O controle de mosquitos por via aérea pode ser eficaz para comunidades que necessitam de reduzir rápida e eficientemente as populações de mosquitos numa vasta área para melhorar o conforto de vida ou ajudar a interromper a transmissão de doenças transmitidas por vetores.
Aviões e helicópteros podem ser usados para tratar áreas muito grandes com larvicidas ou adulticidas para matar larvas de mosquitos ou mosquitos adultos.
EXPERIÊNCIA NO BRASIL
Em 1975 foi combatida na Baixada Santista um surto de Encefalite transmitida por mosquitos do gênero Culex, usando avião agrícola. Bastaram 3 aplicações em 2 semanas para reduzir a doença em 90%, segundo a cartilha da SINDAG (vide abaixo).
https://issuu.com/sindag-sindicatoaeroagricola/docs/cartilha
Larvas de mosquitos
COMO FUNCIONA
Os aviões pulverizam volumes muito baixos de adulticida ou larvicida em áreas onde os mosquitos espalham vírus. A pulverização aérea é mais eficaz e rápida do que pulverizadores montados em caminhões ou manuais no tratamento de grandes áreas de terra.
A pulverização aérea ocorre em algum momento entre o início da noite, perto do pôr do sol, e de manhã cedo, perto do nascer do sol. As datas e horários das pulverizações aéreas serão divulgados em o jornal local, nos sites distritais, através do serviço público anúncios, por telefone ou através de campanhas porta-a-porta. Você não precisa sair de uma área durante a pulverização aérea. Você não está provavelmente respirará ou tocará em qualquer coisa que contenha inseticida suficiente para não causar danos à saúde.
O avião Ipanema da Embraer pode ser usado
ROTEIRO
A empresa norteamericana Vector Disease Control International (VDCI) fornece o roteiro abaixo para o controle aéreo de mosquitos.
1 - Identifique as espécies-alvo
Os mosquitos Culex voam em determinados horários da noite (dependendo da geografia, temperatura e luz do dia) e são suscetíveis a certos tipos de produtos. Um mosquito Anopheles pode se comportar de maneira bastante diferente e exigir um produto ou taxa de aplicação diferente. Portanto, conhecer as espécies-alvo permite ao gestor e aplicador entender qual produto deve ser utilizado, em que proporção deve ser aplicado e em que momento a aplicação deve ser feita.
2 - Conhecer a legislação ambiental e da aviação
Para definir as providências relativas à comunicação, o conhecimento das áreas sensíveis (escolas, mananciais, apiários etc.) e altura de voo.
3 - Calibração de Equipamentos de Pulverização
Calibrar o equipamento de pulverização da aeronave é legal e essencial para uma aplicação segura e eficaz. A calibração garante taxas de fluxo adequadas e a aplicação do produto na área alvo. Além das taxas de fluxo, o segundo componente da calibração é garantir o tamanho correto das gotas. As gotículas demasiado grandes cairão no chão e não matarão nenhum mosquito, enquanto as gotículas demasiado pequenas flutuarão ou não prejudicarão o mosquito (e talvez até promovam a resistência). Portanto, é imperativo ter gotas do tamanho certo. Abaixo listamos os três equipamentos mais críticos, relacionados à calibração e à deposição precisa do produto, que devem ser verificados antes de cada aplicação.
· Unidade AIMMS: Uma sonda meteorológica que coleta dados meteorológicos em tempo real e os envia para a unidade GPS da aeronave, direcionando automaticamente o piloto para onde voar para garantir uma aplicação bem-sucedida
· Micronairs: atomizador rotativo que garante a produção do tamanho adequado de gota
· Unidade GPS: Fundamental para informar aos pilotos onde voar para aplicar o produto na zona de aplicação desejada
4 - Pré-voo na zona de aplicação
A aplicação aérea é realizada à noite, quando os mosquitos estão voando. Infelizmente, voar em baixas altitudes à noite pode ser perigoso se as devidas precauções não forem tomadas. Durante o dia, cada tripulação deverá sobrevoar a zona de aplicação, anotando possíveis obstáculos e registrando-os no GPS da aeronave. Caso estes obstáculos não estejam devidamente iluminados, a unidade GPS alertará a tripulação da presença do obstáculo durante a missão de aplicação.
5 - Conduza a Missão
Depois de todos os itens acima terem sido concluídos, uma missão de manejo aéreo de mosquitos pode começar. A aeronave é carregada com o produto a ser utilizado e a tripulação realiza a aplicação. Requer coordenação com as autoridades locais (por razões de saúde e ambientais) e comunicação com agências de aviação locais (à medida que os pilotos sobrevoam áreas urbanas). Mas apesar de ser um tipo diferente de aplicação aérea, possui muitas características semelhantes à proteção de cultivos.
6 - Baixe dados de GPS e produza mapas de aplicativos
Depois que o sistema de pulverização for enxaguado e a aeronave inspecionada após a missão, a tripulação deverá baixar os dados do GPS e enviá-los a um profissional de GIS . Assim que o profissional de SIG recebe as informações, um mapa da aplicação é produzido e entregue ao gestor do programa Manejo Integrado de Mosquitos.
Fonte: https://www.vdci.net/blog/anatomy-of-an-aerial-mosquito-management-application/
Altura de voo e distância alcançada
Tamanho das gotas
Testes de calibração com os atomizadores Zanoni M14 mostraram que eles atendem aos requisitos das bulas dos adulticidas (Dv0,5 <60um e DV0,9 < 115um). Este é o padrão de espectro de gotículas que precisamos para o controle do mosquito. Gotículas minúsculas para garantir que um grande número delas esteja no alvo (ou seja, uma alta densidade). É assim que conseguimos matar os mosquitos e garantir uma aplicação aérea segura.