Recomendações
Recomendações relativas à comunicação em tempos de crise
Recomendações relativas à Tradução Automática
Antes de utilizar a tradução automática, recorra aos nossos flowcharts para saber se a deve utilizar ou não. Caso tenha resposta positiva, tenha os seguintes aspetos em conta:
Verifique se o texto que irá traduzir contém qualquer erro ortográfico ou gramatical. Estes erros podem alterar o contexto e significado da tradução.
Utilize frases mais curtas. Existe menos chance de ocorrer erros na tradução quando se traduz uma frase curta.
Não utilize palavras ou expressões ambíguas, complicadas ou expressões idiomáticas. Frases ambíguas ou muito complicadas podem resultar em traduções com erros, exatamente devido à ambiguidade dos termos utilizados e/ou à complexidade das frases. Já as expressões idiomáticas são muito complexas de traduzir, muitas vezes terá uma tradução literal que poderá não fazer sentido, por exemplo "estar de mala leche" (estar de mau humor), ou literalmente "estar de leite mau".
Tente ser específico. Em vez de utilizar frases como "É importante fazê-lo porque poderá melhorar", experimente explicitar e ser específico como "É importante fazer este tratamento porque poderá melhorar o seu estado de saúde".
Não utilize abreviações. As abreviaturas não são iguais em todas as línguas, por exemplo "TAC", "ECG", "US", "SNC", sendo que muitas destas podem resultar em erros por terem significados diferentes em outras línguas.
Tenha em atenção a tradução de nomes próprios, muitas vezes pode ser feita uma tradução literal do nome de alguém ou de alguma instituição ou empresa porque os sistemas nem sempre os reconhecem como nomes.
Outras recomendações relativas à comunicação multilingue em geral (oriundas do projecto Interact)
As políticas de comunicação em situações de emergência devem contemplar a necessidade de tradução e interpretação, devendo ser periodicamente avaliadas e atualizadas.
É fundamental designar um responsável específico pela política de tradução e interpretação nas organizações encarregadas da política de comunicação e sua implementação em casos de emergência.
As políticas de comunicação em situações de emergência devem ser desenvolvidas em conjunto com as comunidades multilíngues e multiculturais relevantes.
As políticas de comunicação em situações de emergência devem abranger todas as etapas de gestão de crises e desastres (mitigação, preparação, resposta e recuperação).
As políticas de comunicação em situações de emergência devem levar em conta os idiomas falados pelas comunidades afetadas (incluindo a língua gestual), o nível de literacia e a adequação cultural.
Deve-se considerar a utilização de formatos e canais alternativos para a divulgação das informações traduzidas, não se restringindo apenas aos formatos escritos ou orais tradicionais.
As políticas de comunicação em situações de emergência devem permitir uma comunicação bidirecional entre os socorristas e as comunidades afetadas.
É necessário garantir a formação dos tradutores e intérpretes profissionais e voluntários, de modo que possam desempenhar suas funções de forma eficaz durante situações de crise e desastre. Além disso, é importante oferecer formação para os utilizadores e gestores dos serviços de tradução e interpretação.
Estabelecer canais de comunicação direta entre os socorristas e as associações profissionais de tradutores e intérpretes com o objetivo de promover a colaboração.
Ao recrutar para organizações multilíngues responsáveis pela assistência ou resposta a emergências, deve-se evitar depender exclusivamente de línguas internacionais amplamente utilizadas e de traduções e interpretações improvisadas ou por conveniência.