Estudo da estrutura interna da geosfera

O interior da Terra é conhecido através dos métodos indiretos e diretos.

Os métodos indiretos permitem o estudo das características das camadas mais internas da Terra, fornecendo dados muito complexos para compreender as propriedades das camadas, tendo como exemplos o geomagnetismo, a geotermia, a sismologia, entre outros. Os métodos diretos permitem o estudo detalhado de amostras na parte mais superficial da Terra (a crusta e o manto superior), como exemplos o vulcanismo, afloramentos, exploração de minas e sondagens.

Com bases nesses estudos criaram-se dois modelos de estrutura interna, sendo um físico e o outro químico. No modelo físico a Terra é subdividida em cinco camadas concêntricas: litosfera, astenosfera, mesosfera, núcleo externo e núcleo interno. O modelo químico resulta em três regiões concêntricas, divididas pelas descontinuidades de Mohorivicic e Gutenberg: crusta, manto e núcleo.

Os diferentes métodos no estudo da geosfera indicam para a existência de processos dinâmicos complexos que se estendem nas várias regiões da sua estrutura interna. Muitos desses processos têm reflexos ao nível da litosfera, determinando grande parte dos seus movimentos horizontais e verticais.

Os movimentos verticais da litosfera derivam da variação da sua espessura, por exemplo, a ascensão das rochas profundas quando ocorre a erosão das camadas superiores. Os movimentos horizontais começaram a ser compreendidos com o desenvolvimento da teoria da tectónica de placas, estando associados ao movimento da litosfera por cima da astenosfera e à formação de riftes (divergência de placas) e de cadeias montanhosas (convergências de placas).

Mariana Pereira (10.º ACT)


Áudio de Mariana Pereira (10.º ACT)

Áudio de João Beaumont (10.º ACT)

Imagem retirada de Dias, A.; Guimarães, P.; Rocha, P.; GeoFoco 10, Areal Editores