Suportes e equipamentos

Uma das estratégias de preservação de fontes é a conservação preventiva. Essa compreende o controle dos fatores que podem levar à degradação dos documentos, sejam eles ambientais, os agentes biológicos ou a açào humana. Tal processo pressupõe a higienização periódica do ambiente e dos documentos, o controle de temperatura, umidade e luminosidade, bem como o acondicionamento adequado.

Para além da conservação dos suportes, a preservação das informações neles contidas também é possível. Isso se dá por meio da reprodução dessas informações em formato digital. Em que pese às limitações das cópias digitais em relação aos originais — textura e relevos em um papel, por exemplo —, é fato inegável que a produção das cópias digitais permite a preservação de parte considerável das informações do documento. Nesse sentido, tem-se buscado equipar o laboratório com equipamentos que possibilitem contemplar ao menos uma parte razoável dos suportes mais recorrentes. Sabe-se, entretanto, dos desafios decorrentes dos avanços tecnológicos e mesmo da obsolescência programada de aparelhos, suportes de informação e formatos.

O DoMus é hoje equipado com os seguintes recursos, organizados por tipo de documento:

Textuais e musicograficos em suporte de papel - câmeras digitais, celulares e suportes.

Fonogramas - Toca-discos, toca-fitas K7 e leitor CD.

Videofonogramas - Videocassete (VHS), câmeras filmadoras (VHS-C, 8 mm./Hi8 e mini DV), leitor de DVD e placa de captação via cabos RCA.

Dispositivos de armazenamento móvel de dados produzidos em computador - Leitor de disquete 3 1/2", leitor de CD e DVD.

Entrevistas - Gravador digital de áudio.

Os equipamentos listados se conectam a computadores, de modo a permitirem que se faça a conversão dos dados para o formato digital correspondente.

Imagens: Alguns aparelhos utilizados no laboratório.

Para documentação e registro das práticas musicais em campo, alguns dos aparelhos mencionados anteriormente (câmeras DSLR, celulares, ring lights para iluminação e a grua) são adaptados, somando-se a eles pedestais específicos e um gravador de campo Zoom H1n.

Outros suportes ainda constituem desafios em termos de equipamentos: películas de cinema (com e sem trilha de áudio ótico), betamax, DVCam, disquetes de 5 1/4" e 8", fitas magnéticas de computadores (drives específicos, em desuso há mais de duas décadas), cilindros (fonógrafo de Edison), rolos e discos perfurados para reprodução mecânica, rolos de cera, microfilmes, dentre outros. Espera-se, contudo, que caso surjam fontes em tais suportes, possam ser realizadas parcerias com outras instituições para a conversão das informações em formato digital.

Quanto aos dados dos documentos mais antigos produzidos em computador, espera-se ser possível acessá-los, quando em formatos que hoje não são mais usuais, por meio de programas emuladores.

O laboratório conta ainda com uma mesa de higienização de documentos (capela) desmontável, além de duas mesas dobráveis, para espaços que não dispõem de muito mobiliário.

Por fim, destaca-se que os equipamentos listados são privados, pertencendo ao docente Fernando Lacerda (EMUFPA) e uma pequena parte, aos demais docentes de cada projeto específico - Tainá Façanha (UEPA) e Rômulo Queiroz (EMUFPA). Os únicos equipamentos pertencentes à UFPA e sujeitos, portanto, ao tombamento são um notebook e um datashow, destinados a Fernando Lacerda por ocasião do edital Prodoutor 2020 (PARC / PRODOUTOR / UFPA). Futuramente, espera-se conseguir a compra de equipamentos para o laboratório via editais de agências de fomento.