Analectos de Confúcio

"O sábio não se aflige porque os homens não o conhecem; ele se aflige por não conhecer os homens".

"Aquele que repassa no espírito tudo o que já sabe, e por este meio adquire novos conhecimentos, poderá, bem cedo, ensinar a outrem".

"O homem sábio não é como um vaso ou um instrumento (que tem apenas um uso, ele é apto para tudo)".

"O sábio gosta de todas as pessoas e não é parcial para com ninguém. O homem vulgar é parcial e não gosta de todo mundo".

"Ouvir ou ler sem refletir é uma ocupação inútil; refletir sem livro nem mestre é perigoso". 

"Quando virdes um homem sábio, pensais em igualá-lo em virtudes. Quando virdes um homem desprovido de virtudes examinai-vos, verificai se não vos pareceis com ele". 

"O sábio aplica-se em ser lento no falar e diligente no agir".

"A virtude jamais caminha só: um homem virtuoso consegue logo imitadores". 

"Vale mais amar a virtude do que apenas conhecê-la. Vale mais ainda comprazer-se nela do que amá-la somente". 

"O sábio é calmo e põe o coração à larga; o homem vulgar está sempre acabrunhado pelos aborrecimentos". 

"Não procures intrometer-te nos assuntos de um cargo político que não esteja confiado a teus cuidados". 

"O mestre evitava quatro defeitos: não tinha desejos desordenados, nem determinação irrevogável, nem teimosia, nem egoísmo". 

"O sábio pratica três virtudes que fazem falta: perfeito, por nada se aflige; prudente, não cai em erro; corajoso, nada tem a temer". 

"O sábio não se aflige por não ser conhecido pelos homens, mas por não ser capaz de praticar a virtude com perfeição".

"Não se corrigir após uma falta involuntária é cometer uma falta verdadeira".

"Não se pode apreciar o sábio nas pequenas coisas, mas podem-se confiar-lhe as grandes. Não se podem confiar grandes coisas a homens vulgares mas podem-se apreciá-los nas pequenas".

"O sábio atém-se energicamente à virtude e ao dever; não se atém obstinadamente às suas ideias". 

"O sábio tudo espera de seus próprios esforços; o homem vulgar espera tudo do favor alheio".