VI... OUVI... CONHEÇO... DESCI.
Deus está atento às necessidades do seu povo e toma a iniciativa.
Os textos bíblicos registam a confiança permanente do povo de Israel no seu Deus. Um Deus que nunca os abandonou e que eles sentem que está próximo. Por esse motivo esperam, mesmo nas maiores tribulações, que Deus se manifeste. Esperam um novo tempo de libertação da dor e da opressão. Um tempo de liberdade e de justiça trazida pelo poder de Deus, através do seu enviado ao povo de Israel, o povo eleito.
Emanuel: O Messias esperado de Israel
A expetativa da vinda do Emanuel (palavra que significa «Deus connosco»), referida no Livro de Isaías (Antigo Testamento), testemunha uma relação muito próxima entre o povo de Israel e o seu Deus, em quem depositava grande confiança. Esta confiança é reforçada nos momentos de maior dificuldade. O povo, sujeito ao jugo dos seus inimigos, isto é, dos povos que os invadiam, espera a libertação desta opressão através da vinda de um Messias que o irá governar na paz e na justiça, trazendo a alegria a Israel. O Messias esperado seria descendente da casa de David.
Para os judeus, a fé não era algo abstrato, concretizando-se na confiança que colocavam num Deus único, com quem os seus antepassados tinham estabelecido uma aliança. É neste contexto de esperança que no livro de Isaías (6-12) encontramos o anúncio profético da vinda do Messias: o Emanuel.
Igreja de S. Francisco. Porto.
Igreja de S. Francisco. Porto.
Isaías é o profeta que mais fala sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao mesmo tempo como um «servo sofredor» que morreria pelos pecados da humanidade e como um príncipe soberano que governará com justiça.
O livro de Isaías terá sido o mais estudado, meditado e «cristianizado», sendo uma referência para a Igreja cristã primitiva.