Inscrições


TRABALHOS CIENTÍFICOS E RELATOS DE EXPERIÊNCIA


As inscrições com apresentação terão duas modalidades TRABALHOS CIENTÍFICOS E RELATO DE EXPERIÊNCIA poderão ser realizadas entre os dias 01/10 até 31/10 de 2021, através do link do formulário abaixo. As autoras/es precisam enviar um resumo expandido de até de 3 páginas (com referências bibliográficas).

Os GTs buscam abordar temáticas relacionadas aos patrimônios e sistemas alimentares, soberania, segurança alimentar e agroecologia, atuações de diferentes organizações (acadêmicas, governamentais e não-governamentais), sujeitas e sujeitos políticos, povos e comunidades tradicionais; em um contexto social e econômico crítico acentuado pela pandemia, e com retrocessos políticos e econômicos.

Confira a lista de GTs abaixo

Confira as normas de envio do seu trabalho abaixo


LISTA DE GRUPOS DE TRABALHO

GT 1 - Patrimônio e segurança alimentar

Isabela Barbosa (PPGAS -UFRN)

Thágila Maria de Oliveira (PPGAS -UFRN/ ISTHIA - Université de Toulouse II - Jean Jaurès)


A partir de 2003, com a criação da convenção da UNESCO para a preservação do Patrimônio Cultural Imaterial, os sistemas alimentares e culinários foram incluídos nas políticas de preservação como conhecimentos, técnicas e processos de produção. Mesmo que alguns sistemas culinários não sejam especificamente designados como patrimônios alimentares, há muitos pratos considerados como emblemas pelos seus detentores, especialmente entre os povos e comunidades tradicionais; alguns deles são reelaborados para o consumo de elites locais e como atrativos para o turismo. Por outro lado, alimentos surgiram em contextos de fome e escassez ou correspondem a produtos específicos que servem de base alimentar para comunidades tradicionais, como é o caso da farinha de mandioca ou dos cogumelos yanomamis que foram transformados em produtos exóticos no mercado gastronômico. Da mesma forma, os processos de patrimonialização nem sempre correspondem às expectativas das comunidades tradicionais e dos detentores desses saberes. Neste grupo de trabalho, iremos avaliar propostas relacionadas aos descompassos ou conflitos entre os atores do patrimônio, as políticas de patrimonialização, os conhecimentos, as práticas, as memórias e os processos que promovem a segurança alimentar.


GT 2 - Gênero e soberania alimentar


Ângela Facundo (Professora no DAN/PPGAS/UFRN)

Janaína Henrique (doutoranda do PPGAS/UFRN)

Ester Paixão (doutoranda do PPGAS/UFRN)

O GT propõe refletir sobre as diferentes perspectivas da soberania alimentar frente ao avanço da fome e das desigualdades sociais que têm sido acentuadas pela crise política, econômica e sanitária, pelo avanço do agronegócio e da “monocultura da mente” (SHIVA, 2003). Iremos debater trabalhos desde a perspectiva das mulheres e de demais sujeitas/os políticos atravessadas/os pelos marcadores de diferença: gênero, raça, origem social e territórios, e que tenham como contextos de origem e/ou de atuação os meios rurais e/ou pertencentes a povos e comunidades tradicionais e contextos periféricos. Nesses lugares, o empobrecimento e as desigualdades sociais são a norma, uma vez que muitas das unidades familiares têm sido fortemente afetadas pela insegurança alimentar, em particular durante a pandemia. Consideramos importantes as estratégias de sobrevivência, em particular a partir das experiências individuais das mulheres e chefes de família, a partir dos saberes, práticas e lutas, que tenham como princípios a ecologia, agroecologia, agricultura urbana, agroflorestas, agriculturas sustentáveis, entre outras diferentes perspectivas, e, que apontem para modelos de sociedade com alternativas para o alcance da soberania alimentar e igualdades de gênero.

GT 3 - Sistemas alimentares e povos tradicionais

Rianna Carvalho (PPGAS/UFRN)

Adinei Crisóstomo (PPGAS/UFRN)

O processo de expansão colonial legou ao Brasil uma situação econômica que perdura até o presente, estabelecendo no atual território brasileiro limites geográficos determinados pelos interesses da Coroa portuguesa. Tal restrição territorial dificulta a manutenção das formas históricas de usos e manejos tradicionais da terra por povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais. Não obstante, ao longo do tempo de lutas e resistências, esses grupos elaboraram estratégias de manutenção, transmissão e resgate de conhecimentos que constituem valores e permitem a reprodução de formas específicas e situadas de estar e existir no mundo. Neste GT, interessa-nos reunir trabalhos que se proponham a pensar a dimensão política da comida, da alimentação e dos sistemas alimentares de povos tradicionais, buscando perceber as histórias que aí são narradas. Além disso, também encorajamos reflexões acerca da importância da transmissão dos saberes que envolvem produção e consumo de alimentos, relações estabelecidas com a terra e os territórios, memória e as diversas dimensões que permeiam a temática da alimentação.


GT 4 - Políticas públicas, fome e agroecologia

Cimone Rozendo (PPGCS/UFRN)

Catarine Santos da Silva (FACISA/UFRN)

Carine de Jesus (PPGCS/UFRN)

A literatura sobre sistemas agroalimentares contemporâneos têm dado ênfase ao papel das ações públicas na constituição de modelos agroalimentares mais sustentávéis. Nesse quadro são destacados o papel do Estado como indutor de políticas estruturantes e o protagonismo de organizações sociais que buscam se articular em diferentes níveis e com múltiplos atores, propondo projetos e colocando novas pautas na agenda política sobre os bens alimentares. Observa-se a emergência e consolidação de inúmeras iniciativas de produção, de consumo e de abastecimento alimentar com foco nos saberes locais, na tradição, na agroecologia que conformam verdadeiras redes alternativas ao modelo agroalimentar globalizado. Contudo, esses processos vêm sendo ameaçados: a volta da fome no mundo, em especial no Brasil, consubstanciada com o aumento dos índices de insegurança alimentar (RedePensan, 2020), evidenciam um Estado cada vez mais refratário às demandas sociais. No caso brasileiro, observam-se ataques sistemáticos ao conjunto de políticas públicas com foco na segurança alimentar e no enfraquecimento dos mecanismos de controle social. Este GT pretende reunir trabalhos que reflitam sobre ações públicas, alimentação, agroecologia, segurança alimentar em diferentes contextos ou temas transversais que dialoguem com as questões aqui colocadas.

NORMAS DE SUBMISSÃO

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM TEXTO OU VÍDEO

No V Colóquio Franco-Brasileiro: Fome, cidadania e o legado de Josué de Castro serão recepcionadas apresentação de trabalhos a partir de relatos de experiências, em texto ou vídeo, contando experiências de mulheres, juventudes e institucionais (associações, cooperativas, movimentos sociais etc.) e de povos e comunidades tradicionais, que sejam protagonistas na construção da soberania e segurança alimentar, bem como nas temáticas do patrimônio e sistemas alimentares, relatando alternativas e estratégias para modelos agroalimentares mais sustentáveis na diminuição e superação das desigualdades sociais.

Orientações gerais para os RELATOS DE EXPERIÊNCIA

  • Não esqueça de falar nome da experiência

  • Qual local onde ela se desenvolve (bairro, comunidade, município e estado)

  • O número de pessoas, grupos, e organizações envolvidas;

  • Quem são os/as protagonistas: mulheres, juventudes, povos indígenas, negras(os) e/ou quilombolas, associações, cooperativas, organizações;

  • Tempo que tem a experiência

  • Como ela vem se desenvolvendo

  • Quais os desafios, potenciais e aprendizados?

Orientações específicas para envio de Relatos de Experiência - formato em TEXTO:

  • Os/as autores/as poderão enviar resumos expandidos de 3 páginas, incluindo fotos e agradecimentos;

  • Os trabalhos poderão ter até 3 coautorias, que deverão apontar na inscrição tipo de relação que mantém com a experiência relatada,

  • Os trabalhos poderão ser escritos em português, espanhol e francês, fonte Times New Roman, tamanho 12, centralizado.

Orientações específicas para envio de Relato de Experiência - formato em VÍDEO:

  • Serão aceitos vídeos em língua portuguesa, espanhol e francês, com uso de celulares, EXCLUSIVAMENTE, na horizontal.

  • Nos vídeos deverão ser visibilizados as/os protagonistas da experiência.

  • Duração máxima de cada vídeo deve ser de 10 minutos.

  • Os/as autores/as devem estar inscritos no formulário: https://docs.google.com/forms/d/12iWbGOUpf06a7VY05qVkR032w8n6GsYLJj900j8_TEY/edit e devem enviar seus materiais para o e-mail: vcoloquiofome@gmail.com até o dia 31/10.

  • Ao enviar o seu vídeo adicione, no corpo da mensagem, as seguintes informações: título do vídeo, autoria e local da experiência relatada (povoado, munícipio, estado, território)

Algumas ORIENTAÇÕES TÉCNICAS para produção do formato em vídeo do relato de experiência:

  • Antes de começar a gravar cheque a bateria de seu celular;

  • Limpe a lente da câmera do celular;

  • Mantenha o celular na horizontal durante toda a gravação do vídeo;

  • Utilize algum tipo de captador de áudio, como microfone externo, de lapela ou fone de ouvido com microfone, conectado ao celular;

  • Caso não possua microfone de lapela ou outro tipo de captador de áudio, procure deixar o celular bem próximo à pessoa que está falando;

  • Evite gravar em local com muito vento, barulhos externos e/ou pessoas conversando;

  • Fique atento(a) ao cenário: busque um local que represente a experiência contada no vídeo;

  • Fique atento(a) à luz: evite gravar em local muito escuro e contra a luz;

  • Busque estabilizar a imagem, utilizando as duas mãos, evitando movimentos muito rápidos e/ou bruscos com o celular;

  • Lembre-se de deixar o seu celular no modo avião enquanto estiver gravando, para não receber ligações e/ou mensagens durante a gravação.