As primeiras representações artísticas (pinturas, relevos, frescos) surgiram por volta do século IV, sendo atribuídas a Santa Helena, mãe do imperador Constantino.
Presépio
As primeiras representações teatrais surgem no séc. XIII, e isso deve-se a São Francisco de Assis. Na noite de 24 de Dezembro de 1223, celebrou a missa de Natal com uma representação cénica, numa gruta da floresta de Greccio. Naquela noite de Natal, na cidade de Greccio, queria que todos sentissem a mesma alegria que ele sentia ao pronunciar a palavra “Belém”. Preparou uma noite de Natal diferente. Convocou muitas pessoas, de vários lugares, para participarem na noite de Natal no convento de Greccio, onde então vivia.
A encenação do nascimento de Jesus, feita por São Francisco, foi repetida pelos frades franciscanos em igrejas e conventos de toda a Europa. Por este motivo, os frades franciscanos são considerados verdadeiros pioneiros na construção de presépios. O presépio vivo é constituído por personagens vivas, que dramatizam a cena do nascimento de Jesus. Contudo, o presépio de Greccio era composto por imagens que representavam Nossa Senhora, São José e o Menino Jesus, e por animais vivos.
Atualmente, no lugar onde esteve a manjedoura, encontra-se um altar em honra de São Francisco de Assis, numa igreja que pertence ao convento da ordem de São Francisco, em Greccio.
Os presépios, tal como conhecemos hoje, apareceram no séc. XV em Itália. Os presépios em Portugal tiveram início no século XVI, com o empenho do rei D. João II. Em Portugal, os presépios tornaram-se o símbolo mais importante do Natal e passaram a ser incluídos em quase todos os lares.
Missa do Galo
Tradição da noite de Natal, surgida no séc. V, é celebrada na noite de passagem do dia 24 para 25 de Dezembro, por volta da meia-noite. Na celebração da missa, bem como noutros contextos, interpretam-se cânticos de Natal. Alguns são de uma beleza excecional e, por isso, não são esquecidos: permanecem ao longo dos anos.
As luzes de natal
Representam Jesus que, para os cristãos, é a luz do mundo. Lembram a noite estrelada que iluminou o céu na noite de Natal e a estrela de Belém que guiou os magos até ao presépio.
A árvore de Natal
A origem da tradição é desconhecida. Esta tradição remonta a práticas anteriores ao próprio Natal. A primeira referência surge no séc. XVI, atribuindo-se a Martinho Lutero a sua origem. Em Portugal, esta tradição surgiu muito tardiamente. Até meados do séc. XX, era totalmente ignorada, mantendo-se o presépio como o principal símbolo do Natal.
Azevinho
A utilização do azevinho remonta a uma tradição romana que atribuía a esta planta a simbologia da paz e da felicidade.
Sapatos na chaminé
Atualmente, muitas crianças colocam os seus sapatos na chaminé, na noite de Natal, para aí lhes serem colocados os seus presentes.
Os Magos
De acordo com o evangelho de Mateus, foram guiados por uma estrela até ao estábulo, para adorarem o menino. Nem o número, nem o nome dos magos é referido no evangelho. Segundo a tradição, receberam o nome Belchior ou Melchior; Baltasar; Gaspar e ofereceram presentes: Ouro (nobreza), Incenso (divindade) e Mirra (humanidade). A adoração dos magos, vindos de Oriente simboliza a veneração que todos os povos da Terra prestam a Jesus.
Pai Natal
É normalmente, identificada com São Nicolau, o bispo de Mira (Ásia Menor) que viveu por volta do séc. IV. É um dos santos mais populares em toda a Europa, existindo muitas centenas de igrejas com o seu nome. Diz-se que ele gostava de oferecer presentes às crianças.
A figura do Pai Natal como um velhinho com barbas brancas surgiu, em 1822, por Clement Clak More, num poema intitulado An account of a visit from Saint Nicolas, dedicado às suas filhas. O primeiro desenho é de 1866 e é da autoria de Thomas Nast.