A atividade hospitalar gera uma grande quantidade e variedade de resíduos, alguns classificados como perigosos e que podem causar danos ao meio ambiente e à saúde humana. Entre estes, muito são recicláveis porém, se não separados e destinados adequadamente, resultam em desperdício de matéria-prima, diminuem o tempo de vida dos aterros sanitários ao invés de gerar renda e outros benefícios sociais na cadeia de reciclagem.
Mesmo quando enviados para reciclagem boa parte destes produtos não tem seu potencial de reaproveitamento plenamente explorado sendo apenas reduzida a matéria prima básica pela falta de uma visão mais seletiva e de sustentabilidade neste processo de gestão.
Considera-se que a reciclagem nobre é o processo de transformação aplicado a materiais que podem voltar ao estado original, transformando-se em produtos iguais em todas as suas características, sendo um conceito diferente do de reutilização; trazendo um benefício maior em relação ao meio-ambiente e a energia de produção. Quando se agrega valor financeiro ao resultado, dá-se o nome upcycling.
O hospital portanto é um fornecedor da matéria-prima limpa, bem como o cliente potencial do produto da costura, por substituição de artigos já veiculados e distribuídos em hospitais, como necessaires e bolsas.
O SMS é um polímero constituído de fibra com alto potencial para reciclagem, mas por ser proveniente de procedimentos cirúrgicos, um ponto crítico para o sucesso do projeto é a definição do fluxo para que o descarte ocorresse antes do início dos processos operatórios a fim de evitar contaminação do material. Neste caso o treinamento e envolvimento de toda equipe é fundamental e será feito pela ArtEco.