Marcelo Bratke
Durante esta última década de extraordinárias conquistas e performances, Marcelo Bratke tem se apresentado nas mais prestigiadas salas de concerto do mundo como o Carnegie Hall, o Festival de Salzburg, o Queen Elizabeth Hall, o Konzerthaus de Berlim e o Suntory Hall em Tóquio, entre outras.
Nascido em São Paulo em 1960, Bratke iniciou seus estudos de piano aos quatorze anos com Zelia Deri e por consequência de uma grave deficiência visual (7% de visão no olho esquerdo e 2% no olho direito) ele não era capaz de ler partituras, desenvolvendo um método próprio para aprender as obras musicais baseado na sua memória auditiva. Um ano mais tarde estreiou ao lado da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) sob a regência do maestro Eleazar de Carvalho, tornando-se foco de interesse da imprensa e recebendo por esta sua primeira performance pública o Prêmio Revelação da Associação Paulista de Críticos de Arte.
Ele foi o único aluno do célebre pianista português Sergio Varella-Cid e passou um ano na Juilliard School of Music de Nova York antes de concluir seus estudos com o compositor e maestro alemão Hans-Joachim Koellreutter em São Paulo.
Marcelo Bratke realizou seu debut na Europa em 1988 no Festival de Salzburg e se transferiu para Londres onde, em 1991, estreou no Wigmore Hall. Ele também se apresentou em ocasiões especiais para o Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso e para a Rainha Silvia da Suécia.
Bratke é conhecido por seus programas educacionais dedicados a jovens vindos de áreas desprivilegiadas da sociedade brasileira. Em 2004 fundou o programa educacional profissionalizante Camerata Brasil, uma orquestra formada por jovens que não haviam tido a oportunidade de estudar academicamente e com eles realizou aproximadamente 300 concertos no Brasil, Argentina, Japão, Reino Unido, Sérvia, Coréia do Sul, Holanda e Estados Unidos. Suas colaborações incluem projetos em dueto com o pianista britânico de jazz Julian Joseph; com o primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres Thiago Soares; o ator italiano Marco Gambino; o percussionista brasileiro Naná Vasconcelos e com os cantores Sandy, Fernanda Takai e Dori Caymmi, bem como performances com maestros como Alexander Lazarev; Eleazar de Carvalho; João Carlos Martins; Roberto Minczuk; John Neschling e Alvaro Cassuto; entre outros. Seu projeto multimídia com a artista visual Mariannita Luzzati, intitulado Cinemúsica, vem sendo apresentado desde em penitenciárias brasileiras até em salas de concerto internacionais. Bratke criou o seu Projeto Villa-Lobos em 2004, uma plataforma desenhada para promover a música do maior compositor brasileiro que inclui a gravação de sua obra integral para piano, concertos internacionais, concertos para crianças, um programa de rádio idealizado e apresentado por Marcelo Bratke e transmitido semanalmente pela Cultura FM de São Paulo e criação de uma série de 8 documentários sobre Villa-Lobos para TV (Arte 1).
Dentre os prémios que acumulou em sua carreira figuram o Primeiro Prêmio do Concorso Internazionale di Musica Tradate, na Itália, Prêmio Carlos Gomes, Classical Discoveries Award, 14th Brazilian International Press Award 2011, Sarajevo Winter Festival Award 2013, a Ordem do Mérito Cultural 2017 e Prêmio Cidadão São Paulo 2019. Seu CD dedicado ao Le Groupe des Six foi eleito pela revista britânica Gramophone como uma das melhores gravações de música erudita de todos os tempos. Em 2004, após realizar uma cirurgia de sucesso, Marcelo Bratke passou a ter visão normalizada em seu olho direito.
Seleção de Críticas na Imprensa Internacional
“Momentos de uma beleza selvagem, ao mesmo tempo construída com elegância, com sutileza nos deslocamentos rítmicos e um colorido pianístico brilhante ”
The New York Times
“superb limpidity of texture”..” “beautifully rendered”…”
The Sunday Times (UK)
“hints of wildness, yet with elegant construction, subtle rhythmic dislocations and shining piano colors”…” Mr. Bratke is a fine and flexible pianist, perfectly happy either to play Bach or to plunge into the popular music he set next to it”.
Bernard Holland, The New York Times (USA)
“Mr. Bratke’s dynamically fluid interpretations struck a careful balance between the music’s singing themes and thick-textured accompaniments”...” He proved a fine ensemble player as well”...” His rapport with his young musicians enlivened the texturally varied “Children’s Rounds”, performed here with an almost jazzy sense of give-and-take, and with unexpected timbres”
Allan Kozinn, The New York Times (USA)
“One of the world’s greatest classical pianists”
The Daily Mail – Mail On Sunday Review (UK)
“A revelation, strong, considered and with a sense of the music’s inner pace and voicing that gave character and presence to even the most austerely contrapuntal moments. Sentimentality can be a problem for players as well, but not for Bratke. He is a gifted recital pianist: poetic, yet never gushing.’
The Independent (UK)
“a finely composed programme”…”clarity of thought and a superb control of gesture”…’ Bratke’s dry, clean sound and studied approach delivered the music in fresh and honest way”…”Here the pianist‘s understanding of longer musical arguments was displayed to the full”.
Belfast Telegraph (UK)
“American music for two pianos that bucked the trend. Bratke and Roggeri performed a spirited programme that almost had us dancing in the aisles of the Wigmore Hall”
The Spectator (UK)
“With his clean-cut technique, tonal sensitivity and verve, Marcelo Bratke confirms the very favorable impression created by his previous discs in this present focus on composers in France around 1920”…”a scintillating vehicle for Bratke’s brilliance of articulation. The recorded quality matches his excellence”
Gramophone (UK)
“Bratke’s delicacy, neat-fingered playing and tonal sensitivity make a strong appeal. He manages to invest those little pieces by Villa-Lobos with real character”
Gramophone (UK)
“Marcelo Bratke gives exemplary performances of Krenek’s both works, finding plentiful light and shade beneath their austere surfaces. His Berg Sonata and Webern Variations are also beautifully thought out”.
Gramophone (UK)
“Bratke plays Nazareth tangos with much sensitivity and feeling for colour”…”His Milhaud pieces are captivating performances”
Gramophone (UK)
“I was alerted to Bratke`s musicianship by the most feeling interpretation of the Webern Variations I have yet come across on CD, and he has also made a buoyant disc of Nazareth and Milhaud . Here he fulfills the promise of those earlier recordings, for he invests Villa-Lobos`s often brittle textures with rare power”
CD Review (UK)
“Marcelo Bratke gives the authentic touch to Brazilian tangos and saudades. The programme is excellently played”
Classic CD (UK)
“Marcelo Bratke and Marcela Roggeri sound as if they have been playing for a long time. They only looked at each other when they started each piece, not needing to afterwards because they felt the music together. It was an object lesson of true ensemble”…” In Danzon Cubano by Aaron Copland they got its cheeky rhythmic syncopations perfectly”…” It was very well played”
The Independent (UK)
“stylish freshness and breezy élan, and in his hands the music has an irresistible charm and swagger that keeps one's feet tapping all along – a feisty dance feast from beginning to end.”
MusicWeb International
“Marcelo Bratke is a young Brazilian pianist, with a fine technique and a big career ahead of him. Watch out for this young man. We’ll be hearing more of him in the future.”
MusicWeb International
“His interpretation proves that Berg’s sonata, situated on the threshold of atonality, and Webern’s twelve-tonal variations are not constructions in a vacuum but highly expressive music.’
Phonoforum (Germany)
“Lets eagerly await comparisons with the truly great. Someone notable is about to make his way.’
Repertoire (France)
“An authentic and valuable artistic creation”...” impeccable”...” they manage to fascinate and provoke the admiration of the public with technical virtuosity, subtle touches, a precise and endless musical capability”...”fantastic sense of rhythm”...”perfect integration between Bratke, playing “Tenebroso” by Nazareth marvelously and Alves with his tambourine from which he extracts the most unusual sounds and with which he produced the most aerial and volatile colors and rhythms ”
La Nacion (Argentina)
“popular or classical in a stimulating fusion“...”the recital’s Idea is one of the most original I ever saw”...”spectacular virtuosity ”
O Estado de São Paulo (Brazil)
“Musical Party”...”fantasy recital or allegory concert”...”Carnival Trilogy appears as the climax of the creative path created by Marcelo Bratke since 2000 when he took his first conceptual concert to the Queen Elizabeth Hall in London”...
Valor Econômico (Brazil)