Culinária Regional

O 29º Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS), a ser realizado entre os dias 24 a 27 de novembro, seria sediado em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, mas por conta da pandemia do novo Coronavírus o evento será realizado de forma totalmente remota. A Comissão Organizadora decidiu, então, levar para perto dos participantes do Encontro um pouco da cultura, dos espaços e da culinária sul-matogrossense.

Para os interessados em peixes, a principal refeição é o Pintado ao Urucum, prato com filé de pintado criado há mais de quatro décadas no Pantanal; e o Pacu Assado recheado com farofa (foto acima), um dos peixes mais comuns na região e por isso muito consumido. Assim como no Mato Grosso, a farofa é o acompanhamento mais frequente do peixe assado. Da culinária pantaneira ainda se destacam o Quebra Torto, tradicional refeição da população pantaneira, comum nas fazendas de Mato Grosso do Sul, que leva na base o arroz carreteiro, ovos, peixe frito, farofa e conservas, o Sarravulho (cozido de miúdos com pimentão bastante apreciado por quem tem o paladar apurado para as nuances regionais), o Quibebe de Mandioca (cozido de carne assada com mandioca sul-mato-grossense), a Carne de Jacaré (carne branca saborosa, parecida com peixe) e o Caldo de Piranha (como o peixe é difícil de se comer inteiro por conta de suas espinhas, o caldo é a receita mais preparada deste pescado).

Dos cerca de 700 quilômetros de fronteiras internacionais com Bolívia e Paraguai também originam pratos bastante apreciados pelos turistas em Mato Grosso do Sul. A Saltenha é um salgado saboroso conhecido por sua história junto à cultura boliviana. Seu recheio pode ser de carne, de frango ou de porco, mas os grandes diferenciais são a batata picada em meio ao recheio e o formato do salgado que se assemelha às empanadas argentinas. Já o Arroz Boliviano, oriundo da região de Corumbá, leva carne moída, ovo cozido, batata, ervilha, entre outros ingredientes, com destaque para a banana da terra.

Da fronteira com o Paraguai vem a famosa Sopa Paraguaia. Que apesar do nome é basicamente um bolo salgado à base de milho, queijo, ovos e cebola, muito consumido no seu país de origem, com várias lendas sobre seu surgimento (uma versão, por exemplo, diz que, originalmente, tratava-se de uma sopa comum que os soldados paraguaios levavam para o campo de batalha durante a guerra do Paraguai - 1864 e 1870 -, mas como era difícil transportar o líquido nos campos, outros ingredientes foram sendo incorporados, deixando o alimento com a consistência atual). A chipa é outro salgado bastante conhecido e consumido no estado, uma espécie de biscoito muito similar ao pão de queijo. A chipa normalmente é confeccionada no formato de uma ferradura.

Entretanto, o prato regional mais típico na capital Campo Grande é o Soba, oriundo da grande colônia japonesa da ilha de Okinawa, que chegou na cidade a partir de 1908. Tombado como patrimônio imaterial, o prato é feito com um macarrão especial e leva como ingredientes ovo, carne e outros temperos. Temos, ainda, o Churrasco com mandioca, farofa e vinagrete e por fim, para quem quiser se refrescar, o tradicional Tereré, bebida feita com a infusão da erva-mate paraguaia em água gelada, e o Sorvete de Bocaiúva, fruto do cerrado que possui um sabor muito peculiar.

Confira as receitas e mais informações sobre os nossos pratos típicos sul-matogrossenes.

sorvete de bocaiúva
churrasco