Resumo: O conhecimento construído na escola deveria permitir aos alunos e às alunas o desenvolvimento da criticidade e autonomia para serem capazes de interferir construtivamente em suas comunidades. A escola, nesse sentido, pode privilegiar reflexões que levam a uma educação mais crítica, com foco em questões mais sustentáveis, por exemplo. Diante disso, esse projeto de Iniciação Científica propôs atividades a partir dos conceitos como a permacultura, tomando como referência os conhecimentos científicos escolares. Especificamente, discutiu-se o tema Bioenergética (respiração celular), fluxos de energia e decrescimento por meio de hortas cultivadas em pequenos espaços na escola - permacultura. Como resultados produzimos uma estrutura conceitual com possibilidades de trabalhos em sala de aula por educadoras e educadores de ciências e demais disciplinas escolares; uma maior aproximação entre universidade e escola, a partir do engajamento das comunidades escolar e do entorno para o desenvolvimento de horta e do espaço de convivência na escola pública. Ainda, houve a elaboração de um artigo e apresentação no evento ENPEC - Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências - sobre aspectos desenvolvidos nesta iniciação científica, como a promoção do Decrescimento e da Permacultura, assim como o trabalho com hortas na escola. 

Palavras-chave: bioenergética, complexidade, decrescimento, emancipação, horta.

As questões socioambientais vêm sendo, cada vez mais, objeto de  preocupação da sociedade. No contexto da escola, elas estão explicitadas nas  Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006), nos Parâmetros  Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1997) e PCN+ (BRASIL, 2002), onde  há preocupação com uma formação articulada com as questões  contemporâneas, tais como as de natureza socioambiental. Especificamente,  os PCN (BRASIL, 1997) para o Ensino Fundamental sugerem tratar a questão  socioambiental como um tema transversal, denominado Meio Ambiente. No  Ensino Médio, em que o eixo transversal não comparece explicitamente, essa questão é contemplada considerando-se os olhares específicos das disciplinas,  como o da Biologia e Física, sobre uma mesma questão, compondo uma visão  interdisciplinar. Na Física, em especial tomando como referência os PCN+  (BRASIL, 2002), o tema socioambiental comparece nos estudos sobre a  Termodinâmica, evidenciando a necessidade de se discutir a irreversibilidade  para dar significado à degradação da energia que, por sua vez, leva à  compreensão da conservação de energia e problemas energéticos e  ambientais do mundo contemporâneo, destacando-se os impactos ambientais  e custos financeiros e sociais das distintas opções energéticas. Cabe salientar que, embora a questão socioambiental esteja apontada nos  documentos e presentes em algumas escolas, ela parece não estar adequadamente encaminhada, necessitando ser recolocada na sala de aula.  Essa recolocação prevê um olhar mais atento para a forma como se dão as  discussões acerca da temática socioambiental que, de antemão, aponta para  um olhar sobre os conceitos de Física. Diante dessas preocupações, essa IC procurou explicitar as articulações  conceituais numa proposta sobre a questão socioambiental, pautada na Física  e nos aspectos da complexidade (perspectiva vinculada a Física Moderna e  Contemporânea). 

Palavras-chave: conceitos; complexidade; ensino de física; ambiente