Eletiva


ROTEIRO DE ESTUDOS - SEMANA: 16/11 a 27/11

Bimestre: 4°

Disciplina: Eletiva

Professor: Cristiane Maria dos Santos

Série: 2º Ano

Duração: 04 aulas

Tema: DIGUINIDADE E RESPEITO

Habilidades: Reconhecer as diferenças como um fato e a importância de respeitá-las; Discutir a amplitude das noções de dignidade e respeito a partir da noção de igualdade, e desenvolver empatia; Identificar estereótipos, preconceitos e as diversas formas de discriminação social existentes e como elas afetam as pessoas que as sofrem.

Este eixo está desenhado para refletir com os/as estudantes sobre o conceito de dignidade humana e questionar o preconceito e a discriminação, valorizando a diversidade e as diferenças das sociedades plurais contemporâneas..

Como tirar suas dúvidas: cristianemsantos@prof.educacao.sp.gov.br; WhatsApp 16 99216-8511

Como entregar sua atividade:

e-mail: cristianemsantos@prof.educacao.sp.gov.br ou WhatsApp 16 99216-8511



MATERAL DE APIO:


www.youtube.com/watch?v=BztIV0ThVR8


Introdução:

O conceito de dignidade humana, que se encontra na base da ideia dos direitos fundamentais, refere-se ao valor inerente a cada pessoa em razão de sua condição de ser humano; é um valor permanente e não depende de possuir certos traços, do reconhecimento social ou do lugar que uma pessoa ocupa na sociedade. A dignidade humana é o princípio e a base do respeito. Respeitar o outro significa, sobretudo, considerá-lo como um ser humano igual a nós mesmos e, portanto, como um sujeito de direitos. A capacidade de respeitar passa pela capacidade de se pôr no lugar do outro (empatia), e considerá-lo como um fim em si mesmo, e nunca apenas como um meio. Exigir respeito pela sua dignidade é exigir não ser tratado/a como um objeto, e sim como um ser humano, não devendo ser humilhado/a ou desumanizado/a. Essa exigência de respeito à dignidade pode ser direcionada a um único indivíduo pessoalmente, adotando, assim, caráter “subjetivo” de valor próprio, ou então, caráter “objetivo”, quando direcionado a uma comunidade.


Estereótipos e preconceitos


Um estereótipo é uma crença ou opinião generalizada sobre um grupo particular de pessoas; por exemplo, “que os empreendedores são ambiciosos”, “funcionários públicos são chatos”, ou que “as mulheres têm cabelos longos e usam saias”. A principal função do estereótipo é simplificar a realidade. Ele geralmente se baseia em algum tipo de experiência pessoal ou impressões que adquirimos durante a primeira infância, por parte de adultos que estão perto, na escola, ou através de meios de comunicação, os quais depois se generalizaram. Um preconceito é um julgamento, geralmente negativo, que fazemos sobre outra pessoa ou outras pessoas sem realmente conhecê-las. Assim como os estereótipos, os preconceitos são aprendidos como parte do nosso processo de socialização. Uma diferença entre o estereótipo e o preconceito é que, quando há informações suficientes sobre um indivíduo ou uma situação particular, conseguimos eliminar nossos estereótipos. O preconceito, entretanto, funciona como uma tela através da qual percebemos a realidade, de forma que a aquisição de informação por si só geralmente não é suficiente para se livrar de um preconceito. Eles estão mais relacionados aos nossos sistemas de valores do que às propriedades do seu objeto. Ou seja, o preconceito implica, naqueles que o usam, um componente valorativo e afetivo que não está relacionado com a realidade do grupo alvo desse preconceito. Os preconceitos alteram nossas percepções da realidade, de modo que tendemos a processar informações que confirmam os confirmam, e não percebemos ou “ignoramos” as informações que o contradizem. É por isso que são muito difíceis de superar: se recebemos informação verídica que contradiz os nossos preconceitos preferimos negar esses novos fatos em vez de questioná-los (“mas ele não é um verdadeiro cristão”, “ela é uma exceção”). Intolerância e discriminação A intolerância é uma falta de respeito a práticas ou crenças diferentes da sua própria. Também envolve a rejeição de pessoas que percebemos como diferentes, por exemplo, membros de um grupo social ou étnico distinto do nosso, ou pessoas com orientação política ou sexual que diferem da nossa. A intolerância pode manifestar-se em uma ampla gama de ações, que vão desde evitar alguém, passando pelo discurso de ódio, atingindo até a agressão física ou mesmo o assassinato. Finalmente, a discriminação – em todas as suas possíveis formas e expressões – é uma das formas mais comuns de violação de direitos humanos. Ela afeta milhões de pessoas no mundo, apesar de ser uma das formas de violação de direitos mais difíceis de reconhecer. A discriminação e a intolerância são conceitos estreitamente relacionados. São muitas vezes baseadas ou justificadas por preconceitos e estereótipos de pessoas e grupos sociais, conscientemente ou inconscientemente: são uma expressão de preconceito na prática. A discriminação ocorre quando as pessoas são tratadas de forma menos favorável do que outras que estão em situação comparável, apenas porque pertencem ou são percebidas como pertencendo a um determinado grupo ou categoria. As pessoas podem ser discriminadas por sua idade, deficiência, etnia, origem, crença política, raça, religião, gênero, orientação sexual, idioma, cultura, entre outros motivos. A discriminação torna as pessoas impotentes, impede-as de serem cidadãs ativas, restringe-as a desenvolver suas habilidades e, em muitas situações, limita os seus direitos de acesso ao trabalho, serviços de saúde, educação ou moradia.



Diário de Lévy-Hass


08 de novembro de 1944

Eu adoraria sentir algo agradável, estético, para despertar sentimentos nobres, ternos, emoções dignas. É difícil. Eu pressiono minha imaginação, mas nada vem. Nossa existência tem algo cruel, brutal sobre isso. Tudo o que é humano é reduzido a zero. Os laços da amizade permanecem no lugar somente pela força do hábito, mas a intolerância é geralmente a vencedora. Memórias belas são apagadas; as alegrias artísticas do passado são inconcebíveis em nosso estado atual. O cérebro é como se estivesse paralisado, o espírito violado. Os hematomas morais são tão profundos que todo o nosso ser parece atrofiado por eles. Temos a impressão de que estamos separados do mundo normal do passado por um muro maciço e espesso. Nossa capacidade emocional parece rígida, desbotada. Já nem nos lembramos do nosso próprio passado. Não importa o quanto eu me esforce para reconstruir o menor elemento da minha vida passada, nem uma única memória humana volta para mim. Nós não morremos, mas estamos mortos. Eles conseguiram matar em nós não só o nosso direito à vida no presente e para muitos de nós, com certeza, o direito a uma vida futura... mas o que é mais trágico é que eles conseguiram, com seus métodos sádicos e depravados, matar em nós todo o sentido de uma vida humana no nosso passado, todos os sentimentos de seres humanos normais dotados de um passado normal, até mesmo a própria consciência de ter existido uma vez como seres humanos dignos deste nome. Eu remexo as coisas em minha mente, eu quero... e eu não me lembro de absolutamente nada. É como se não fosse eu. Tudo é expurgado da minha mente. Durante as primeiras semanas, ainda estávamos um pouco ligados internamente às nossas vidas passadas; ainda tínhamos o gosto dos sonhos, das memórias. Mas a vida humilhante e degradante do campo tem brutalmente cortado a nossa coesão e que qualquer esforço moral para nos distanciar um pouco da realidade escura em torno de nós acaba sendo um grotesco sofrimento inútil. Nossa alma é como se fosse presa em uma casca que nada pode amolecer ou quebrar... 18 de novembro de 1944 Apesar de tudo, meu trabalho com as crianças continua.... Agarro-me desesperadamente a todas as hipóteses, por mais ligeira que seja, reunir as crianças para fomentar nelas e em mim mesmo a menor nitidez mental, assim como um sentimento básico de dignidade humana. Foi decidido no campo que os sábados serão dedicados ao entretenimento infantil, principalmente de natureza religiosa. Em nosso quartel também estamos aproveitando os sábados para proporcionar às crianças um pouco de diversão, mas adaptado principalmente para a mentalidade geral das pessoas aqui: recitações orais, cantar solo ou em coro, pequenas produções teatrais. Dada a total falta de livros, eu coletei e escrevi o material para essas performances com base nas memórias das crianças e na minha própria e, cada vez mais frequentemente, temos que recorrer a improvisar textos ou linhas poéticas. Uma multidão de melodias conhecidas foi recuperada graças aos esforços incansáveis e concentração de todos os meus alunos, mas as palavras escapam de nós como se tivessem sido sugados em um poço. Assim, começamos a inventar linhas, a rimar, a criar textos que nos afetam profundamente, para invocar a nossa pátria distante, gloriosa e heroica... Eu realizo esta tarefa espontaneamente, quase instintivamente eu diria, através de uma necessidade irresistível da minha alma—nos raros momentos em que eu conseguir despertar—e por uma necessidade irresistível que eu posso sentir claramente vindo das almas das crianças. Porque eles despertam minha liderança, eles ficam excitados, eles querem viver, eles querem se alegrar, é mais forte do que eles. Que desgosto!



CONSULTANDO O MATERIAL DE APOIO RESPONDA:

1-Quais condições são necessárias para que alguém possa sentir um “sentimento básico de dignidade humana”?

2- Como os alemães privaram os aprisionados nos campos dessa dignidade?

3- O que é mais marcante para você sobre o que Lévy-Hass escreveu em seu diário no dia 08 de novembro de 1944? O que ela quis dizer quando escreveu: “nós não morremos, mas estamos mortos”?

4-Qual papel a memória reproduz no sentido de dignidade? E em seu senso de identidade? Como se relaciona a identidade e a dignidade?




ROTEIRO DE ESTUDOS - SEMANA: 14/09 a 25/09

Bimestre: 3º

Disciplina: Eletiva

Professor: Cristiane Maria dos Santos

Série: 2º Ano

Duração: 04 aulas

Tema: O MAPA DO MEU ENTORNO AFETIVO

Habilidades: Identificar e acolher semelhanças entre o eu, o outro e nós. Reconhecer e respeitar as características físicas e subjetivas de cada um. Identificar e acolher sentimentos, valores, lembranças, memórias e saberes de cada um.

Como entregar sua atividade:

e-mail: cristianemsantos@prof.educacao.sp.gov.br ou coordenacaomusa@gmail.com

Como tirar suas dúvidas: cristianemsantos@prof.educacao.sp.gov.br


Roteiro de estudos:

O MAPA DO MEU ENTORNO AFETIVO

Olá pessoal!!

Nesta atividades vamos interagir um pouquinho mais com a nossa família e buscar maior conhecimento sobre sua descendência. Você já ouviu falar em árvore genealógica? Precisaremos da participação dos seus pais ou avós. Durante esse período de pandemia com certeza ficamos muito mais próximos da família e de seus hábitos.

Na nossa árvore genealógica, começaremos com a nossa própria figura, na sequência pais, irmãos, avós maternos, avós paternos, ......e quantos mais você conseguir.

O primeiro passo é conseguir o máximo de informações em um caderno, depois você poderá construir com sua criatividade ou pesquisando na internet o modelo que quiser de árvore para inserir as suas informações coletadas.

Para iniciar vocês poderão desenhar um autorretrato no papel ou

cartolina. Este é um exercício livre façam o que preferirem: pode ser

um desenho realista ou abstrato ( ou fotos) . Como única consideração, o desenho deve ser feito em um

papel de tamanho médio, para que depois possa ser colado no meio de uma folha de papel. A

ideia é que haja espaço suficiente para que possam concluir um desenho que represente o seu

entorno afetivo.

coloquei em anexo dois exemplos bem simples, mas fiquem a vontade para usar sua imaginação.

Segue também em anexo as questões a serem realizadas para seus familiares nessa atividade, texto para conhecimento e aprofundamento.

Espero que todos se divirtam fazendo essa atividade e conheçam um pouco mais da sua genética e quais característica familiares são mantidas através das gerações.

Boa aula para todos.

Abraços!!!


RESPONDA:

1 - Descreva como é a relação com seus pais e irmãos? (O que mais gostam de fazer juntos, qual a rotina de vocês, quem trabalha na casa, como as tarefas são divididas, quem é o mais bravo, quem come mais, ….)


2- Com que frequência visita seus avós? E o que costumam conversar e fazer juntos?


3- Com que frequência visita seus tios(as) e primos? Qual o seu preferido(a) e por quê?


4- Sua família costuma se reunir nas festas de fim de ano? Descreva um pouco desse momento.


5- Com essa árvore genealógica que está criando, quais as características físicas que notou comum na sua família? (com bisavós, avós, primos, tios,....)



Recursos necessários:

Árvore Genealógica



A árvore genealógica é uma representação das pessoas que tiveram participação na existência de uma pessoa ou família, ou seja, é o histórico que levanta dados sobre os ancestrais dos mesmos de forma que fiquem conhecidas as conexões estabelecidas entre esses. Normalmente coloca-se o nome do ancestral mais antigo de que se conseguiu dados e, a partir desse, seus descendentes até chegar ao membro mais novo da família ou então até na pessoa que se tem interesse.

Para montar a árvore genealógica é preciso primeiramente descobrir de onde vieram os ancestrais de uma família, o que pode ser feito buscando a origem dos sobrenomes do pai e da mãe de um indivíduo. Posteriormente devem ser anotados os seguintes dados:

Nome completo de todas as pessoas pesquisadas;

Data e local do nascimento das mesmas;

Certidão de casamento, constando data e local;

Certidão de óbito, constando data e local;

Informações gerais sobre cada indivíduo, como profissão, escolaridade, títulos especiais, história da família no Brasil, origem do nome, do sobrenome e mais.

É importante separar a pesquisa de cada pessoa, por exemplo, do pai, da mãe, do avô paterno, do avô materno, da avó paterna, da avó materna, dos tios, das tias, primos, primas e sucessivamente. É importante saber distinguir o que é fato e o que é fofoca familiar, pois existem pessoas que transmitem informações deturpadas sobre outras pessoas, dificultando assim o real conhecimento.

A árvore genealógica é muito importante para as pessoas, pois através delas pode-se conhecer a origem familiar e ainda descobrir a origem de problemas, anomalias e doenças genéticas.

Os nomes dos ancestrais mais antigos são colocados no topo e sua descendência abaixo.