Emily Warren Roebling foi uma engenheira civil estadunidense conhecida por suas contribuições em um período de mais de uma década para a construção da Ponte do Brooklyn (Nova Iorque).
Ela se tornou responsável pelo projeto depois que o engenheiro encarregado, o seu marido Washington Roebling, foi atingido pela doença de descompressão (também conhecida como mal dos mergulhadores). A partir desse episódio ela passou a mediar a comunicação entre Washington e a equipe no local da construção; e aprendeu engenharia de propósito para assumir esse trabalho. Ela também foi primeira mulher a dirigir a Sociedade Americana de Engenheiros Civis.
Emily nasceu em Cold Spring, estado de Nova Iorque, sendo segunda filha mais jovem dos doze filhos de Sylvanus e Phebe Warren. Sempre foi incentivada pelo seu irmão mais velho, Gouverneur K. Warren, a se educar. Eles sempre tiveram uma relação próxima. Ela estudou na Escola Preparatória da Visitação de Georgetown, em Washington, D.C. Em 1864, durante a Guerra Civil Americana, Emily visitou seu irmão Gouverneur em um quartel do Exército da União, do qual ele comandava uma corporação. Em um baile de soldados que ela frequentou, Emily conheceu Washington Roebling, filho do projetista da Ponte do Brooklyn (John A. Roebling). O jovem rapaz também era engenheiro civil e servia à corporação comandada por Gouverneur Warren.
Enquanto o seu sogro iniciava o seu trabalho preliminar na Ponte do Brooklyn, Emily foi para a Europa com o marido estudar o uso de caissons (caixões) para construir a ponte.
No retorno dos seus estudos na Europa, o pai de Washington Roebling morreu em 1869, de tétano. Roebling foi então designado como engenheiro chefe da construção da Ponte de Brooklyn. Conforme se envolvia mais no projeto, ele desenvolveu a doença de descompressão. Ele foi afetado tão severamente pela doença que teve de ser acamado.
Por ser a única pessoa que visitava o seu marido enquanto ele estava doente, Emily Roebling levava informações dele a seus assistentes e reportava a ele o progresso da construção. Ela desenvolveu extensivo conhecimento sobre resistência de materiais, análise de tensões e deformações, construção de cabos, e cálculo de curvas catenárias através dos ensinamentos de Washington. Ela complementou seu conhecimento com base no próprio interesse anterior pelos estudos de construção da ponte, na época em que seu marido havia sido nomeado engenheiro chefe.
Na década após Washington ter sido confinado doente a sua cama, Emily se dedicou à conclusão da Ponte do Brooklyn. Ela assumiu muitos dos deveres de engenheira chefe, incluindo supervisão diária e gestão do projeto.
A Ponte foi finalizada em 1883. Na abertura oficial, carregando um galo como sinal de vitória, Emily Warren Roebling foi a primeira a atravessar a ponte, por carruagem. Na cerimônia, Emily foi honrada em um discurso por Abram Stevens Hewitt, que disse que a ponte foi
...um monumento permanente da devoção sacrificante de uma mulher e a sua capacidade para a educação superior da qual ela tem sido