido capturado pelos Tupinambá e sobreviveu, narrando as suas aventuras ao chegar a Europa. Atualmente, seu acesso é complicado, sendo recomendada a apreciação externa através das embarcações da região que oferecem passeios turísticos.