Máquina de Choques

A experiência que eu fiz foi uma máquina de choques que não precisa nem de uma tomada nem de uma bateria para funcionar.

Material:

  • Pote e tampa isolantes;

  • Papel de alumínio;

  • Fita adesiva ou fita crepe;

  • Bola de ping pong;

  • Material condutor reto (fio de cobre, prego...);

  • Dois fios condutores;

  • Um balão.

Preparação:

  1. Revestir tanto o exterior como o interior do pote com uma tira de papel de alumínio que tem de ter por volta de dois dedos a menos da sua altura.

2. Preparar uma espécie de chupa fazendo um pequeno furo na bola com o diâmentro do condutor reto (fio de cobre) e enrolando-a com papel de alumínio.

3. Fazer um buraco na tampa do pote onde se encaixa o chupa e conectar um fio condutor que une o fio de cobre ao alumínio do interior.

4. Por fim, liga-se um fio solto ao alumínio exterior.

Mas como pomos a nossa máquina a funcionar?

Para carregar esta máquina vamos gerar eletricidade estática. A forma mais comum de o fazer é com um balão. Para este efeito tem de se esfregar repetidamente um balão no cabelo e passá-lo suavemente pela bola coberta de alumínio algumas vezes. O resultado é tanto melhor quanto mais limpo e sedoso for o cabelo e quanto mais vezes repetirmos o processo.

E então como se sente o choque?

É simples!! Após a máquina estar devidamente carregada basta colocar uma mão no alumínio e passar a outra mão pela bola e apanha-se um choque.


Mas a máquina tem outra função...

Se ao invés de passarmos a mão pela bola aproximarmos o fio exterior ao pote, o efeito não vai ser um choque mas sim um raio de eletricidade!

Vídeo da experiência

Explicação!

Ao esfregar o balão no cabelo do meu ajudante, ele ficou carregado de eletrões que foram "roubados" do seu cabelo. Na tira de alumínio de fora encontram-se as cargas do alumínio, uma positiva, uma negativa, outra positiva... ou seja, para cada carga positiva temos uma negativa, o que significa que as cargas no alumínio estão em equilíbrio. Depois, quando encostamos o balão à bola, algumas dessas cargas negativas vão ser transferidas para ela. Agora, como todo o nosso sistema interno é condutor de energia elétrica, essas cargas vão-se distribuir. Mas o que acontecerá no lado formado por duas partes de alumínio separadas pelo plástico isolante? As cargas negativas do lado de dentro vão querer expulsar as negativas do lado de fora porque como sabemos, cargas opostas atraem-se e idênticas repelem-se. Mas como é que estas cargas são expulsas? É por causa da mão do meu assistente, elas vão sair através da sua mão. Desta forma, ficamos numa situação em que temos várias cargas negativas por dentro e positivas por fora. Claro que estas cargas negativas tentam constantemente encontrar as positivas mas o pote e a tampa de plástico impedem-no. Contudo, ao aproximarmos um fio de cobre da bola, que consegue transportar a eletricidade, estas cargas negativas conseguem seguir o caminho do fio de cobre até à bola de ping pong e provocar uma descarga elétrica, uma faísca. Se usarmos a nossa mão, sentimos um choque.