Egretta caerulea
Nyctanassa violacea
Buteogallus aequinoctialis
Guavina guavina
Aramides mangle
Conirostrum bicolor
Lygia exotica
Chthamalus rhizophorae
Ocypoda quadrata
Alpheus heterochaelis
Palaemon pandaliformis
Macrobrachium acanthurus
Penaeus brasiliensis
Eleotris perniger
Littorina
Neritina virgínea
Cassostrea rhizophorae
Mytella falcata
Eugerres brasilianus
Achirus
Trinectes
Awaous taiasica
Dormitador maculatus
Os manguezais são ambientes costeiros sujeitos a condições extremas, como elevadas variações de salinidade, baixa oxigenação dos sedimentos, ciclos periódicos de inundação e alta concentração de matéria orgânica (Schaeffer-Novelli, 1995; Nagelkerken et al., 2008).
Uma das adaptações mais relevantes é a osmorregulação, que permite aos animais controlar o equilíbrio interno de sais e água, mesmo diante das oscilações constantes entre ambientes de água doce, salobra e salgada (Nagelkerken et al., 2008).
A maioria dos organismos apresentam brânquias altamente vascularizadas, capazes de realizar trocas gasosas eficientes mesmo em condições de anoxia (Melo, 1996). Além disso, diversos animais desenvolveram respiração aérea parcial ou total, utilizando superfícies corporais, câmaras especializadas ou mucosas adaptadas, o que lhes permite sobreviver fora da água durante longos períodos (Reid et al., 2010).
A construção de tocas e galerias profundas é uma estratégia que oferece proteção contra predadores, variações bruscas de salinidade, desidratação e extremos térmicos (Diele et al., 2005).
Os ciclos reprodutivos são sincronizados com os ritmos das marés. Esse sincronismo garante que a liberação de ovos e larvas ocorra em momentos que maximizem as chances de dispersão ou retenção no habitat ideal, reduzindo a mortalidade nas fases iniciais de desenvolvimento (Nagelkerken et al., 2008).
Ucides cordatus
Uca maracoani
Aratus pisonii
Littoraria angulifera
Melampus coffeus
Formicivora erythronotos
Rallus longirostris
Periophthalmus argentilineatus
Entre os crustáceos, destaca-se o caranguejo-uçá (Ucides cordatus), classificado como "Vulnerável" em várias regiões devido à sobreexploração e à destruição dos manguezais (MMA, 2014).
No grupo dos peixes, espécies como o mero (Epinephelus itajara) são consideradas criticamente ameaçadas (CR) na Lista Vermelha da IUCN (IUCN, 2024) e na Lista Nacional Brasileira (ICMBio, 2018).
Entre os répteis, o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) é considerado uma espécie quase ameaçada (NT) pela IUCN, embora em algumas regiões brasileiras esteja sob maior pressão devido à caça ilegal e à fragmentação dos manguezais (IUCN, 2024; ICMBio, 2018).
A águia-pescadora (Pandion haliaetus), embora globalmente classificada como de menor preocupação, apresenta declínios populacionais em algumas áreas costeiras devido à poluição e à diminuição dos habitats de nidificação (BirdLife International, 2022).
A saracura-do-mangue (Rallus longirostris) possui populações vulneráveis em determinadas regiões, altamente dependentes da integridade dos manguezais.
O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), é classificado como "Vulnerável" pela IUCN e pela Lista Nacional Brasileira, sendo severamente impactado pela perda de habitat, colisões com embarcações e redes de pesca (ICMBio, 2018; IUCN, 2024).